Eu Te Odeio

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— Agh... Ah... Ag... — Limpei o sangue na minha boca com a manga da blusa, eu não acredito que tinha feito uma coisa tão animalesca...

Suspirei olhando o corpo sem vida no chão, e chutei aquele rapaz com ódio, pelo menos agora eu acho que consigo ficar sem ir atrás do Kazuha por alguns dias, eu posso viver desse jeito.

— AHHHH!!! AAAAHHHH!!!!! — Gritei de raiva, socando a parede em puro desespero, estava tudo se repetindo, mas bem pior!

— Puf, não achei que te encontraria em uma situação tão deplorável. — A voz daquela mulher foi ouvida por trás de mim, me fazendo sentir meu estômago revirar.

— Se afaste, eu não vou hesitar em atacar você. — Falei irritado, fechando a mão em punho, e Yae Miko riu alto.

— Até quando vai ficar com raiva de mim por expor a público o seu relacionamento com o Niwa? Eu sou uma jornalista! — Falou, se aproximando de mim. — Você sabe que não deveria ter se apaixonado por um humano, só fiz meu trabalho.

— Não é isso! — Me virei com raiva, atacando a mulher com lâminas de vento, as quais ela se esquivou facilmente.

— Ah, Scaramouche, você aprendeu usar um catalisador comigo, eu conheço os seus movimentos. — A mulher se aproximou, passando um paninho no meu nariz e em seguida me mostrando o pano sujo de sangue. — Você precisa limpar seu rosto direito depois das refeições menino.

— Humf. — Reclamei, abaixando a cabeça. — E não me chame de Scaramouche, a fase Emo já passou.

— Não parece que passou tanto assim não, Dottore deixou muitas marcas em você.

— O que você quer...?

— Você quase comeu o seu namoradinho, não foi? Por isso que tem uma trilha de corpos por toda cidade de Liyue. — Ela disse, acariciando minha cabeça.

— Tsk, talvez. — Cruzei os braços, e a mulher sorriu para mim.

— Fico feliz que você sabe se defender sozinho agora, e até se controlar ao ponto de manter o Kazuha vivo, quando foi o Niwa você atacou ele de primeira. — A mulher me entregou um caixa pequena.

— O que é isso? — Questionei confuso, enquanto observava o objeto.

— Um celular, eu sei que você não iria me deixar ter o seu número então eu comprei um celular que já está com o meu número para você se comunicar comigo se quiser, junto com isso eu gostaria que você se oferecesse para eu voltar a estudar a sua maldição e tentar quebra-la. — Yae Miko ofereceu, e joguei a caixa contra o seu peito.

— Tsk, eu não quero isso, já é difícil lidar com a maldição comendo carne humana, se você me privar dela de novo eu vou acabar definhando até morrer. — Reclamei, flutuando prestes a voar, nas Yae me segurou pelo braço.

— Não, a sua mãe e a Nahida não sabem de nada dessa vez, elas não queriam que você machucasse humanos, mas eu não me importo com eles. — Falou, e regressei ao chão, interessado no assunto.

— Não vai me privar de nada...?

— Não, eu prometo.

—... Certo, continue a sua proposta. — Cruzei os braços, interessado na oportunidade.

* * *

— Há! — Bati com a espada que Raiden me deu contra o manequim, e a mulher colocou um pedaço de madeira nas minhas costas.

— Corrija a postura, você nunca vai conseguir manter o equilíbrio para segurar um ataque assim. — Falava de modo ríspido.

Sonho PecaminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora