As Várias Faces

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— Hey Kazuha, bom dia. — Acordei com um peso em cima do meu corpo, quando abri os olhos lentamente me deparei com o rapaz de cabelos azulados apoiado no meu peito agarrado em mim.

— Hm... Kuni? — Fiquei um pouco confuso observando o rapaz sorrir animado.

Nós havíamos transado e dormido juntos depois de tomar banho, mas ainda sim havia me assustado com a presença do rapaz grudado em mim.

— Que horas são...? — Segurei Kunikuzushi e me sentei na cama com o rapaz no meu colo.

— Umas 11:00, sua mãe já passou aqui umas duas vezes ver se você estava bem, daí eu abri a porta sem camisa e ela viu as marcas de chupões e mordidas em mim. — O rapaz cruzou os braços orgulhoso de si mesmo. — Então ela foi embora e não voltou mais falando: Levem o tempo que precisarem garotos.

— Ah Kuni... — Suspirei cansado, colocando a mão no meu peito. — Eu ainda estou vivo e bem.

— Ja falei que eu ainda preciso de você vivo para me satisfazer mais. — O rapaz me deu um beijo carinhoso. — Você é meu.

Eu gostava desse toque, mas na minha cabeça aquele nome que ele gemeu ainda me perturbava.

— Aí Kazuha, tá morto é? Acorda homem, eu hein! — Ele levantou do meu colo e desceu da cama.

— Me desculpe, minha cabeça está... Em outro lugar. — Me levantei, indo até o banheiro do quarto.

Assim que entrei, observei o banheiro, havia uma gota de sangue no chão... Kunikuzushi havia passado mal mais cedo, ele com certeza sangrou aqui e limpou, não deve ter visto essa gota.

Abaixei minha cabeça triste, tem isso também... Eu não sei porque o Kunikuzushi está tão mal, e não faço ideia do que fazer para ele melhorar, mas tenho um palpite de que talvez tanto aquele homem Niwa, quanto o sangue tenham a mesma origem.

Acho que eu preciso investigar o passado e a família de Kuni então, ele querendo ou não.

* * *

Kunikuzushi estava agindo como meu namorado como sempre, a volta de carro foi tranquila e nós fomos direto para o quarto dormir, óbvio que o Kuni tentou me convencer a fazer sexo novamente, mas eu neguei.

O que importa é o hoje, segunda feira de manhã, hoje faz exatamente uma semana desde que Kunikuzushi apareceu e eu nem acredito que já cai de amores por ele, talvez eu esteja destinado a sofrer mesmo.

De qualquer forma, Kunikuzushi foi para a aula dele e eu dei uma escapada para o quarto de Heizou, afinal eu não posso deixar o Kuni desconfiar do meu plano.

— Heizou. — Falei, batendo na porta a minutos e ninguém abria. — Meu deus que porra vocês dois tão fazendo?

Suspirei, mas com mais alguns minutos a porta foi aberta e vi Heizou e Gorou juntos.

— Nada demais, e aí como foi a festa? — Heizou perguntou, me puxando para dentro e fechando a porta.

Sentei na cama de Heizou desanimado, e coloquei ambas as mãos na testa.

— Eu... Eu e o Kunikuzushi fomos para a cama. — Falei, e vi Heizou sorrindo de orelha a orelha.

— Uiii! Então você domou aquela besta incontrolável?! — Falou animado, e suspirei.

— Mas ele gemeu o nome de outro cara no meio da transa. — O clima do quarto mudou completamente.

Tudo ficou silencioso, até Heizou perdeu o jeito do que estava falando e senti as lágrimas voltarem para o meus olhos.

Sonho PecaminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora