25| Uma vez em casa... - Parte 4

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MELINA E MAX ainda tentavam convencer Alex a liberá-las para se juntar à busca que fariam por Dorian na cidade vizinha, a polícia de Cobin havia se mobilizado e seguido as pistas que Melina encontrara e talvez breve veriam Dorian novamente, e sem saber explicar o porquê, ela se sentia ansiosa por estar presente quando o encontrassem.

— Eu ainda preciso de vocês aqui em Petri, agente Singh, não podemos parar com as outras investigações. Um grupo já foi designado para se juntar aos nossos colegas de Cobin, não posso desfalcar mais a divisão. – Dizia ele, em tom empático.

— Eu entendo, mas o senhor mesmo me disse que ele estava sob meus cuidados, eu sou responsável por ele.

Alex passou as mãos pelo rosto, sem argumentos para lançar a Melina, sabia que havia entrado em contradição, ele realmente havia a designado para cuidar de Dorian e vendo a obstinação da agente, soube que ela não sairia dali sem uma resposta positiva.

Suspirando derrotado, ele apenas balançou a cabeça e disse:

— Tudo bem, agente Singh, você pode ir, mas volte apenas quando estiver com Delyon.

— Sim, senhor.

Não esperou que Alex mudasse de ideia, saiu rapidamente sendo seguida de perto por Max, que aparentemente já tentava arranjar um carro para que saíssem. Melina teve tempo apenas de desligar o computador e juntar todos os papéis sobre sua mesa. Max terminava de dar os últimos comandos pelo celular quando parou, olhando chocada para a porta e disse:

— Não vamos mais precisar do carro, entre em contato com a polícia de Cobin, por favor, e diga que já resolvemos o caso.

Estranhando aquelas palavras, Melina se ergueu e encarou a amiga, que tinha o olhar fixo na porta de vidro, outros agentes também encaravam a mesma direção de Max e só então ela resolveu olhar o que tanto chamava a atenção deles. Entendeu o tamanho da surpresa deles quando viu Dorian parado ali, em pé, encarando a todos. O arfar demonstrava seu cansaço, as roupas que ele usava para ficar em casa estavam sujas e até rasgadas, o cabelo desgrenhado e repleto de grama, os arranhões se espalhavam pelo rosto e braços, sangue seco se acumulara na têmpora, indicando que o ferimento anterior estava aberto novamente.

A palidez dele e os olhos praticamente fechados indicavam sua exaustão.

— Alguém tem uma garrafa de água? – Foi tudo o que ele disse antes de se desequilibrar.

Precisou se escorar na mesa mais próxima para não cair, mas rapidamente foi amparado pelos agentes que estavam mais próximos, enquanto Melina e Max se aproximavam preocupadas e até mesmo surpresas com a presença de Dorian ali. Ninguém conseguia entender o que havia acontecido, porém, não ousaram questionar, sabiam que o que ele mais precisava naquele momento era de cuidados médicos e não perguntas.

Rapidamente o encaminharam para a ala médica e somente depois que seus ferimentos haviam sido limpos e cuidados, e que um soro lhe fosse aplicado que de fato resolveram conversar com ele.

Melina não escondia sua preocupação, mas estavam todos tão transtornados que sequer notavam. Exceto Max, é claro. Ela conhecia a amiga tão bem como si mesma. Mas resolveu que não comentaria nada sobre aquilo, sabia que era um assunto delicado.

— Como está se sentindo? – Perguntou a morena, se aproximando do leito onde Dorian estava deitado, encarando o teto.

— Melhor. Nunca imaginei que me sentiria bem em estar aqui.

— Ficamos preocupadas, todos aqui se mobilizaram para tentar te encontrar. – Completou Max – Estávamos indo atrás de você.

— Atrás de mim? Sabiam onde eu estava?

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