30| Diga não - Parte 5

93 13 182
                                    

QUANDO ABRIU os olhos novamente, se deparou com o clarão do dia invadindo o local pela janela, havia se esquecido de fechar as cortinas, mas estava tão cansada que sequer se importou com aquele detalhe. Se espreguiçou para tentar aliviar a dor que sentia pelo corpo todo por dormir naquela poltrona. Se levantou, deixando a manta de lado ao dobrá-la, e observou Dorian, que ainda dormia profundamente, resolvendo deixá-lo dormindo, se encaminhou para o banheiro, onde lavou o rosto para despertar melhor para depois caminhar de volta para a cozinha e preparar o café. Deixou tudo pronto e à postos para quando Dorian acordasse, mas não fez questão de fazer o desjejum. O observou por mais alguns minutos e concluiu que ele não acordaria tão cedo, e talvez aquilo fosse até melhor, Dorian precisava de fato de um descanso.

Ajeitou mais a manta sobre ele e logo deixou o galpão, partindo em direção a seu apartamento, ansiando por tomar um banho, escovar os dentes e colocar uma roupa limpa.

Acabou chegando alguns minutos atrasada na agência e já esperava ter que dar alguma satisfação para Alex, no entanto, ele apenas lhe cumprimentou com um aceno de cabeça e se refugiu na própria sala

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Acabou chegando alguns minutos atrasada na agência e já esperava ter que dar alguma satisfação para Alex, no entanto, ele apenas lhe cumprimentou com um aceno de cabeça e se refugiu na própria sala. Não esperou mais do que alguns minutos para começar a se afundar em seu trabalho e teria se concentrado mais se Max não se aproximasse, chamando sua atenção.

— Bom dia!

— Bom dia. – Respondeu de maneira suscinta, sem tirar os olhos dos documentos.

— Onde passou a noite? Passei no seu apartamento, mas estava vazio.

— Eu levei o Dorian para casa. Não queria deixá-lo sozinho, então dormi lá.

Maxine permaneceu calada por alguns instantes, apenas encarando Melina até um sorrisinho matreiro se formar em seu rosto e aumentar cada vez mais. Percebendo que os pensamentos da amiga começavam a tomar caminhos tortuosos, Melina logo esclareceu:

— Não comece a pensar asneiras, Max, eu só fiz companhia a ele. Dorian não tinha a menor condição de ficar sozinho ontem.

O sorriso da loira logo se desfez e por alguns segundos ela pareceu constrangida ao admitir:

— Tem toda razão, me desculpe. Bem, ele não vem hoje?

— Provavelmente não, o deixei dormindo quando saí.

— Então nesse caso teremos que categorizar e catalogar todas as peças sozinhas.

— Que peças?

— Agora de manhã conseguimos apreender uma grande quantidade de peças históricas que estavam sendo desviadas.

Levantando-se da cadeira, Melina concordou com Max e a seguiu rapidamente até a sala de provas, andares abaixo. As peças em questão estavam dispostas em cima de uma grande bancada, eram de diversos tamanhos, culturas e materiais, se misturavam entre si, cada uma representando uma divindade ou até mesmo ferramentas que usavam. Começaram as separando por regiões e povos, posteriormente separaram por materiais das quais eram feitas, faziam todo o trabalho em silêncio e enquanto Max continuava separando as peças restantes, Melina começava a catalogá-las e inseri-las no banco de dados da agência.

Carte Blanche - Carte Ás 1Onde histórias criam vida. Descubra agora