QUANDO ABRIU os olhos novamente, se deparou com o clarão do dia invadindo o local pela janela, havia se esquecido de fechar as cortinas, mas estava tão cansada que sequer se importou com aquele detalhe. Se espreguiçou para tentar aliviar a dor que sentia pelo corpo todo por dormir naquela poltrona. Se levantou, deixando a manta de lado ao dobrá-la, e observou Dorian, que ainda dormia profundamente, resolvendo deixá-lo dormindo, se encaminhou para o banheiro, onde lavou o rosto para despertar melhor para depois caminhar de volta para a cozinha e preparar o café. Deixou tudo pronto e à postos para quando Dorian acordasse, mas não fez questão de fazer o desjejum. O observou por mais alguns minutos e concluiu que ele não acordaria tão cedo, e talvez aquilo fosse até melhor, Dorian precisava de fato de um descanso.
Ajeitou mais a manta sobre ele e logo deixou o galpão, partindo em direção a seu apartamento, ansiando por tomar um banho, escovar os dentes e colocar uma roupa limpa.
Acabou chegando alguns minutos atrasada na agência e já esperava ter que dar alguma satisfação para Alex, no entanto, ele apenas lhe cumprimentou com um aceno de cabeça e se refugiu na própria sala. Não esperou mais do que alguns minutos para começar a se afundar em seu trabalho e teria se concentrado mais se Max não se aproximasse, chamando sua atenção.
— Bom dia!
— Bom dia. – Respondeu de maneira suscinta, sem tirar os olhos dos documentos.
— Onde passou a noite? Passei no seu apartamento, mas estava vazio.
— Eu levei o Dorian para casa. Não queria deixá-lo sozinho, então dormi lá.
Maxine permaneceu calada por alguns instantes, apenas encarando Melina até um sorrisinho matreiro se formar em seu rosto e aumentar cada vez mais. Percebendo que os pensamentos da amiga começavam a tomar caminhos tortuosos, Melina logo esclareceu:
— Não comece a pensar asneiras, Max, eu só fiz companhia a ele. Dorian não tinha a menor condição de ficar sozinho ontem.
O sorriso da loira logo se desfez e por alguns segundos ela pareceu constrangida ao admitir:
— Tem toda razão, me desculpe. Bem, ele não vem hoje?
— Provavelmente não, o deixei dormindo quando saí.
— Então nesse caso teremos que categorizar e catalogar todas as peças sozinhas.
— Que peças?
— Agora de manhã conseguimos apreender uma grande quantidade de peças históricas que estavam sendo desviadas.
Levantando-se da cadeira, Melina concordou com Max e a seguiu rapidamente até a sala de provas, andares abaixo. As peças em questão estavam dispostas em cima de uma grande bancada, eram de diversos tamanhos, culturas e materiais, se misturavam entre si, cada uma representando uma divindade ou até mesmo ferramentas que usavam. Começaram as separando por regiões e povos, posteriormente separaram por materiais das quais eram feitas, faziam todo o trabalho em silêncio e enquanto Max continuava separando as peças restantes, Melina começava a catalogá-las e inseri-las no banco de dados da agência.
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Carte Blanche - Carte Ás 1
AcakSérie: Carte Ás Até onde vai sua moral? Dorian Delyon foi um dos criminosos mais procurados do país. Por anos foi escorregadio o suficiente para despistar qualquer um que estivesse atrás de si. Até se deparar com Melina Singh. Após cinco anos de um...