Eu sempre sonhei em ser uma agente do FBI e quando consegui realizar o meu maior desejo, o destino brincou comigo, me usou como um tabuleiro de xadrez e derrubou todas as minhas peças destruindo tudo dentro de mim.
No fundo sempre soube que tudo qu...
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Tenho certeza que podemos usar o mafioso russo que está em confinamento na zona leste da casa na nossa missão, ele pode ser a nossa isca para atrair o chefão. Só precisamos dar um jeito de não prejudicar ele, afinal a esposa e irmã, esperam o mafioso de volta e por mais que eu não consiga deixar de odiá-lo pela forma que falou com a minha mulher, tenho que ver a situação por outro lado, pois uma criança sendo criada na máfia sozinha não era jamais uma opção.
Uma batida soou na porta da sala e eu rapidamente mandei entrar, meu segurança e o loiro adentraram e vi o momento exato em que a troca de olhares aconteceu. Eles se encaravam sem demonstrar nada e só agora me dei conta que não perguntei o nome do sujeito e nas mensagens de sua esposa ela nunca o chamou de nada além de "amor."
— Lenox eu deveria saber que tinha dedo seu nisso. — Interrompeu Riussol em um rompante.
— É um prazer revê-lo chefinho. — Responde com um sorriso sarcástico que queria dizer o contrário. Porra, isso não vai acabar bem.
— Eu deveria ter te matado quando tive a chance, seu desgraçado! — Murmurou com fúria e se levantou em direção ao seu subordinado.
— Você tem que entender que às vezes precisamos tomar atitudes precipitadas para proteger quem amamos. — Divaga para a sala, mas com o olhar concentrado no Mikhail.
— Você traiu a minha confiança por ela.
— A Ruana está grávida, era você ou ela e eu sempre escolherei ela. — Dava para ver no olhar dele o sofrimento, o loiro realmente não queria ter feito o que fez, mas era provável que essa foi a única possibilidade.
— Sua escolha acabou com a vida de cinco pessoas, só tenha em consciência que isso sempre será sua culpa. — Rebati encarando o loiro.
— Eles são de famílias influentes, você pode muito bem colocá-los nas posições anteriores quando assumir o poder. — Argumentou de volta.
— Acho que precisamos buscar a pipoca, isso aqui está melhor do que aquele programa brasileiro "Casos de família". — Eles olharam para Cássio com um olhar fulminante e foi nesse momento que soube que tinha que voltar a intervir, afinal não queria ninguém sangrando na sala mais tecnológica da minha casa.
— Vamos começar a fazer o plano. — Informei chamando atenção de todos e amenizando a tensão da sala por alguns instantes. Levei a minha mão esquerda até minha própria testa massageando a pequena dor de cabeça que estava começando a surgir, eram problemas demais para uma pessoa só e foi exatamente por isso que resolvi largar as missões e viver tranquilamente.
Levantei o meu olhar e como se fossemos dois ímãs, lá estava ela com suas belas órbitas azuis me analisando com preocupação, estendi os meus lábios e lancei uma piscadinha. Minha garota revirou as esferas deixando um pequeno e lindo sorriso se sobressair e novamente ficamos perdidos em nossa própria bolha e foi preciso um arranhar de garganta do meu pupilo para que eu voltasse a si outra vez.
