Eu sempre sonhei em ser uma agente do FBI e quando consegui realizar o meu maior desejo, o destino brincou comigo, me usou como um tabuleiro de xadrez e derrubou todas as minhas peças destruindo tudo dentro de mim.
No fundo sempre soube que tudo qu...
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Estava em pé perto da porta observando toda a cena em minha frente, algo que estava fazendo frequentemente depois da entrada do russo nessa casa, precisa ficar atenta a qualquer falha em sua expressão, não confio nele e não vou deixar ninguém destruir o meu futuro outra vez.
O russo parecia que a qualquer momento ia desistir dos nossos planos, porém se ele fizesse isso, não teria chance de sair daqui, afinal o James já havia sido bem sincero sobre isso.
— Esses homens têm famílias. — Insistiu o russo, não aceitando a opinião do meu moreno. — Não posso sair matando geral, seus parentes podem se revoltar e não seguir os meus comandos. — Disse ainda olhando para a boate e depois vira o olhar em direção ao James. — Eu entendo o seu lado, porém também é necessário que você entenda o meu. — James soltou um suspiro e passou a mão em suas madeixas pretas.
— Não temos nada haver com isso. — Respondeu Léo sentando ao lado da sua parceira em uma das cadeiras da grande mesa de vidro que tinha na sala.
— Eu tenho uma ideia. — Sugeriu Lin baixinho em um tom receoso e fazendo com que todos os olhares fossem voltados para a sua direção. James deu um aceno indicando que ela poderia falar.
— Podemos dividir a equipe em duas missões: uma para executar o pai do Mikhail e outra para a boate.
— Mesmo assim, haverá mortes. — Falou cássio demonstrando que ainda não havia entendido a ideia da agente Lin.
— Não precisamos matá-los e sim incapacitá-los, — Murmurou deixando toda a sala curiosa. — A maioria das boates tem um sistema de refrigeração que joga fumaça de cores variadas nas festas e podemos usá-las colocando algum tipo de gás que os deixe em um sono profundo ou paralisia.
— Eu gostei do seu plano. — Argumentou o russo sorrindo para ela. — Mas, não teria como sabotar a boate com eles lá dentro, assim que um de nós chegasse perto já estaríamos mortos. — Um vinco apareceu em seu rosto e ele continuou olhando para as imagens da boate. Ele está certo.
Nossa única chance seria ter um desses mafiosos do nosso lado.
E, o mais incrível é que a gente tem.
Olhei pro James e sei que ele processou a mesma informação e sei que poderia ter liberdade para colocar isso em prática, então dei um passo à frente e resolvi falar pela primeira vez desde que cheguei aqui.
— E, se por acaso a gente tivesse um dos seus homens, o plano poderia ser executado? — Questionei, já que ele era o único que entendia os métodos do pai dele. Os olhos do russo caminharam em direção aos meus e a cada segundo que ele lia o meu rosto com atenção vi diversos misto de emoções intrínsecas no brilho azul. Surpresa e ódio passaram pelo seu rosto endurecido e ergui o meu olhar não me deixando ser intimidada. Ele resmungou um palavrão em russo, um que por sinal eu não queria ter entendido.
