19- Incerta.

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>Pov Natasha

Entrei no quinjet com a pequena nos braços. Se a Wanda não aparecesse e o Bruce não nos tirasse de lá, eu tenho certeza que ficaria parada sem saber o que fazer.

Enfim, a coloquei deitada em um dos bancos e procurei pelo kit de primeiros socorros. Não era um kit normal com apenas algumas bandagens, então eu não sabia muito o que usar...

— ta tudo bem Nat... -A pequena Sn disse

— eu sei que sim, agora descansa meu amor, descansa -Falei tentando achar algo para ajuda-la

— Nat... Fica comigo -ela pediu com a voz baixa

Eu me virei e vi a pequena tentar se levantar.

— ei, fica deitada. Eu to aqui, ta tudo bem -Sentei ao lado da mesma e ela deitou em meu colo

— promete que vai ficar bem? -Sn me pergunta e eu rio baixo

Nessa situação eu quem deveria perguntar isso a ela.

— se preocupe com você agora, nós já vamos embora ok? -Levei as mãos aos cabelos da menor

Sn apenas fechou os olhos, e eu procurei algum Deus para pedir para que ela fique bem...

Fui tirada dos meus pensamentos, com altos barulhos na nave. Saquei a pistola e apontei para a porta. Mas não precisei usa-la, são só os vingadores.

— vamos embora agora! -Tony disse tomando o controle

Mas nada aconteceu. Não andamos.

— Anda Tony, você tem que dirigir agora -Steve falou sentando próximo a Natasha

— não ta ligando -Stark disse mexendo em alguns botões

— como assim não ta ligando? -Wanda perguntou caminhando até ele

— o motor, é o motor Stark -Hulk disse

Bem, eu não sei o que aconteceu, mas começamos a sair da Rússia. Eu não estava preocupada em como saímos dali, estava preocupada com a pequena criança no meu colo.

— problema identificado e resolvido senhor Stark -Sexta-feira faz sua presença — obrigada doutor Banner

Voltei a olhar a criança em meu colo..

— e como ela está Nat? -Steve perguntou olhando para Sn

— fraca. Precisa de descanso e talvez alguma medicação, mas não sei qual -Continuei passando a mão pelos cabelos da menina

— ela vai ficar bem -Steve sorriu - custe o que custar

— custe o que custar -Sorri

[...]

Passamos o resto da viagem em silêncio, e chegamos na torre aparentemente no tempo mínimo.

— alguém chama a enfermeira! AGORA -Tony gritou

— fala para o meu tio que ninguém vai morrer pra ele gritar assim -Sn falou baixo, rindo

— eu vou falar amorzinho, eu vou -Assegurei a ela e olhei para o Tony que tinha seu sorriso debochado no rosto

Caminhei com a Sn no colo até a enfermaria. Ao colocá-la na cama tentei me afastar, mas a pequena não deixou.

— Nat, você tá bem? Eu preciso que fique bem -Ela disse tentando se levantar

— eu estou aqui, e estou bem... -Falei colocando a mão no peito da menor para que permanecesse deitada

A garota desmaiou mais uma vez, e agora pude me afastar um pouco para que a enfermeira cuidasse do que precisava.

— agente Romanoff, pode se sentar na maca ao lado, logo faço os curativos -A mulher disse e eu fiz

Sentei na maca ao lado observando tudo que fazia com a pequena.
Bem, talvez eu estivesse protetora demais com ela...

— sua vez agente Romanoff -A enfermeira disse ao vir para o meu lado — Sn ficará bem, só precisa de descanso e talvez uma transfusão, mas essa hipótese está em último caso

— descubra o tipo sanguíneo dela para mim -Peço ignorando a ardência no rosto pelos machucados

— 'A positivo, senhora -Ela disse e finalizou os curativos — tive resposta dos últimos exames

— me avise caso ela precise, eu só vou tomar um banho e volto aqui -Falei e a mulher apenas balançou a cabeça

Sai da sala e fui até meu quarto.

Tirei toda a roupa da missão, que na verdade não era muita. Já que precisava de um disfarce, e o único plausível era um vestido preto.
Tomei um banho quente e coloquei uma calça de moletom preta e uma regata de alça fina branca.

Voltei a enfermaria e me sentei na maca ao lado novamente. Fiquei encostada na parede esperando que a pequena acordasse.

>Pov Sn

Acordei depois de, sabe se lá Deus, quanto tempo. Estava novamente me vendo em um quarto branco.
Estava pronta para me levantar e procurar a saída, mas aquela voz apareceu.

— ei pequena, tá tudo bem, eu tô aqui -Natasha sentou ao meu lado e eu procurei pela mão dela

— você tá bem? Onde a gente tá? O que aconteceu? -Perguntei

— tá tudo bem, comigo e com você.. -Ela disse calma — estamos na torre depois de sairmos da Rússia -Ela colocou a mão no meu rosto

— ah... A Rússia -Estava chateada, mas bem por ter tirado a Natasha de lá

— é, mas esquece isso. Se sente melhor? -Ela pergunta

— você está bem mesmo? -Pergunto e ela afirma - então sim.

Natasha sorriu, e seus olhos quase fecharam. Seus cabelos estavam um pouco molhados ainda, e isso a deixava tão linda...

— para de me olhar com esses olhos -Natasha ficou vermelhinha e depois colocou a mão na boca

— que olhos? -Pergunto

— esses olhos -Ela sorri mais uma vez e se levanta

Sentei na cama e a olhei passear pela sala da médica. Tinha um curativo no seu ombro e outros no rosto. Mas ela nem ligava.

— senta quieta Natasha -Outra voz apareceu no quarto

Na porta estava a tia Wanda com os braços cruzados.

— eu quero sair daqui -Ela disse e a tia Wanda entrou na sala

— vocês duas precisam descansar -Ela veio até onde eu estava e puxou um lençol para mim — se aquieta ruiva

Natasha apenas negou com a cabeça enquanto sorria. Ela voltou a cama ao lado e ficou sentada.

Me virei para ela, que me olhou sem entender.

— o que foi? -Natasha perguntou e cruzou os braços

— vem para cá... -Pedi com um pouco de vergonha

Wanda se afastou e trocou de lugar com a Natasha, que ficou sentada do meu lado enquanto eu me arrumava para deitar em seu colo.

Vi um sorrisinho no rosto da outra mulher e apenas fechei os olhos. Nós ficamos em silêncio por alguns minutos..

— ela tá apegada Natasha. Cuidado -Wanda disse

— ela precisa de cuidado, minha vida é incerta -A ruiva disse e passou a fazer carinho na minha cabeça

Naquele momento, as vozes começaram a falar outra vez. Como se eu pudesse impedir alguma coisa, como se eu soubesse o que fazer..

O que estava acontecendo?

porque eu amo vocês.
💋💋

Garotinha da Tia Nat.Onde histórias criam vida. Descubra agora