>Pov Natasha
A dor que eu senti quando ouvi mais dois disparos me fez cair de joelhos. Ergui a cabeça e o homem me olhava como se tivesse um troféu em mãos, mal sabia ele que não tinha nada.
— eu quero o chip, onde está? -Ele apertou meu maxilar
— no inferno -Eu sorri
— tomara que possa buscá-lo para mim -Ele pressionou o cano da arma na minha cabeça
— me encontre lá -Eu disse porque havia me conformado que não teria como escapar
Eu fechei os olhos e segundos depois ouvi um disparo. Mas eu ainda estava da mesma forma porem o cano da arma já não era mais sentido por mim, assim como a mão daquele homem no meu maxilar.
Quando abri os olhos novamente, o homem estava morto na minha frente com um tiro na testa. Antes que pudesse virar para trás, a dor no estomago me atingiu com força me fazendo ir ao chão.
— porque tiramos as escutas mesmo? -Ele me perguntou e eu sorri
— porque eu não trabalho com pessoas mandando em mim. Ninguém manda em mim -Falei firme porque queria disfarçar a dor
— percebi. Mas agora vai me deixar te tirar daqui -Ele disse e tentou me pegar no colo
— não tem como... -Resmunguei de dor — não vai conseguir subir esse penhasco comigo
— também não deveria me subestimar. Posso não ser bom com armas, mas com escaladas... -Ele ergueu as sobrancelhas
Neguei com a cabeça, mas de nada adiantou. Ele retirou a blusa e a rasgou em vários pedaços, enrolou dois na minha perna e o resto no estomago, que a cada vez que ele mexia doía mais.
— vou precisar que se esforce e de um impulso mínimo, você vai nas minhas costas -Ele disse e eu afirmei
Fiz o que foi pedido, e então eu já estava nas costas do homem. Ele encarou o penhasco e pareceu sorrir.
— vê se não me mata me deixando cair, de novo, desse penhasco -Falei e ele sorriu
— se acalma viúva negra. Você está nas mãos do melhor escalador -Ele disse confiante
Eu fiquei em silêncio enquanto subíamos aquelas pedras. E vez ou outra eu impulsionava nossos corpos com o pé. O que causava dor nos três tiros que levei, e automaticamente uma repreensão instantânea que eu recebia dele.
Quando chegamos ao topo, ele se virou e me colocou no chão, o sangramento continuava e não iria parar tão cedo.
Então ele me puxou e me encostou na árvore mais próxima.— não adiantou estancar, o sangue continua saindo -Ele disse frustrado
— não se irrita por isso, consigo andar ainda -Falei e tentei me levantar
Porém não consegui, a dor era forte demais para que eu conseguisse me manter em pé.
— tô vendo que consegue -Ele disse e me colocou encostada na árvore de novo
— os outros se perderam de nós, e estamos sem meio de comunicação -Ele olhava em volta
— ah qual é, era só uma linha reta. Não tem como se perder -Eu disse, já com dificuldade
— então porque não chegaram ainda? -Ele perguntou me encarando
— o dia que eu tiver uma bola de cristal você faz essa pergunta -Ironizei
Ele sorriu e negou com a cabeça.
Minha vista começou a escurecer, e eu me senti fraca.
— não, não! Fica acordada caralho -Ele me balançou
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Garotinha da Tia Nat.
FanfictionEla viu... Viu seus pais mortos em casa, viu homens jurando protegê-la, se viu traída pelos mesmos que lhe prometeram cuidados. Sn era, e ainda é, uma criança. Sem os pais, com a família em outro país, e a hydra no comando... Apesar de tamanho medo...