"Vamos lá, querido, toque-me como uma canção de amor, toda vez que ela começa a tocar eu tenho esse doce desejo. Sim, eu floresço, eu floresço só para você, eu floresço só para você. Agora é a estação perfeita, sim, vamos com tudo desta vez, estamos dançando com as árvores e eu esperei minha vida inteira. É verdade, querido, eu tenho guardado isso só para você, querido"
Harry bate a porta da sua casa com força, pisando firme em direção à sala. Eu entro atrás dele, tentando seguir ileso até o quarto, mas ele me intercepta no meio do caminho.- Para onde você acha que vai? Pode voltando aqui! - E como um cachorrinho, eu obedeço, me sentando ao seu lado no sofá. - Que porra tem na cabeça. Acha que é a merda do Homem de Ferro? Se não fosse por mim, ia ter tomado um tiro bem na cabeça.
- Você tinha que comparar justo ao super-héroi playboy e bilionário? - questiono, enrugando meu nariz em desgosto.
- Não desvie do assunto, Louis! - ele ordena, suas bochechas avermelhando pela raiva, sua mandíbula extremamente marcada graças ao coque que prende os fios de seu cabelo. - Você sabia que se eu não tivesse por perto cuidando da merda do seu rabo, você estaria morto?
- Você é a força e eu sou o cérebro, somos a dupla perfeita - eu digo, tentando o distrair e esquecer de sua bronca.
- Força? Eu não sou estúpido para ser a força, eu quero ser o cérebro.
- Eu sou magrelo, como espera que eu seja a força?!
- Então nós dois podemos ser o cérebro - ele determina.
- Claro gatinho, tudo que quiser - eu concordo tocando sua bochecha, acariciando-a. Mas antes que meus lábios possam tocar os seus, ele me afasta.
- Eu estou com tanto ódio, um tiro na perna foi pouco para aquele merda, queria ter atirado em todos pontos vitais dele - ele esbraveja, desamarrando seu cabelo.
- Queria ter a morte dele na sua conta? Para ficar com peso na consciência depois?
- Tem oito bilhões de pessoas no mundo, não há recursos suficientes, eu estaria fazendo um favor à natureza matando um que faz a exploração dos recursos dela para alimentar uma alma podre como aquela não valer a pena. - Ele tira sua arma de sua cintura e a joga sobre a mesa de centro, encostando suas costas no sofá enquanto parece a um passo de explodir em raiva.
- Eu fui expulso da organização por causa do seu tiro.
- Assume seus B.O., não vem me culpar por algo que não tem nada a ver comigo, você seria expulso de qualquer forma porque disse o que não deveria.
- Eu deveria sim - afirmo, cruzando meus braços. - Sei que acham que usar o método de eleições burguesas é uma merda, em partes eu concordo, porque os militares ainda teriam todo aparato de manipulação da mídia para se manterem no poder, isso tornaria as coisas muito difíceis para nós. Mas... é a saída que temos agora, qualquer mínima ou ideia de liberdade, mesmo que seja sob um regime que não concordamos totalmente, é melhor que mais décadas vivendo nesse estado de repressão constante. É melhor usar as eleições burguesas de forma tática, do que ficar tentando tirar água de pedra.
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The Red Sound I l.s.
FanfictionViver em uma Inglaterra ditatorial não é algo exatamente fácil, injustiça, autoritarismo e violência são partes da rotina de Louis Tomlinson, um adolescente surdo em seu último ano de escola. Ele odeia militares, mas infelizmente vive no mesmo loca...