Viver em uma Inglaterra ditatorial não é algo exatamente fácil, injustiça, autoritarismo e violência são partes da rotina de Louis Tomlinson, um adolescente surdo em seu último ano de escola.
Ele odeia militares, mas infelizmente vive no mesmo loca...
"Não me afasta de ser muito alegre, me deixa amansar, te deixar mais leve. [...] Não olha assim pra mim não, se não vou me apaixonar, se não vai me adivinhar. Tá fácil ler na cara que eu não canso de te procurar, carinho faz arrepiar, sozinho tu não vai ficar, será que cabe eu aí"
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O sol escaldante toca minha pele respingada pela água da piscina, minhas costas relaxam contra a espreguiçadeira, enquanto cubro meus olhos dos raios luminosos demais com minha palma esticada.
Meus colegas da escola tentam afundar um ao outro na piscina, enquanto eu observo de longe a brincadeira, achando perigoso demais para participar. Eu os acho meio idiotas, na verdade só sou amigos deles pela pressão de ter amizades na escola e não ficar isolado, apenas os convidei para vir à piscina da minha casa após Louis recusar se divertir no final de semana comigo.
Minha atenção é roubada quando vejo uma presença silenciosa atravessar o portão dos fundos e seguir em direção à porta lateral de entrada para cozinha. Ele volta um minuto depois, encarando ao redor confuso.
Ele vem até mim com sua testa franzida, perguntando:
— Você viu minha mãe?
— Ela saiu para ir ao parque com a minha irmã — conto, ainda com minha palma esticada sobre minha testa, tampando a luz do sol. — Está tudo bem? Precisa de algo?
— Não, era apenas uma ligação... quando ela chegar peço a ela e... — Ele se interrompe no meio da última frase, bruscamente seus olhos desviam para a piscina, onde Logan se aproxima da borda com braçadas largas.
— O que foi? — Ele me ignora, se aproxima a passos lentos da borda, encarando a água se mexendo.
— E aí, cara? Você é da sala dos excepcionais, não? — o meu colega de sala pergunta, mas Louis não escuta, concentrado demais em algo na piscina. Ele se abaixa e move sua mão dentro da água, encarando o ato fascinado. — Entra com a gente, estamos brincando de briga de galo...
— Não faz... — antes que possa terminar, Logan segura o braço de Louis e o puxa para dentro da água.
Eu encaro a cena pasmo, minhas pernas respondem primeiro que meu cérebro, pulando na piscina. Mergulho até o fundo, pegando com pressa a parte externa do implante auditivo de Louis, o tirando da água rápido.
— Você é idiota, porra? Que merda tem na cabeça para puxar sem permissão alguém para dentro da água? — Eu ignoro seus pedidos de desculpa, me virando para Louis, que se apoia com as mãos na borda e sai de dentro da água. — Você está bem? — pergunto quando ele olha para mim.
— Estou... ele não me puxou, só segurou no meu braço e eu desequilibrei — ele defende, pegando a parte externa do implante da minha mão. — É só colocar no desumidificador, está tudo bem.
Ele parece estar meio áereo, ainda olhando em choque para a água. Caminha pingando água pelo quintal, em direção à sua casa.
— Que merda você fez? — eu grito com Logan, tendo os outros três garotos da minha escola de platéia. — Você sabia que aquilo é caro e poderia ter quebrado por causa da merda da sua brincadeira idiota? Sabia que ele poderia ter se afogado?!
