Três semanas depois da festa..
Depois daquela noite poucas vezes ouvi o nome de Austin. Durante os ensaios de dança uma garota ou outra fofocavam sobre a discussão que ele teve com a namorada na saída da festa pós Oscar.
Não me perguntem o que rolou porque é um mistério.
— Daria tudo para saber o que rolou naquela festa depois que fomos embora — Paola comenta enquanto nos alongamos.
— E porque? — Pergunto — Não mudaria absolutamente nada em nossas vidas — Olho para minha amiga que tem uma expressão de tédio.
— Fofoca Sarah, fofoca é algo que dá sentido a vida, uma fofoca mal contada mata o fofoqueiro — Disse tirando uma gargalhada minha.
— Sempre tão dramática — Falo — Talvez só foi uma discussão de casal, coisa simples — Paro a seu lado e a mesma me olha seria.
— Garota, ele com toda certeza do mundo, estava interessado em você — Fala baixo — E por 'coincidência' discute com a então 'namorada' na mesma noite que fala com você? E te chama de maravilhosa? — Diz dando uma ombrada em meu ombro.
— Ele disse que a apresentação estava maravilhosa — Falo e me viro ao escutar a porta da sala de dança ser aberta.
Durante todo o ensaio, as palavras de Paola rondavam meus pensamentos. Não que estivesse interrasa em Austin, nada do tipo, mas de tanto Paola buzinar sobre o assunto em meus ouvidos, estava intrigada.
Mas se ele estivesse interessado em mim, provavelmente ele teria entrado em contato, certo?
Óbvio que não, você nem ao menos passou seu número para ele. Minha consciência me lembrou.
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Os ensaios na maioria das vezes eram cansativos, mas algo que eu amava. Dançar, me expressar com a dança era uma das coisas que eu mais gostava, algo admirável.
O mais difícil era trabalhar na cafeteira depois de longas horas de dança. Não que eu não goste do meu trabalho, amo as pessoas que trabalham aqui, gosto muitíssimo dos donos e pagam razoavelmente bem, que mal tem, não é mesmo?
— Querida — Senhor Luís me chama — Poderia pegar o pedido da mesa 2, por gentileza? — Concordo já saindo de trás do balcão e indo até a mesa.
Senhor Luís é o meu chefe, um velhinho fofo que me trata super bem.
— Boa tarde, posso anotar seu pedido? — Digo assim que chego até a mesa, pegando meu caderninho de anotações e pronta para anotar o pedido.
— Boa tarde Sarah — Diz e reconheço aquela voz — Me disseram que as rosquinhas daqui são maravilhosas, poderia me trazer uma? De baunilha e um café sem açúcar? — Diz com um sorriso em seus lábios.
— Austin — Digo o olhando e vendo seu sorriso se alargar — Já trarei seu pedido — Digo sem jeito, andando rapidamente para o balcão passando os pedidos para a cozinha.
Ótimo, é só uma coincidência né? Claro Sarah, de todas as cafeteiras de Los Angeles ele parou bem na qual você trabalha. Minha consciência diz.
Ok, respira e vai. — Aqui está seu pedido, espero que goste — Digo colocando em sua mesa — Mais alguma coisa?
— Oh sim — Diz me olhando por baixo de seu boné — Gostaria do seu número — Fala.