CAPÍTULO 24 - Está satisfeito?

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3 anos depois.

Sarah.

Como de costume, estava atrasada. Paola estava me ligando a cada cinco minutos, me importunando e tentando me apressar. Eu já sabia que ela estava no carro me esperando, mas eu não conseguia achar a droga do colar.

— Aqui está você — Digo o pegando de baixo da almofada e saindo apressadamente ao encontro de minha amiga.

Entro no carro e Paola me olha com uma expressão de poucos amigos, a ignoro é coloco meu colar de onde não devia ter saído.

— Não sei porque você usa isso, ainda — Paola diz.

A olho — Você sabe exatamente o porquê, eu gosto e ponto final — Sorrio e minha amiga nega com a cabeça.

— Se ao menos você respondesse as mensagens dele... — Ela fala mas para no momento que a olho seria.

Aquele nome era proibido entre a gente. Austin era proibido de ser mencionado ou lembrado. Foi a única forma de o arrancar de minha vida.

— Só espero que ele não apareça lá — Digo mais para mim mesma, do que para Paola.

— Amiga, é o Globo de Ouro, as chances dele estar é grande — Ela me responde me deixando desconfortável.

Não seria a primeira vez que eu o veria, depois do nosso término oficial. O vi algumas vezes correndo no parque, em dois eventos que fiz parte e na minha cafeteria preferida. Todas as vezes, eu o vi e ele me viu. Ele tentou por algumas vezes falar comigo, mas com a negativa em meu rosto, ele sempre se afastava. Mas nas mensagens, todos os dias ele me mandava alguma coisa, contando sobre o seu dia, que se lembrou de mim. Por 3 anos seguidos desde o nosso fim, ele fez isso. Todos os dias. Porém, a duas semanas ele parou. E eu agradeci a Deus por isso.

Fui tirada de meus pensamentos assim que chegamos ao nosso destino. Respirei fundo e pedi que tudo ocorresse como o planejado.

Fizemos alguns ensaios onde o belíssimo show aconteceria. Sim, iríamos participar de uma apresentação na abertura do Globo de Ouro, algo bem além do que esperávamos. A dois anos, Paola e eu abrimos nossa própria escola de dança e por fim, o nosso negócio vingou e estamos bem reconhecidas no meio.

Depois de algumas horas, estávamos no camarim se arrumando, enquanto eu ajeitava minha roupa, Paola ajeitava seu cabelo.

— Você está belíssima — Ela me diz e sorri olhando para o espelho.

— Nós estamos — Digo e sorrio.

Estava tentando manter a calma, ou melhor transparecer que eu estava calma. Porém, meu coração estava disparado e a ansiedade a mil.

— Está na hora garotas — Uma moça da organização disse — Arrasem.

Sorri retribuindo, me olhei uma última vez no espelho e respirei fundo. É agora.

Nos posicionamos no palco, cada um em seu lugar. Quando a música começou a resoar, começamos a dançar. No início os passam eram delicados, sentimentais. Eu fechei meus olhos e fiz examentr aquilo que ensaiamos. Na metade da apresentação, as luzes se apagaram, tiramos nossas roupas delicadas e demos lugar a roupas pretas cheias de glitters. A música ficou mais agitada e a performance também. No fim da apresentação, abri meus olhos, me juntei com minhas parceiras de apresentação e contemplamos todos aplaudindo de pé.

Enquanto eu sorria, meus olhos focaram em alguém, que ainda fazia meu coração disparar.

Austin estava ali, aplaudindo e com um lindo sorriso no rosto. Mudei meu olhar para a garota que estava ao seu lado, e tentei de todas as formas ignorar o incômodo que aquilo me causou.

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