Capítulo 02°

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Ares

O dia estava chegando ao fim e a imagem daquela mulher não sai de minha cabeça, seu perfume está gravado em minha mente, aqueles lábios carnudos e sua voz doce e suave... puta merda isso tá me enlouquecendo.

ㅡ ARES... ㅡ meu pai grita meu nome chamando minha atenção.ㅡ Você ao menos escutou o que eu estava dizendo? ㅡ ele diz como um velho ranzinza. ㅡ Você tem que me ouvir...

ㅡ Claro senhor Dimitrio, eu escutei tudo. Todos os sermões e o ataque isterico que o senhor teve.

ㅡ Seu sem educação. ㅡ ele bate na mesa se levantando irritado. ㅡ Você não leva nada a sério Ares..

ㅡ Eu não fiz nada pai. Eu fui lá sim... porém não fiz nada. Apenas assisti o bastardo fazer o trabalho. ㅡ digo jogando a cabeça para trás já de saco cheio daquilo.

ㅡ Céus esse não é o problema em pauta aqui Ares. Você age quando quer e faz o que bem entende. Tem que parar com isso e me ouvir, acatar o que digo, tem que ter limetes e... ㅡ minha mãe bate na porta e entra no escritório.

ㅡ Já terminaram?

ㅡ Ainda não querida. ㅡ meu pai diz com o tom de voz totalmente oposto que falava comigo à pouco.

ㅡ Verdade mãe, não acabamos ainda. O pai ia me lembrar do que houve hoje mais cedo. ㅡ digo e ele me olha com o cenho franzido. ㅡ Ele tinha me ligado e me chamou de que mesmo... ah lembrei, foi de filho da p...

ㅡ CÉUS ㅡ meu pai grita com a mão na nuca e minha mãe corre até ele. ㅡ Acho que vou ter um ataque de desgosto, dos meus quatro filho nessa terra apenas Ares consegue me dar tanto desgosto na alma.

ㅡ Também te amo pai. ㅡ digo rindo do seu teatro para dona Alanis não ouvir que ele tinha me chingado.

Saio de seu escritório antes que ele comece novamente. Estava subindo as escadas para ir ao meu quarto quando vejo Apolo descer ao meu encontro.

ㅡ Preciso do contato daquele pessoal da Rússia. ㅡ ele diz sério.

ㅡ Reunião? ㅡ pergunto com uma sobrancelha levantada e ele apenas concorda com a cabeça. Passo a mão no bolso da calça e me assusto.

ㅡ Qual o problema? Só preciso do número ou e-mail do...

ㅡ Está na minha carteira. ㅡ confiro novamente no bolso traseiro e da frente.

ㅡ Então me dá... qual a dificuldade...

ㅡ A porra da minha carteira não tá comigo. ㅡ digo o encarando e ele ergue uma sobrancelha. ㅡ Merda... acho que deixei cair mais cedo na rua.

ㅡ Uau. ㅡ Apolo me encara sério e sorri. ㅡ Ares Aahbran sendo descuidado, mais que merda tá acontecendo com você?

ㅡ Não enche bastardo. ㅡ digo e volto a fazer meu caminho.

ㅡ Eu preciso do conta...

ㅡ Vai a merda Apolo, quer que eu faça um abracadabra pra você ter a porra do contato? ㅡ digo estressado tentando manter a voz baixa pois minha mãe está no escritório que fica perto das escadas.

ㅡ Quanta raiva nesse coração. ㅡ Apolo revira o olho e sorri. ㅡ Obrigado pela sua não ajuda.

ㅡ Vai se fod... ㅡ paro assim que vejo minha mãe saindo do escritório me encarando e Apolo cai na gargalhada. ㅡ Ele começou.

Digo e subo as escadas mais de pressa para não receber sermões novamente.

///

Estava na empresa consentrado revisando alguns papeis e meu telefone começa a tocar. Encaro o mesmo e franzo o cenho. Ninguém conhece aquele número se eu mesmo não passar, pois era uma linha direta para mim. Toda vez que ele tocou eu sabia quem exatamente era pois eu mesmo pedia para me ligar... porém agora ele não parava de tocar e eu não fazia idéia de quem era.

ㅡ Contractors Company... ㅡ atendo e sou interrompido.

Oi... acho que liguei errado... ㅡ me surpreendo com a voz e a porra do meu coração começa a acelerar como se tivesse nervoso. ㅡ Ou não... bom por acaso conhece algum... Ares Aahbran?

ㅡ Bo...bom. ㅡ mais que merda eu gaguejei. ㅡ Sim, sou eu.

Nossa sério, que bom. Fico aliviada de ter achado o cartão. ㅡ ela suspira. ㅡ Me chamo Elisa. ㅡ ela diz e um sorriso escapa de meus lábios. ㅡ Acho que não vai se lembrar de mim, mas eu esbarrei em você ontem na rua e por acidente quando estava pegando meus materiais acabei pegando sua carteira... juro que não foi intencional. Eu não mexi em nada... digo eu mexi para procurar algum contato mais não furtei nada eu...

ㅡ Tudo bem. ㅡ acabo achando graça de seu nervosismo. ㅡ Eu acredito em você.

Okay... eu queria te entregar, onde você trabalha? Eu posso ir até você e...

ㅡ Bom... ㅡ assim que ela diz em vir até aqui meus pensamentos vão direto em meu pai e meus irmãos, nem ferrando. ㅡ Podemos marcar em um café mais tarde? Se não for encomodo é claro.

Oh, tudo bem. Na Coffe e Cia as quatro da tarde.

ㅡ Okay.

Tchau até mais tarde.

Antes de eu falar qualquer coisa a mesma encerra a ligação. Um sorriso bobo toma conta de meus lábios e eu fecho o olho tentando me concentrar.

ㅡ Onde eu parei mesmo? ㅡ encaro os documentos mais não consigo identificar nada. A voz dela fica cravada em minha mente me deixando vulnerável.

ㅡ QUE PORRA É ESSA? ㅡ Apolo diz assim que arromba a minha porta. O encaro desacreditado.

ㅡ Eu que pergunto bastardo, você é quem invadiu meu escritório. ㅡ digo e ele levantanta uma sobrancelha.

ㅡ É você quem não está deixando me concentrar no meu trabalho. ㅡ ele diz passando a mão no rosto. ㅡ De todos os sentimentos que senti vindo de você isso tá sendo o pior. Mais que porra você tava fazendo?.. NÃO... eu não quero nem saber.

ㅡ Puta merda, nessa família não existe a porra da privacidade? ㅡ resmungo e Apolo me encara surpreso.

ㅡ Desde quando se importou com a privacidade? ㅡ ele me encara por mais um tempo e cai na gargalhada. ㅡ O grande deus Ares está abalado por alguém, eu sabia.

ㅡ Você é a porra de um deus irritante pra caralho...

ㅡ Não querido irmão... eu sou a porra do deus mais brilhante e belo... em todos os sentidos. ㅡ ele diz e eu reviro o olho. ㅡ Vai ser bem divertido isso... o grande deus da guerra sendo domesticado por uma humana, céus isso vai ser perfeito.

ㅡ SAI DA MINHA FRENTE SEU BASTARDO DOS INFERNO.

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