Capítulo 13°

536 95 15
                                    

Elisa

- Eu realmente não quero te levar de volta. - Ares diz me apertando em seu braço. Estávamos sentados no capô do carro vendo o sol se pô.

- Então meu pai consideraria você um mentiroso por dizer que iria me levar de volta. - digo e ele faz um som de desânimo com a boca.

- Verdade, não posso decepcionar meu sogro. - ele diz orgulhoso e eu me viro o encarando.

- Sogro é?

- Não? O que ele acharia da ideia? - sorrio e levanto uma sobrancelha.

- Ele eu não sei, mais eu acho que você ta colocando o seu ''sogro'' na minha frente novamente, não acha que antes de falarmos para ele você deveria me pedir em namoro primeiro?

- Por acaso, se eu pedisse, você diria não?

- Uau, como você é convencido. O que te faz pensar que eu seria incapaz de dizer não? - ele sorri e tira algumas mechas de meu cabelo do rosto.

- O que me faz pensar isso? Bom... Pelo fato de você se importar por eu sumir, por vir aqui comigo sem eu ter te perguntado ao menos se queria vir, pelos sorrisos que você me da... - ele continua fazendo carinho em meu rosto enquanto fala. - Pelo brilho de seu olhar e pelo fato de você ser meu porto seguro, eu posso sentir seus verdadeiros sentimentos.

- Como tem tanta certeza?

- Os deuses reencarnados não tem muito controle de seus poderes, principalmente se esses deuses são descendentes diretos de Zeus... então, por esse motivo a gente deve ter um porto seguro a quem recorrer, alguém que dependente de tudo é aquele que vai nos acalmar. Tanto a gente quanto essa pessoa vai ter o sentimento mais genuíno e verdadeiro entre todos os amores existentes. Esse tipo de pessoa seria como uma companheira, para os deuses reencarnados, chamamos de ''Âncora''... e você é a minha Elisa. - eu estava sem palavras ao escutar aquilo.

- Então... mesmo se eu quisesse me fazer de difícil, você saberia a verdade? - pergunto e ele ri.

- Sem sombra de dúvida.

- Isso explica muita coisa, principalmente o motivo de você ser tão convencido e convicto dos meus sentimentos.

- Agora que esclareci que mesmo que você quisesse não poderia mais se livrar de mim, o que acha de irmos conversar com meu sogro? - ele pergunta com um sorriso presunçoso.

- Okay, vamos falar com seu sogro Ares.

---

- Então o que significa que a cafeteria vai passar para o nome do proprietário fantasia, mas continuara sendo minha? - meu pai pergunta a Ares.

- Exatamente. Vou criar um nome fantasia que ninguém saberá o verdadeiro, pois todos os direitos da cafeteria seria seu. Fazendo assim você não seria rastreado pela máfia russa. Vou encobrir todos os vestígios de Ícaro Ritter e Elisa Ritter, vai ser impossível eles rastrearem qualquer coisa sobre vocês. - diz Ares e meu pai concorda com a cabeça pensativo.

- Olha, eu confio na minha filha. - meu pai diz encarando Ares. - Confio que ela saiba descifrar o caráter das pessoas e sei que ela confia em você por ter te contado tudo. Porém, o que eu quero saber se eu devo fazer alguma pergunta a respeito disso. - ele me olha. - Sei que ele é uma pessoa muito poderosa... mas enfrentar a máfia russa? Se você me disser que esta tudo bem... então esta e irei confiar nele com os olhos fechados sem fazer perguntas filha.

- Esta tudo bem pai. - digo sorrindo. Mesmo se eu contasse que Ares é uma divindade e que ele é mais do que capaz de lidar com os russos, eu sei que ele não está pronto psicologicamente para receber essa informação agora. - Estou grata e muito feliz pelo senhor confiar em mim a este ponto. Obrigada.

- Sei que não sou a pessoa mais perfeita do mundo, mais tentarei ser para sua filha. - Ares diz sério para meu pai. - Na verdade, eu tenho mais defeitos do que qualidade, minha personalidade é péssima e eu não tenho muita paciência, porém para Elisa eu... - ele me olha. - Eu me tornarei uma pessoa mais paciente, tentarei extrair o máximo de minhas qualidades e terei a melhor personalidade personalizada somente para ela. Por era serei capaz de tudo isso e um pouco mais.

Aquelas palavras fizeram meu coração acelerar de uma forma que nunca tinha sentido antes. Sinto meu mundo parar ao olhar seus olhos e uma ansiedade me toma.

- O príncipe no cavalo branco, realmente veio. - meu pai diz e ri.

- O que eu quero dizer é que com a sua permissão e benção, eu gostaria de namorar Elisa, senhor Ícaro.

- Tem a minha permissão e benção se for sério a ponto de levá-la para o altar...

- Pai. - assusto com o que ele diz.

- Quero que entenda que não vou entregar a mão de minha filha para alguém que seria incapaz de levar a sério um relacionamento a esse ponto. O que me diz? - meu pai pergunta e Ares me olha. Ele sorri e diz sem desviar os olhos.

- Se não fosse sério a esse ponto eu nem estaria aqui.

Ares Onde histórias criam vida. Descubra agora