Capítulo 22°

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Ares

- Quem são vocês? - pergunto e vou direto de encontro com Elisa colocando a mesma atrás de mim. Assim que sinto ela segurar meu braço me sinto um pouco mais calmo.

- Com certeza não somos o inimigo. Não de vocês... E nem queremos é claro. - o chefe diz. - Me chamo, Vladimir Volkov.

- Volkov. - digo e levanto uma sobrancelha.

- Seria os mesmos Volkov's que estamos pensando? - Apolo pergunta e o homem sorri.

- Sim, nós mesmo. É uma honra que vocês tenham conhecimento sobre nós. - ele diz com a mão no peito. - Bom mais esse não é o assunto principal. Eu vim aqui para um acordo de paz com a Rússia e...

- Não me venha com essa. - digo entre os dentes. - Eu poderia arrancar a Rússia do mapa com o ódio que tô sentindo. - Elisa aperta meu braço.

- Sabemos disso e é por isso que estou aqui. - ele me entrega um papel. - Antony tem poucos dias de vida e Yelena agiu sem consentimento dele. E como pode ver nesse documento ela não tem direito nenhum sobre a Vory V Zakone. Antony já tinha passado esse poder a mim.

- E o que isso garante que a Rússia terá um acordo com nós? - pergunto balançando o papel.

- Irei acabar com a Vory V Zakone e a reerguerei como Volki-Vory. E como o novo chefe irei garantir a paz entre nós e se quiser poderemos ter uma aliança saudável. Tenho uma empresa que tem um grande futuro pela frente e adoraria poder fazer negócios com os Aahbran... Legais ou ilegais como preferir. - ele diz determinado.

- E se não quisermos nenhum dos dois? - pergunto.

- Seria uma pena para nós, mas mesmo assim respeitaremos a decisão de vocês e manteremos os russos longe da Grécia como desejar. A única coisa que não queremos é ser seus inimigos. - ele diz e eu levanto uma sobrancelha. - Não temos calibre para se tornar tal inimigo a altura dos Aahbran.

- No momento meu ódio contra os russos ainda está bem recente, então não vou lhe dar um resposta agora. Sem contar que tenho que falar com meus outros irmãos... Mas mesmo assim sei que eles respeitarão minha decisão. - digo e ele confirma com a cabeça e eu entrego o documento em suas mãos. - O que mais querem?

- Se permitir queremos a custódia de Yelena Petrova e dos demais russos que vieram com ela...

- Mesmo estando todos mortos? - o corto e ele fica sem reação por um tempo e sinto Elisa tensa. - Yelena está viva... Porém por pouco tempo. De qualquer forma ela não será útil.

- Mesmo estando mortos, queremos levar eles para ser sepultados em sua terra natal. E quero cumprir um último desejo de Antony e levar Yelena até ele. - ele diz sem se abalar por minha fala.

- Okay. Podem leva-los, mais tem só até o final do dia para saírem do nosso território. - digo e ele abaixa a cabeça em confirmação.

- Obrigado. Algum dia espero seu retorno sobre nossa oferta. - ele diz e eu conduzo Elisa para nosso carro.

(...)

Tínhamos ido para o hospital para ver se tava tudo bem com Elisa. Graças aos céus ela estava apenas com um machucado artificial na cabeça e o bebê estava bem. Deram alguns medicamentos, trataram seu machucado e logo fomos liberados.

Assim que entramos em casa Elisa me abraça forte e eu a aconchego em meus braços. Desde que saímos daquele lugar ela não disse nada, mas eu sentia sua aflição. Ela começa a soluçar com o choro, passo a mão em seus cabelos e ela afunda mais o rosto em meu peito.

- Eu tava com muito medo... Medo de não poder mais te ver, senti medo por nosso bebê eu... Eu... - ela estava em prantos.

- Já passou querida. - beijo sua cabeça. - Mas confesso que também senti um terror que não sei te explicar. Mesmo sabendo que eu iria te achar... Eu senti medo... Vem cá. - pego ela no colo e a mesmo se enrola em minha cintura. - Vou cuidar de você minha princesa.

(...)

Elisa encosta sua cabeça em meu peito enquanto eu mexia em seu cabelo molhando, suas mãos brincava com a água da banheira e sua expressão estava mais relaxada.

- Volkov... em Russo significa Lobo. - diz Elisa. - A sua reação e a de Apolo aquela hora, me pareceu bem suspeita quando escutou o sobrenome daquele homem. Tem alguma coisa a ver com o significado?

- Ficaria surpresa se eu disser que sim? - pergunto e ela ri.

- Meu marido é um deus mitológico, impossível eu ficar surpresa com mais alguma coisa. - ela diz e eu sorrio.

- Eles são um clã bem reservados. Os Volkov's é bem territorialista e leais... Eles respeitam as leis submetidas dentro da alcatéia. Pelo que vi do Alfa, não teremos problemas já que eles sabem seus lugares dentro da cadeia de sobrevivência.

- Quer dizer que eles são fracos?

- Não necessariamente. Eles são bem poderosos, porém não suficiente para ir contra um deus. Sem contar que alguns deles acreditam que seu poder foi concedido por um dos deuses... Em outras palavras eles nos respeitam.

- Talvez com eles no comando na Rússia... As coisas tomem um caminho diferente, por lá. - ela suspira. - Confesso que gostei quando ele disse que iria acabar com a Vory V Zakone.

- Eu iria fazer isso de qualquer forma. - digo e passo a mão em sua barriga. - Não iria deixa-lo crescer em um mundo com pessoas que fizeram você sofrer tanto.

- Que pai dedicado. - ela diz sorrindo.

- Farei o meu melhor. - beijo sua cabeça. - Te prometo que serei o marido e pai que vocês merecem.

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