Capítulo 09°

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Ares

Ela conseguiu acabar completamente com o clima ao lembrar do que eu tinha prometido.

ㅡ Que fique bem lembrado, foi você que disse que ia me contar. ㅡ ela diz sorrindo.

ㅡ Okay senhorita Ritter. ㅡ digo e ela me olha esperançosa. ㅡ Antes de eu dizer qualquer coisa, tem que me prometer que vai manter sua mente aberta.

ㅡ Tudo bem... Eu aguento. ㅡ ela diz com um tom divertido.

ㅡ Se caso você não querer mais sair comigo depois disso eu entenderei... ㅡ digo e ela faz uma expressão estranha. ㅡ Eu sou uma pessoa bem diferente das outras, minha família em si é diferente de qualquer coisa que você já viu nesse mundo. Não sou um humano normal, nem sei se dá pra mim me comparar a um humano...

ㅡ Como assim? Você é tipo um Edward Cullen? ㅡ ela diz e eu acabo rindo.

ㅡ É bem mais complicado e bem maior que isso. ㅡ digo e suspiro fundo. ㅡ Eu sou Ares... No sentido literal do nome.

ㅡ Ares? O deus da guerra? ㅡ digo e vejo sua reação ir de confusa para engraçada e ela simplesmente ri. ㅡ Não precisava inventar um segredo pra me deixar mais tranquila Ares.

ㅡ Eu não estou mentindo Elisa. Você rindo dessa forma me faz sentir um completo pateta por estar te contando algo tão importante. ㅡ ela para de rir e me olha séria. ㅡ Eu não to inventando. Sou a própria reencarnação em pessoa do deus da guerra. Assim como meu pai biológico dessa carne é Zeus e meus irmãos que também são reencarnações, Hércules, Apolo e Hermes.

ㅡ Você não precisa ir tão longe. Está falando muito sério para uma brincadeira. ㅡ sorrio e passo a mão na cabeça.

ㅡ Como eu poderia te convencer? ㅡ ela levanta uma sobrancelha.

ㅡ Quem é o deus da guerra aqui é você, como poderia me convencer?

ㅡ Uau, você tá debochando de mim em um momento como esse senhorita Ritter? ㅡ digo e ela ri.

ㅡ Como eu poderia debochar de um deus da guerra? Eu estaria cometendo um pecado ou algo do tipo né? ㅡ ela diz irônicamente.

ㅡ Quanta coragem. Como pode ter esse tipo de reação? Ou seria porque não está acreditando em mim? ㅡ levanto uma sobrancelha. ㅡ Vou te provar, mas não se assuste. Olhe para meus olhos e não desvie o olhar.

Me aproximo dela e sinto sua tensão se misturar com a minha. Seguro sua mão e as pontas de seus dedos estão gelados pelo nervosismo. Seus olhos se encontram com o meu e sinto meu coração tendo um pequeno ataque.

ㅡ Você não vai soltar um raio dos olhos ou coisa assim né? Porque se for, precisa me avisar para eu me desviar. ㅡ ela diz me tirando uma risada.

ㅡ Não. Nada de raios saindo dos olhos. Vou te mostrar algo um pouco mais intenso. ㅡ digo e ela aperta minha mão. ㅡ Relaxa, você vai vivenciar algo que eu nunca compartilhei com ninguém. Vou te mostrar a minha melhor versão possível... Então não se assuste.

Bloqueio todos os meus piores sentimentos, em geral a minha natureza em si. Ela não precisa sentir algo tão desprezível. Quero que ela sinta os sentimentos bons, os mais bobos que seja. Seus olhos não desvia do meu então eu começo a liberar minha essência. Meus olhos arde e eu vejo a expansão de minha iris através de seus olhos. Ela fica surpresa porém não desvia o olhar e nem solta a minha mão. Meus olhos se tornam em um verde mais intenso e meus sentimentos começa a visitar Elisa. Meus poucos e pequenos sentimentos bons que tenho é tomado por Elisa. O amor que recebi dos meus pais desde quando eu nasci até o momento que conheci Elisa.

ㅡ O que é isso? ㅡ ela diz sorrindo. ㅡ Meu corpo está formigando em êxtase... Seus olhos... Eu nunca vi nada parecido em toda a minha vida.

ㅡ Não solte a minha mão e olho para o céu... ㅡ ela olha e sua boca fica entre aberta pela surpresa. ㅡ Eu consigo enxergar esse tipo de coisa quando quero.

Eu podia simplificar minha visão e enxergar uma galáxia inteira mesmo estando na terra.

ㅡ Puta merda... Isso não existe no mundo real. ㅡ ela diz em êxtase.

ㅡ No meu mundo existe. ㅡ digo e um sentimento de felicidade cresce em mim ao vê-la sorrindo.

Automaticamente meus sentimentos por Elisa se intensifica e ela sente por eu estar compartilhando com a mesma. Seus olhos volta para os meus e sua expressão fica indescritível me encarando. Os momentos que a conheci na rua até este momento presente foi passando diante de meus olhos, assim como cada sentimento novo que ela me fazia sentir. Ela via e sentia tudo através de mim como se fosse uma lembrança, as coisas começa a ficar mais tensa quando sentimentos de uma outra vida começa a me atingir... Sentimentos de vidas ao lado de Elisa que eu não lembrava, porém sentia. Ao ver confusão em seus olhos a solto imediatamente cortando a ligação.

ㅡ O que foi isso? ㅡ ela pergunta sem entender.

ㅡ Acredita em mim agora? ㅡ seus olhos brilham ao me olhar e eu sabia o que ela queria saber. ㅡ Eu sou o deus da guerra... Porém tem coisas que não dá pra te falar de uma vez... Não quero que saia correndo se souber de tudo. Então por enquanto é tudo que precisa saber.

ㅡ Tudo bem... Mais devo dizer que tô bem confusa agora... Que tipo deus da guerra tem sentimentos tão doce e intenso quanto o que me fez sentir?

ㅡ Você mostraria sua pior parte para a pessoa que gosta? ㅡ digo e a vejo ficar envergonhada pela indireta. ㅡ Mantenho esses sentimentos que te mostrei a sete chaves, pois não é bem o meu forte lidar com eles.

ㅡ Fico honrada por fazer parte deles então. ㅡ ela diz sorrindo. ㅡ Não é seu forte lidar com esses sentimentos... Porém devo admitir que está lidando muito bem. Obrigada por compartilhar isso comigo, isso respondeu muitas perguntas que tenho feito depois que te conheci. Acho que você tirou meu sono por um mês inteiro... A cada vez que eu lembrar do que você me mostrou, do que você é... Eu vou pirar. Puta que pariu... Um deus da guerra gosta de mim.

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