O encontro. Capítulo 3

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Pecado.
(Sábado)

Tomei meu banho, me arrumei e logo fui para a casa do gavião. Já tinha uma galera boa e o gavião logo me chamou para sentar com ele, quando me viu.

Aparentemente gavião foi chamar sua irmã, a Bruna e uma prima dele que estavam demorando para vir e nem demorou muito para elas aparecerem na nossa mesa, eu só não esperava que a maluca que quase foi atropelada iria está junto da Júlia e Bruna.

- mó fome - Bruna choramingou.

- pouca comida tem ali para você reclamar né - Júlia apontou para a mesa.

- perdeu alguma coisa? - a marrenta perguntou, percebi que fiquei muito tempo olhando para ela.

Te fala, era marrenta e gostosa. Po, naquele dia não reparei tanto porque fiquei irritado mas agora, se é louco.

- perdi, essa cara amarga aí ó - logo retruquei.

- ih bora comer - Júlia puxou ela que ficou me olhando como se fosse me matar.

Fiquei observando ela ir com as meninas na bancada pegar comida.

- tá ouvindo? - Cotoco estalou os dedos na minha frente.

- é o que? - respondi tomando um grande gole da cerveja.

- hipnotizou foi? - gavião perguntou com uma sobrancelha levantada.

Eu apenas revirei os olhos e comecei a prestar atenção no que eles falavam.

Segunda feira iria ter uma pá de coisas para fazer. Iria chegar carregando novo e vou ter que cobrar um tal de Rogério que está me devendo desde o mês passado, essas porras acham que vão comprar as MINHAS drogas sem pagar e vai ficar por isso mesmo.

- Tu é de onde? - de repente meus pensamentos foram embora quando Cotoco pergunta para a marrenta que sentou ao lado do gavião.

- sou do Rio mesmo - colocou a carne na boca.

- essa comida está muito boa. Namoral, mandaram bem.

A marrenta só sorriu de lado.

- você é prima do gavião? - perguntei curioso, mas óbvio que eu já sabia.

- uhum - apenas resmungou.

Marrenta pra caramba, estou tentando puxar assunto com ela mais tá difícil.

Lua
(Sábado)

Já era de noite e todos já tinham ido embora, só quem ficou foi o Cotoco e pelo que Júlia me falou, o cara que quase me atropelou se chama pecado e ele é o dono do morro. Bruna também ficou.

- já que vocês vão ficar aqui, bora ajudar a limpar tudo - falei na sala e Júlia concordou.

O pessoal reclamou mas levantaram indo para o quintal mas reparei que o pecado ficou na sala.

- não vai vim? - cruzei os braços.

- agora você está falando comigo? - não entendi a pergunta - está me ignorando desde que cheguei - espondeu a pergunta do meu pensamento e veio andando na minha direção.

- você também comeu, nada mais justo do que ajudar também.

- acredita que não estou com vontade? - que abusado!

- acredita que não tem empregada pra você? - falei e ele me imprensou na parede, ficando muito perto.

Ele é bem mais alto do que eu, então tive que levantar a cabeça para olhar ele e sustentei seu olhar.

- você é muito marrenta, tem que tomar cuidado com o que diz - soprou as palavras.

- isso foi uma ameaça? - ficou quieto ainda me olhando e encostou o nariz no meu.

Ouvi ele soltar o ar e sair de perto indo para o quintal.

Fui para a cozinha tomar água e percebi que meu coração está tão acelerado que quase saia do peito.

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