Capítulo 39

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Lua 🌙

Lá estava ele, de braços cruzados, sem camisa e encostado na moto. A cara de marrento demonstrava que estava bravo.

Juan é literalmente um pecado, esse short de jogar bola dele marca tudo. Tinha umas meninas sentada conversando com os caras da contenção, de vez em quando uma ou outra olhava para ele como se fosse um pedaço de carne.

- onde você se enfiou o dia inteiro? - Juan fala quando vou chegando perto.

- desde quando você virou meu pai?

Não entendi.

- tá me tachando de otário? - travou o maxilar. - com quem você estava? Quem era o otário que você passou o dia inteiro?

Isso me tira duas dúvidas.
Uma, ele me viu com o Marcos ou duas ele tá tirando suas próprias conclusões.

E se eu bem conheço o Juan é a segunda opção.

- não que eu te deva satisfações da minha vida, mas para você parar de fazer esse teu show eu estava no shopping.

- desde 8 horas da manhã?

- como você... - Gavião, é claro que o gavião iria falar com ele se ele perguntasse. - olha só Juan eu não vou ficar discutindo com você na rua.

Fui saindo de perto dele mas ele agarrou o meu pulso.

- sobe - mandou depois que subiu na moto.

- tenho pernas, consigo ir andando.

Sai andando e escutei ele bufar.

Ligou a moto e veio atrás.

- Lua, sobe na porra da moto - tinha algumas pessoas olhando, então para não gerar mais fofoca do que já sabia que ia sair só por esse show do Juan, eu subi.

Juan me levou para a sua casa.

- essa não é a minha casa.

- se você não falasse não tinha nem percebido - santa ignorância.

- eu vou embora. nem sei para que me trouxe aqui.

- quero saber com que porra você tava.

- Juan você não é meu pai para saber com quem eu estava ou deixei de estar.

- tem dois dias que a gente não se fala, eu te mandei mensagem e você não respondeu, tá fora de casa desde às 8:00 da manhã. Eu posso pelo menos saber o que ficou fazendo todo esse tempo no shopping? - pecado jogou as Chaves no sofá da sala e colocou a mão na cintura.

- eu saí para pensar um pouco, tive aquele pesadelo naquela noite e acabei pensando sobre tudo que passei. Achei que passar o dia no shopping resolveria alguma coisa. - respiro fundo - mas agora eu chego aqui e sou recebida por você enlouquecido esperando satisfações minha, como se eu fosse sua mulher ou a sua filha.

Eu sei que eu e o Juan estamos muito mais próximos do que antes. Passo mais tempo aqui na casa dele do que na minha mas ele não tem esse direito de cobrar nada de mim, assim como não tenho direito de cobrar ele em nada.

- e quem foi que te disse isso? - o que? - ficou louca?

Espera, ele está falando de que parte? A que não devo satisfação a ele ou que não sou mulher dele?

- não estou louca não, você arma o maior show no meio da rua e acha que eu vou ficar quiet... - antes de terminar o meu discurso, sou puxada pelo pulso sendo obrigada a encarar o Juan bem de perto.

- o que vc está fazendo? - falei tão baixo que mal consegui me escutar.

- me amarro quando joga as coisas na minha cara toda marrenta. - ele não estava com raiva?

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