capítulo 23

5.5K 242 0
                                    

Pecado
(16:56)

—o cara já tá na salinha tem uns 10 minutos — cotoco avisou.

Já saí da minha sala puto indo para salinha, esse cara estava me tirando e eu ia mostrar para ele que eu sou.

Logo que entro na salinha tem cinco caras lá dentro, o cara que mandei trazer está sentado na cadeira com as duas mãos amarradas na mesma e os pés também.

— bora, abre o bico — o cara estava de cabeça baixa e até então não tinha falado nada.

— ou tá surdo? — gavião da um tapa na cabeça dele.

— se eu falar alguma coisa ele me matam — o cara finalmente olhou.

Agora pude perceber os hematomas no seu rosto condenando que já havia sido espancado.

— larga de ser burro, porra, você vai morrer de qualquer jeito — falei já perdendo a paciência.

— então vão ter que me matar, porque eu não vou falar — corajoso o desgraçado.

Mas foi só ele terminar a sua frase que um dos caras estavam na sala arrancou o seu dedo fora com alicate.

Seu grito preencheu toda a sala, ele se sacudia na cadeira como se tentasse aliviar a dor.

— não vai fala? — cheguei bem perto olhando no fundo dos seus olhos que lacrimejava.

— traz para mim — ordenei para o cotoco.

Ele saiu da sala rapidinho mas não demorou para voltar a trazer um celular, me entregou o aparelho e analisei antes de mostrar ao cara na minha frente.

Quando entramos nessa vida só há dois dois caminhos, ou a cadeia ou a morte. Eu sabia que ele não ia falar.

— você não tá nem aí para sua vida, mais e para dela? — mostrei o celular onde tinha uma foto da sua filha, que chuto ter uns 11 anos, numa cadeira amarrada.

— não vai machucar ela, você não mexe com família. — olhava fixo para foto da filha.

— você não me conhece. Para ter aquilo que eu quero eu sou capaz de qualquer coisa. — desviou o olhar para mim e para filha.

— não duvide — sustentei seu olhar.

— eles foram para Niterói, posso dar o endereço mas solte ela. — eu adoro sentir o gosto de que eu venci.

— pega o endereço com ele e vá buscar minha carga junto com mais homens, pega quantos você achar melhor. — avisei ao gavião que confirmou com a cabeça.

Sair daquela sala fedida e fui para a minha.

— pecado, faz o que com a menina e o cara? — cotoco parece na sala.

— solta a menina e mata ele. — murmurou um "tá bom" e saiu.

Eu realmente não ia fazer nada com a garota, ela não tem nada a ver com as porcarias que o pai faz.

— chefe, aquilo o que pediu — o mexicano me entregou um envelope.

Abro o envelope e não acreditava no que estava vendo.

PORRA!!

Ela era amante dele... Agora tudo se encaixa.

Eu Escolhi Fica Onde histórias criam vida. Descubra agora