capítulo 22

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Poderia acordar todos os dias assim...


Pecado
(Alguns dias depois...)

Hoje é sábado, e tinha trago a Lua para ficar aqui em casa comigo. Na sexta-feira inventamos de ir na praia com o pessoal e foi até que maneiro.

Eu não sei como mas a Lua voltou para casa com o cabelo cheio de areia e me fez ajudar a lavar seu cabelo.

Na moral, tô amarradão nessa marrenta.

Eu não sei que porra ela fez mas sei que tem feito muita diferença nos meus dias, papo reto.

Eu estava dormindo de boa quando Lua começou a se mexendo na cama, abrir os olhos e percebi que ela estava suada.

Parecia estar tendo pesadelo, quando levantou rápido da cama ficando sentada.

— droga... — respirava fundo com as mãos na cabeça.

— Ei branca, ta suave? — me sentei também e pus a mão em seu ombro.

— foi só um pesadelo — finalmente me olhou.

— quer compartilhar? — perguntei realmente preocupado.

— não, tudo bem.

— vem — deitei com ela e minha marreta apoiou a cabeça no meu peito.

Logo percebi que sua respiração foi controlando e fiz questão de ficar acordado até que ela conseguisse dormir.

Logo que amanheceu olhei do meu lado e Lua dormia tranquilamente, parece uma pedra, papo reto.

Me levantei sem acordá-la e fui direto no banheiro lavar a cara para ir na padaria, até porque ninguém merece me ver bafudo e cheio de remela.

Escovei os dentes, penteei o cabelo e lavei o rosto. Também coloquei uma roupa já que eu só estava de cueca.

Coloquei uma bermuda de jogar bola mesmo, uma blusa longa branca e uma havaiana. Nada de anormal.

Peguei meu celular que estava do lado da minha cama, desci escadas e peguei a carteira que tinha deixado em cima da estante.

— filho? — ouvir a voz da Maria — bom dia.

— bom dia — me virei para olhar e ela estava toda bonitinha com um vestidinho que ela usava, todo florido.

— a Lua ainda está dormindo? — a coroa realmente havia gostado dela.

— sim, vou na padaria para ela acordar e já comer.

— estou gostando de ver como está cuidando dela — sorri um pouco envergonhado — até porque dou graças a Deus por não estar aí vagabundando.

Precisei rir.

— não estou fazendo nada demais só não quero que a menina passe fone quando acordar.

— sei — fez uma cara de deboche.

Não entendi essa véia.

— até porque ela de mau humor é a pior coisa do mundo. — Maria riu e eu me despedi dela dando um beijo no topo da sua cabeça.

Subir na minha moto e fui direto na padaria.

Comprei pão de sal e também comprei sonho porque sei que Lua se amarra.

— qual foi patrão — me virei e vi o cotoco.

— e aí —fiz um toque com ele.

— vai para boca hoje? É que sumiu uma carga essa madrugada.

— como assim porra?

— é os cara foram buscar as cargas e ela não estava lá. Acho que os cara deu fuga em nós

— caralho — passei a mão nos cabelos e depois no rosto tentando assimilar — faz o seguinte, pede para o gavião entrar em contato com os outros caras se não der jeito mete bala em todo mundo.

Cotoco confirmou com a cabeça e eu sai com a moto em direção a minha goma.

Porra, mal amanheceu o dia e já recebo notícia ruim.

O pior é que esses pau no cu acha que podem me passar a perna, estão enganados aqui não passa nada batido.

Cheguei em casa e já pude sentir o cheirinho do café.

Na moral, sem caô, Maria arrasa no café.

Subir as escadas e fui direto para o meu quarto ver se marrenta já estava acordada.

Ela estava, estava sentadinha na cama coçando os olhinhos feito uma criancinha.

— Bom dia minha marrenta — me olhou, logo pudesse ser recebido com um sorriso.

Ufa, acordou de bom humor.

— bom dia.

Me aproximei dela que observou todos os meus passos e depositei um beijo nos seus lábios.

— o café já tá pronto, eu comprei sonho para você.

— obrigada — beijou minha bochecha toda feliz e foi para o banheiro.

Lua não demorou e logo descemos para tomar café.

Terminei meu café e desci para boca para saber como estavam as coisas.

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