capítulo 45

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Lua 🌙

Não, não, não!
Meu coração parece que vai sair pela boca, sinto o nervosismo subir pelo meu corpo, me sento no chão do banheiro tentando controlar minha respiração.

Dois risquinhos vermelhos.
Estou grávida!

Meu Deus, o que vou fazer agora? Não posso contar a ninguém, não sei qual seria a reação do pecado e como também não sei quem é o delator... Aí Cristo.

Qual foi o pecado que eu cometi para tudo isso acontecer?

- Lua? - Juan bate na porta - qual foi? Você está bem?

- já vou sair - não escuto nada.

Amasso a caixa do teste, molho para que diminua e escondo na lixeira, o teste eu coloco no bolso e abro a porta do banheiro.

- o que está acontecendo? - era nítido que estava preocupado.

- nada, senti dor na barriga - digo sem graça.

- está com vergonha? - coloca a mão na cintura.

- não é legal você dizer que comeu algo e isso te fez tão mal que a sua barriga está doendo. - abre um sorriso querendo rir.

- para de graça, uma vez me deu uma dor tão grande que parei no meio do mato.

- que nojo - ele riu e acabei rindo também.

Me puxou para deitarmos na cama e colocou um filme.

...

- Já pensou algum dia em ter uma família? - pergunto enquanto assistimos filme.

- eu tenho uma família, a Maria.

- Não. Uma família sua com filhos e uma esposa? - deitada no seu peito eu o olho.

- já pensei - me olha - quando não era o dono de um morro, eu quis ter um molequinho correndo pela casa.

- e não quer mais?

- não sei, vai que eu descubra uma regra que dê para se aposentar disso tudo e eu criar uma família? - da risada como se imaginasse - não seria nada mal.

Fico em silêncio, ainda não consigo acreditar que estou grávida, que tem uma pessoinha aqui dentro.

- por que da pergunta?

- nada, curiosidade. - resmunga um "hum".

- quer ser mãe? - diz depois de um tempo.

- um dia. - ele me puxa para cima e me faz olhar ele.

- teria um molequinho comigo? - fico surpresa pela pergunta.

- não sei, se até lá estivermos juntos - faz uma cara feia.

Pecado de abaixa até a minha barriga exposta só por usar um top.

- caso um dia aconteça e eu possa escolher a mãe do meu filho, gostaria que fosse você - quase me dá vontade de contar quando ele beija a minha barriga e deita em cima.

Ficamos desse jeito, faço carinho no seu cabelo e me imagino em um sonho, penso que tudo podia ser diferente, que ele não seria o dono do morro, que o Marcos nunca teria existido e que nada disso estivesse acontecendo.

Sinto vontade de chorar, olho para o pecado que avia dormindo, me permito chorar. Choro em silêncio para não acordar ele.

Eu acho que te amo.
Meu cérebro diz olhando ele.

Com lágrimas nos olhos, acabo dormindo.

...

- Gabriel? - chamo subindo as escadas.

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