Que noite... capítulo 7

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Lua
(Domingo)

Depois do baile não vi mais o pecado e pra ser sincera eu estava doida pra pegar ele naquele dia.

Mas eu também não ia dar o braço a torcer, se ele quiser me beijar, vai ter que pedir.

— vamo assistir filme? —  falei na sala com Júlia.

— não vai no pagodinho que vai ter no barzinho lá em baixo? — Júlia mexia no celular.

— não tô afim, hoje quero um negócio mais de boa.

— cheguei piranhas — Bruna entra na sala e pula no sofá.

— Tenho um monte de coisas pra contar — Bruna disse rindo

— e tá esperando oq? — Júlia parou de mexer no celular e prestou atenção na Bruna igual a mim.

— peguei o gavião ontem — disse toda empolgada — ele tem uma pegada que puta que pariu. A gente fudeu a noite inteira — se jogou no sofa colocando a mão na testa, fingindo desmaio.

A gente começou a rir, essa Bruna é uma peça.

— peguei o cotoco ontem também — olhamos pra Júlia.

— ontem? — olhei pra ela.

Ontem teve o churras depois do futebol dos meninos e não teve mas nada.

— cotoco me mandou mensagem de madrugada e veio me buscar. — olhei sem acreditar pra ela.

— bicha safada — Bruna jogou a almofada nela.

No final resolvemos ficar no filme, pipoca e chocolate quente, o tempo estava frio e chovendo.

— ih, que milagre é esse de vocês não terem ido ao pagode? — Gabriel entrou na sala.

— ué já acabou? — Júlia perguntou.

— não, eu vim vê o que aconteceu — colocou a mão na cintura.

Ele sai da porta e vem entrando, logo atrás dele cotoco e pecado.

Pecado como sempre, todo trajadinho. Usava casaco preto e uma calça preta também, algumas correntinhas no pescoço e relógio.

— que isso que o bonde todo veio junto? — Bruna perguntou.

A gente estava de pijama e deitadas no sofá, os meninos vieram se achegando. Pecado veio pro meu lado e eu nem dei bola.

— chega pra lá — dei um empurrão de leve no pecado que me olhou com cara séria.

— tô com espinho?

— tá me imprensando — ele chegou um centímetro só.

Olhei sem acreditar, mas também não disse mais nada.

Foquei no filme e de repente sentir pecado colocar a mão dele na minha coxa, de baixo da coberta e o pior nem foi isso, foi o meu corpo se arrepiar pelo toque e ele perceber sorrindo.

Que puta sorriso lindo, inclusive. Retirei a mão dele e não demorou muito para ele colocar de novo.

Olhei para ele séria e ele deu um leve aperto me fazendo prender a respiração.

Eu não entendi o porquê do meu corpo está reagindo assim, então levantei em um pulo do sofá.

— que isso, maluca? — Bruna se assustou por está do meu outro lado.

Todos me olharam e fiquei um pouco sem graça.

— estou com sede.

Fui na direção da cozinha e tomei dois copos de água gelada.

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