Eu Escolhi Fica

capítulo 53

Pecado ☠️

Como o resgate da Lua tinha acontecido de madrugada, agora era 9:00 da manhã e ainda esperávamos por notícias dela.

Está todo mundo aqui no postinho, já perguntei umas 200 vezes na recepção se tinha alguma notícia da Lua mas nenhuma porra de nenhum médico vem aqui falar nada, a única coisa que ficamos sabendo é que ela foi direto para uma cirurgia.

Conseguimos pegar aquele filho da puta daquele Marcos, a Lua disse que antes de matar ele queria falar com ele, eu não sei que porra ela quer falar com aquele cara mas fiz o que ela pediu mesmo não gostando da ideia.

Quando fomos chegando perto do quarto onde ela estava, tinha muito sangue na porta do lado de fora e na parede tinha sangue também, conclui que ele havia matado alguém ali na porta mas antes de saber que não foi à Lua ela foi a primeira pessoa que me veio à mente.

Deu maior desespero, papo reto.

Fiquei pior ainda quando gavião arrombou a porta e vi ela jogada no chão, tinha sangue para tudo que era lado, suas pernas escorriam sangue e as suas costas estavam completamente marcadas, como se tivesse apanhado com algum tipo de fivela.

— parentes da Lua Miller? — até que enfim.

— como ela está? — pergunto.

— tivemos várias complicações na hora da cirurgia, a Lua perdeu muito sangue. Mas conseguimos reverter tudo e ela agora está estável descansando. — solto o ar de alívio.

— e o bebê?

— por uns segundos achamos que não podíamos salvá-lo mas tudo ocorreu como deveria e o bebê tá bem. — graças a Deus.

Gavião me abraça e cotoco também.

— você é o pai? — o médico pergunta.

— sim! — quase grito de felicidade.

— meus parabéns, ela está grávida de 4 semanas. — Julia e Bruna também comemoram.

— eu vou ser pai caralho — digo.

— parabéns irmão — gavião aperta minha mão.

— estou tão feliz por você filho — Maria tinha um sorriso maior que o meu, se possível.

— porra eu vou ser pai — falo de novo mas dessa vez bate um medo do caralho.

Me sento na cadeira, meu coração acelera, sinto um calor do caramba.

— tu tá bem? — gavião chega perto — tu tá branco irmão.

— estou ficando sem ar — digo tentando respirar.

— fudeu — cotoco arregala os olhos.

Acho que minha fixa está caindo agora. Caralho, que loucura. Sabia que ter aceitado transar sem camisinha, não ia dar certo.

Pra que aquela diaba me pediu de quatro, porra. O pior é que tenho quase certeza que já fizemos sem outras vezes, ela não tomava remédio?

Tá vendo, por isso eu não confio nessas porra de remédio.

— Juan — recebo o maior tapão na cara — você não pode morrer agora — vejo Maria na minha frente.

Cotoco e gavião me abanavam e Julia veio trazendo agora junto com a Bruna que se acabava de tanto rir.

Tomei a água e me recuperei.
Esperamos mais um pouco até que a Lua pudesse receber visita.

Deixei o pessoal ir todo primeiro, eu estava nervoso, não faço ideia do que dizer.

Quando gavião vem, sendo o último a vez ela, é minha vez.

Vou chegando perto e paro na porta, bato na mesma e escuto ela dizer que eu podia entrar.

Entro e ela me olha por inteiro, sinto um embrulho no meu estômago, fecho a porta e vou até ela mantendo uma certa distância.

Seu rosto está um pouco inchado, seus olhos azuis me fitando faz meu coração ficar quentinho.

— Oi — ela sorri.

— e aí — retribuo o sorriso — como você está?

— já estive melhor. — fico parado olhando ela — desculpa não ter contado antes.

— fiquei bem puto mas agora sabendo que você está bem e o bebê também, fico mais suave.

— então você não me odeia? — seus olhinhos se enche de lágrimas.

— mesmo que eu queira, eu não consigo. — sou verdadeiro.

— era para você esta em qualquer lugar bravo comigo, não querendo me ver.

— eu escolhi ficar.

Chego finalmente perto dela e sem esperar muito, beijo ela. Esse beijo foi deferente de todos que demos.

Foi de saudade.

— eu amo você — diz baixinho me olhando nos olhos.

— acho que eu amei você no momento em que quase te matei atropelada — abro um sorriso fazendo ela rir também.

— tudo vai ser diferente agora.

— eu sei, eu errei muito na minha vida, mas você e essa pessoinha aqui — coloco a mão em sua barriga— é o meio maior acerto.

Eu amo vocês dois.