Eu Escolhi Fica

Capítulo 38

Pecado ☠️

- Gavião, as caixas já foram para as bocas? - eu estava organizando as entregas de cargas que chegaram.

- desde sedo.

Além das cargas que chegaram hoje, eu tinha que fazer as contas de quanto as bocas estavam fazendo para ver se estava lucrando.

Não aguento mais ver papel e número na minha frente, chega dar dor de cabeça.

- chefe, tem uma senhora lá fora querendo falar com você. - um dos vapores veio até minha sala.

- agora não, tô ocupado.

Já basta as coisas que tenho que arrumar, ouvir fofoca ou reclamação não dá.

- ela disse que é a coroa do Junin.

Quando o Junin morreu, eu fiz questão de pagar tudo o que a coroa dele precisou para o enterro e tudo mais.

Junin já era um parceiro de anos, logo que assumi o morro ele já se tornou uma das pessoas que eu confiava.

- manda ela entrar.

O vapor saiu e logo ouvi as batidas na porta.

- pode entrar. - me levantei da cadeira.

- oi querido - já conhecia a coroa do Junin.

Já fizemos uma resenha na casa dele.

- e aí dona Marta. - estendi a mão para ela que me puxou para abraçá-la. - tá precisando de alguma coisa?

- não querido, eu só vim aqui te agradecer por tudo que você fez pelo Júnior. Não foi a vida em que eu queria que ele tivesse mas sei que quando estava aqui, você cuidou dele. - seus olhos encheram de lágrimas.

- não precisa agradecer, o Junin era e sempre vai ser um parceiro muito importante. - deu um sorriso de canto - caso esteja faltando qualquer coisa na sua casa, pode falar comigo.

- pode deixar querido. - ela me abraçou novamente e saiu.

Ela deve tá passando por maior Barra, o Junin era um moleque muito engraçado, vivia dando risada por aí e tirava várias risadas boa quando estávamos de resenha.

Pego o meu celular para mandar mensagem para marrenta, tem uns 2 dias que a gente não se fala.

*- qual foi marrenta, esqueceu de mim?

Mensagem foi entregue mas não foi visualizada.

- tudo certo? Vi a dona Marta sair daqui. - gavião entra na sala.

- tudo certo, ela só queria agradecer por acolhermos o Junin. - ele balança a cabeça confirmando - vem cá, tu não sabe do paradeiro da tua prima não?

- ih, ela saiu desde cedo, acho que era umas 8 horas e até agora não voltou. Nem almoçou em casa.

Essa praga se enfiou aonde hein?

- vocês não brigaram não né? - olho para ele que tá com os braços cruzados.

- não, a última vez que brigamos foi quando o morro foi invadido mas a gente já se acertou também.

- e aí gostoso - cotoco entra na sala se jogando no sofazinho que tem aqui.

- já mandei tu parar de me chamar assim - já fico logo puto porque o cotoco tem essas graças.

-já tá estressado?

- é que ele não tá encontrando a minha prima, ela deve estar ignorando ele. - caralho, que bicho fofoqueiro.

- tá sendo ignorado chefia? - cotoco dá risada - por isso que tá revoltado, sabe que a Lua é toda diferente das mina que você pega por aí.

- verdade, a Lua não liga para nada. - gavião concorda - ainda mais que vocês não tem nada, deve tá por aí com algum cara.

Meu sangue já logo ferveu só de imaginar ela está na cama com outro.

- você disse que ela saiu desde cedo né Gabriel? - cotoco sorriu para o gavião - duvido nada.

- e sabe qual é o pior? Você nem pode cobrar nada dela.

- não posso? - coço a cabeça pegando o radinho - ela não é nem uma louca.

*- qual foi da contenção - aciono o radinho.

- qual foi chefe? - responderam.

- se a Lua chegar aí vocês me avisam.

- Jae.

- ih ala, tá putinho. - os dois idiotas na minha frente começam a rir.

Só coloco meu celular no bolso, radinho na cintura e a chave da minha moto e saio para ir para casa tomar um banho se não eu iria pirar.

Entrei em casa indo direto para o meu quarto, tirei a roupa rápido e entrei para tomar um banho.

De manhã eu tinha ido lá no barbeiro para cortar o cabelo então eu tava na régua.

Porra, a Lua não pode estar com outra pessoa.

Terminei meu banho coloquei um short de jogar bola preto e fiquei sem camisa mesmo.

- e aí filho? - Maria estava na sala.

- estava aqui quando eu passei? - perguntei porque eu não tinha visto ela quando passei.

- sim, você passou que nem um furacão.

- eu tava com calor, foi mal.

- tudo bem, eu fiz bolo de cenoura com chocolate. - sorriu.

- vou pegar.

Fui em direção da cozinha vi o bolo, cortei um pedaço. Também coloquei café na xícara.

Eu ia colocar o café no copo mas esses dias a Maria quase tacou o copo na minha cabeça porque fiz isso. Dizendo ela que a café toma na xícara.

E eu nem sabia que tinha regra para tomar café.

- estou assistindo grey's anatomy, quer assistir também? - que porra é grey's anatomy?

- tô suave, vou ficar muito tempo aqui não, tô esperando um coisa.

- uma coisa ou alguém? - porra, essa veia deve ficar me espionando.

Mas eu fingi que não escutei e continuei comendo o bolo e tomando café.

Comecei a prestar atenção no que ela assistia e era um bando de médico em uma sala cortando sei lá quem, que troço nojento.

Não que eu já não tenha visto isso, já até fiz uma cirurgia assim em algumas pessoas.

Mas no meu caso é diferente, no meu tô tentando matar as pessoas e ali os médicos estão tentando salvar.

Posso fazer nada, quando eu quero algo sou capaz de qualquer coisa.

(18:00)

*- chefe a Lua está descendo do carro agora.

- Jae.

Peguei a chave da moto e sai que nem um foguete.