capítulo 14

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— quem é a moça da foto? — me afastei um pouco para perguntar.

Pecado coçou a cabeça e olhou para foto.

— minha mãe — parecia um pouco desconfortável ao dizer.

Preferi não falar sobre, quando ele estivesse pronto me contaria sobre ela.

— a janta está pronta, vou buscar — me virei para sair do quarto, mas pecado me segurou pela cintura e me levou para perto de seu corpo.

— fica — falava tão baixo que mal escutei — tô sem fome.

Fomos até a cama e pecado deitou, logo em seguida fiz o msm.

Me aconcheguei nele e percebi o quão a vontade estávamos um com o outro. Pecado é o tipo de tempestade com a calmaria, isso me deixa um pouco confusa mas me sinto bem.

— pecado — cotoco chama no radinho do lado da cama — foi mal cara, mais não consegui segura tua cora cara.

Pecado saltou da cama na mesma intensidade que colocou a mão no ferimento, acho que doeu quando levantou muito rápido.

— caralho, não era para ter deixado ela subir.

Então isso significa que ela não morreu.

Pecado

A vontade que estou de matar o cotoco não é pouca, já avisei para não deixar ela subir.

Não interessa se ela quer falar comigo, eu já disse que depois eu vou na casa dela, é só mando a porra de uma mensagem.

— Juan — foi só eu abrir a porta do meu quarto e dei de cara com ela.

Ainda era a mesma... A pele escura e um pouco maltratada do sol, o sorriso parecia um pouco triste, e o cabelo o pouco bagunçado.

— o que você faz aqui?! — fui um pouco rude.

— Juan, não fala assim filho — tentou pegar a minha mão mas eu não deixei.

— já te disse para não vim aqui, eu vou lá e você diz oq você quer.

— Você diz que vai e não vai — abaixou a cabeça mais logo levantou e seus olhos agora demostrava que estava brava — eu soube pela boca das pessoas que avia tomado um tiro, será que vou receber pelo menos um cartão postal quando morrer?!

— olha só, se eu quisesse que você soubesse de alguma coisa eu mesmo te avisava — eu estava tão puto.

— Juan, eu sou a sua mãe!! — gritou — você querendo ou não... Eu ainda sou a sua mãe.

— vai embora — apontei para fora — VAI EMBORA!! — gritei.

— Pecado, não precisa falar assim com ela — agora eu me toquei que Lua ainda estava no quarto.

— não se mete.

— olha, seja lá o que aconteceu, ela ainda é a tua mãe e está preocupada, você deveria no mínimo tratar ela bem. Sei que não tenho nada a ver com isso, mas escuta ela.

Nessa hora eu a minha raiva triplicou de tamanho e eu só queria socar alguma coisa.

— realmente você não tem nada a ver com isso, então toma conta da sua vida e para de se meter onde não é chamada!! — gritei com ela também.

— ótimo — Lua pegou seu celular de cima da cama e foi saindo do quarto.

Pelo menos não vou precisar me preocupar com isso agora.

— não precisava ter tratado a moça daquele jeito — A mulher na minha frente falou.

— cotoco, se você não quiser que eu arranque todos os dedos da tua mão, sobe aqui e ela embora — falei no rádio.

— vai me ignorar até quando? Eu não tive culpa!!

— VAI PRO INFERNO!!

Cotoco chegou com um vapor e saiu carregando ela, ela se debatia e gritava, mas eu não estava nem aí.

Por mais que eu tente esquecer a história eu não consigo.

Só preciso relaxar, fui na gaveta e peguei um baseado só pra me acalmar um pouco.

Peguei e acendi o mesmo, dei o primeiro trago e fui até a a varanda do meu quarto.

(22:34)

Acabei dormindo e acordei com uma puta larica.

Sai descendo as escadas e quando fui chegando perto da mesma ouvi o barulho da televisão ligada, achei que Maria já tivesse chegado mas quando eu cheguei, ela estava lá assistindo filme.

— achei que tivesse ido embora — falei por fim, mais Lua nem me olhou e fingiu que não avia escutado.

Pensei que talvez esteja fazendo charme pelo fato de ter gritado com ela mais sedo. Ninguém mandou ela se meter onde não foi chamada.

A ignorei também e fui até a cozinha, peguei uns pães, presunto e mussarela. Fiz um misto e café.

Voltei pra sala e e ela ainda estava lá, a única coisa que não saia da minha cabeça é, por que ela não foi embora?

— porque não foi embora? — ela continuou na mesma posição.

— tá surda? — me irritei e agarrei seu pulsa.

— tira a mão de mim — finalmente ela me olhou e parecia estar puta.

— te fiz uma pergunta!

— não fiquei por você, tenha certeza disso — soltei o seu pulso.

Eu sei que ela está puta, mais a única coisa que consigo ver e o biquinho que ela faz enquanto fala e franzi a testa.

— você ficou porque quis — me fiz.

— fiquei porque prometi a Maria que ficaria — não falei nada, só cocei a cabeça e prestei a atenção nos pães.

— eu acho engraçado que pra ficar na porra de um hospital com você eu sirvo, mais pra saber um pouco de você ou tentar ajudar de alguma forma, aí o problema "não é da minha conta".

Meu Deus, pra que diabos eu mexi com a onça?

— eu só não quero que se meta.

— relaxa, não vou! Em mas nada — achei que agora ela iria ficar quieta — até porque... — não deixei ela terminar e logo dei um beijão nela.

Ela até tentou resistir mais logo cedeu, ela é foda. Sei que a Lua é uma menina responsa, tô ligado, não é atoa que tirou uma semana de folga só pra cuidar de mim.

Ela é toda marrenta e pá, mas tem sido foda comigo, fico surpreso até, as putas que pego nunca fariam isso que estão preocupadas comigo e sim pra serem bancadas ou querer que eu assuma elas.

O beijo estava tão bom que paramos por falta de ar.

— não vai me comprar com um beijo — Lua falou e saiu da sala.

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