— quem é a moça da foto? — me afastei um pouco para perguntar.
Pecado coçou a cabeça e olhou para foto.
— minha mãe — parecia um pouco desconfortável ao dizer.
Preferi não falar sobre, quando ele estivesse pronto me contaria sobre ela.
— a janta está pronta, vou buscar — me virei para sair do quarto, mas pecado me segurou pela cintura e me levou para perto de seu corpo.
— fica — falava tão baixo que mal escutei — tô sem fome.
Fomos até a cama e pecado deitou, logo em seguida fiz o msm.
Me aconcheguei nele e percebi o quão a vontade estávamos um com o outro. Pecado é o tipo de tempestade com a calmaria, isso me deixa um pouco confusa mas me sinto bem.
— pecado — cotoco chama no radinho do lado da cama — foi mal cara, mais não consegui segura tua cora cara.
Pecado saltou da cama na mesma intensidade que colocou a mão no ferimento, acho que doeu quando levantou muito rápido.
— caralho, não era para ter deixado ela subir.
Então isso significa que ela não morreu.
Pecado
A vontade que estou de matar o cotoco não é pouca, já avisei para não deixar ela subir.
Não interessa se ela quer falar comigo, eu já disse que depois eu vou na casa dela, é só mando a porra de uma mensagem.
— Juan — foi só eu abrir a porta do meu quarto e dei de cara com ela.
Ainda era a mesma... A pele escura e um pouco maltratada do sol, o sorriso parecia um pouco triste, e o cabelo o pouco bagunçado.
— o que você faz aqui?! — fui um pouco rude.
— Juan, não fala assim filho — tentou pegar a minha mão mas eu não deixei.
— já te disse para não vim aqui, eu vou lá e você diz oq você quer.
— Você diz que vai e não vai — abaixou a cabeça mais logo levantou e seus olhos agora demostrava que estava brava — eu soube pela boca das pessoas que avia tomado um tiro, será que vou receber pelo menos um cartão postal quando morrer?!
— olha só, se eu quisesse que você soubesse de alguma coisa eu mesmo te avisava — eu estava tão puto.
— Juan, eu sou a sua mãe!! — gritou — você querendo ou não... Eu ainda sou a sua mãe.
— vai embora — apontei para fora — VAI EMBORA!! — gritei.
— Pecado, não precisa falar assim com ela — agora eu me toquei que Lua ainda estava no quarto.
— não se mete.
— olha, seja lá o que aconteceu, ela ainda é a tua mãe e está preocupada, você deveria no mínimo tratar ela bem. Sei que não tenho nada a ver com isso, mas escuta ela.
Nessa hora eu a minha raiva triplicou de tamanho e eu só queria socar alguma coisa.
— realmente você não tem nada a ver com isso, então toma conta da sua vida e para de se meter onde não é chamada!! — gritei com ela também.
— ótimo — Lua pegou seu celular de cima da cama e foi saindo do quarto.
Pelo menos não vou precisar me preocupar com isso agora.
— não precisava ter tratado a moça daquele jeito — A mulher na minha frente falou.
— cotoco, se você não quiser que eu arranque todos os dedos da tua mão, sobe aqui e ela embora — falei no rádio.
— vai me ignorar até quando? Eu não tive culpa!!
— VAI PRO INFERNO!!
Cotoco chegou com um vapor e saiu carregando ela, ela se debatia e gritava, mas eu não estava nem aí.
Por mais que eu tente esquecer a história eu não consigo.
Só preciso relaxar, fui na gaveta e peguei um baseado só pra me acalmar um pouco.
Peguei e acendi o mesmo, dei o primeiro trago e fui até a a varanda do meu quarto.
(22:34)
Acabei dormindo e acordei com uma puta larica.
Sai descendo as escadas e quando fui chegando perto da mesma ouvi o barulho da televisão ligada, achei que Maria já tivesse chegado mas quando eu cheguei, ela estava lá assistindo filme.
— achei que tivesse ido embora — falei por fim, mais Lua nem me olhou e fingiu que não avia escutado.
Pensei que talvez esteja fazendo charme pelo fato de ter gritado com ela mais sedo. Ninguém mandou ela se meter onde não foi chamada.
A ignorei também e fui até a cozinha, peguei uns pães, presunto e mussarela. Fiz um misto e café.
Voltei pra sala e e ela ainda estava lá, a única coisa que não saia da minha cabeça é, por que ela não foi embora?
— porque não foi embora? — ela continuou na mesma posição.
— tá surda? — me irritei e agarrei seu pulsa.
— tira a mão de mim — finalmente ela me olhou e parecia estar puta.
— te fiz uma pergunta!
— não fiquei por você, tenha certeza disso — soltei o seu pulso.
Eu sei que ela está puta, mais a única coisa que consigo ver e o biquinho que ela faz enquanto fala e franzi a testa.
— você ficou porque quis — me fiz.
— fiquei porque prometi a Maria que ficaria — não falei nada, só cocei a cabeça e prestei a atenção nos pães.
— eu acho engraçado que pra ficar na porra de um hospital com você eu sirvo, mais pra saber um pouco de você ou tentar ajudar de alguma forma, aí o problema "não é da minha conta".
Meu Deus, pra que diabos eu mexi com a onça?
— eu só não quero que se meta.
— relaxa, não vou! Em mas nada — achei que agora ela iria ficar quieta — até porque... — não deixei ela terminar e logo dei um beijão nela.
Ela até tentou resistir mais logo cedeu, ela é foda. Sei que a Lua é uma menina responsa, tô ligado, não é atoa que tirou uma semana de folga só pra cuidar de mim.
Ela é toda marrenta e pá, mas tem sido foda comigo, fico surpreso até, as putas que pego nunca fariam isso que estão preocupadas comigo e sim pra serem bancadas ou querer que eu assuma elas.
O beijo estava tão bom que paramos por falta de ar.
— não vai me comprar com um beijo — Lua falou e saiu da sala.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eu Escolhi Fica
FanficLua é uma garota de 19 anos. ela saiu do morro quando tinha 14 e voltou agora depois de passar por alguns problemas no seu antigo relacionamento. Lua sofreu por diversas agressões e traumas, então, seu primo Gabriel, mas conhecido como gavião, cham...