capítulo 32

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Lua 🌙
(Restaurante)

Tocava uma melodia bem baixinho, o clima é agradável e a pessoa na minha frente com o sorriso aberto fazia um complemento como todo o ambiente.

Já tínhamos feito nossos pedidos, só estávamos esperando.

— por que tá me olhando assim? — perguntei.

— não é nada, só nunca achei que levaria uma mulher em um desses lugares, tá ligada?

—então quer dizer que sou a primeira?— sorriu todo cafajeste.

— não se acha tá?

Eu não sei explicar o que sinto quando estou com o Juan, só sei que é algo diferente de tudo que já vivi.

Eu só não sei o que ele sente...

— me conta — se aproximou — e a tua família? — Pecado parecia bem curioso.

— o que tem?

— quero saber dos seus pais — a palavra "pais" doeu, mas me sinto a vontade para fala — estão vivos? Você fala com eles?

— A minha mãe, ela morreu quando eu tinha 10 anos. Morreu de câncer — respirei fundo para fala.

— como ela era? — pecado segurou minha mão que estava encima da mesa.

— Era... A melhor mãe do mundo, sempre fez de tudo por mim, batalhou a vida toda para que eu tivesse de tudo.

— e o seu pai?

— esse eu não conheci, minha mãe me contou que quando soube que seria pai, ele foi embora e depois de um tempo minha mãe ficou sabendo que ele morreu, eu não sei muito bem de quê.

— senhores? — um garçom chegou com as nossas comidas. — bom apetite.

Analisei meu prato, cortei um pedaço do frango e coloquei na boca.

— hum, isso está uma delícia.

— tá gostoso para caralho mesmo.

— tá, e os seus pais? — pecado me olhou e pareceu pensar no que ia dizer por um momento.

— meu pai, meu pai era um herói. Eu admirava aquele cara com todas as minhas forças, tinha defeitos... Todo mundo tem — colocou um pouco de vinho em cada taça. — não tem muito o que falar da minha mãe, ela era uma mãe normal, até eu saber das suas mentiras.

Não queria insistir, então eu não perguntei mais, queria que ele contasse se estivesse confortável.

— gosto de como as nossas conversas vão para frente, acho que você é a primeira mina que me pergunta da minha vida e eu não fico meio pá de contar — fico surpresa pela confissão dele.

—também gosto das nossas conversas.

Conversamos mais um pouco enquanto comemos e admirávamos aquela bela vista.

O clima estava perfeito, nem parecia que a nossa realidade é outra.

— sabia que me excita quando eu falo me olha assim? — diz depois de um tempo calado.

— como?

— assim, parecendo que quer falar alguma coisa. — me escorei na mesa para chegar mais perto dele.

— e o que os meus olhos estão dizendo?

— se continuar assim, vamos sair mais rápido do que deveríamos deste restaurante. — revirei os olhos sorrindo. — você confie em mim?

— sim — vi lamber os lábios.

— tira a calcinha — arregalei os olhos.

— que? — perguntei porque achei que ele estava brincando mas logo sua cara me revelou que era sério — espera, agora?

— sim.

Respirei fundo e levei a minha mão até a fenda do meu vestido, Juan analisava cada movimento meu e parecia gostar da cena.

Alcancei a calcinha e fui tirando devagar e olhando para os lados para ver se alguém estava olhando.

Baixei ela até meus pés e abaixei para pegar, quando peguei ele estendeu a mão e entreguei a ele.

— vamos embora — sorriu de canto, chamou garçonete e me olhou de volta.

— sim — a garçonete chegou.

— aqui, uma boa noite — entregou um bolinho de notas de cem a ela.

Pecado se levantou, pegou na minha mão e me guiou até o carro.

— se soubesse o que pode fazer com um homem em apenas um olhar, não sobraria um para contar história — me encostou na porta do carro.

Juan me olhava nos olhos, era notório a tensão sexual. Eu gosto das sensações que ele me causa.

— você está fudendo com a minha cabeça — colocou meus cabelos para trás da minha orelha.

— não sabe o que diz — sussurrei.

— é? — passou a ponta do nariz no meu pescoço me trazendo vários arrepios.

Mordiscou o local e beijou a minha boca logo em seguida, dei espaço para sua língua. O beijo quente e fogoso dava um puta tesão, queria que ele fudesse aqui mesmo.

Meu cérebro me avisou que estávamos no estacionamento e que tem câmeras, o pensamento ficou ainda mais auto depois que senti a mão de Juan tocar minha perna no lado da fenda.

— Pecado, vamos embora — o fastei um pouco.

Me deu mais dois selinhos e entramos no carro.

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