capítulo 24

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Problemas não resolvidos sempre voltam..

Lua
(17:10)

Eu ainda estava na casa do pecado, passei o dia inteiro aqui conversando com a Maria.

Gosto dela de graça, considero como se fosse mãe.

— como foi passar esse tempo fora do morro? — Maria pergunta curiosa.

Não vou negar que é algumas lembranças quanto boas, quanto ruins passaram na minha cabeça.

— em parte, boa — não menti.

Só não contei toda a verdade.

Maria me entregou uma xícara e colocou café para que eu acompanhasse ela.

— e a senhora, sempre morou com o Juan? — fiquei curiosa.

— eu morava no asfalto com a minha filha mas eu era muito amiga do pai do Juan. — fez uma pausa tomando um pouco do café — lembro que o pai do Juan me fez prometer que eu cuidaria dele caso acontecesse algo.

— ele parecia saber que aconteceria, não é?

— foi o que pensei — Maria respondeu e tomamos o café.

Fiquei curiosa para saber mas não queria ser invasiva, então não perguntei.

Logo ouvimos barulho de alguém subindo as escadas e deduzir que fosse o Juan.

Fui atrás para saber porque subiu tão acelerado.

— Juan — entrei no quarto e o pecado estava encostado na parede com a mão no cabelo, ele também segurava um envelope. — tudo bem?

— agora não Lua — falou visivelmente irritado.

— ei, você sabe que pode se abrir comigo — cheguei perto dele — não tem problema dizer o que aconteceu, com o que você se irritou?

Eu realmente estava preocupada com ele.

— VOCÊ ESTÁ SURDA PORRA? NÃO OUVIU QUE EU NÃO QUERO CONVERSAR? — gritou como se eu tivesse dito algo absurdo.

Seus olhos estavam vermelho e sua pupila dilatada, deduzir que havia usado maconha.

— eu estava tentando ajudar! — não estava entendendo porque ele está tão irritado assim, nem parecia aquela pessoa de hoje de manhã.

— EU NÃO PEDI A SUA AJUDA CARALHO! — passou a mão nos cabelos — VAI EMBORA.

— não é me tratando mal que você vai resolver os seus problemas, afastar pessoas que gostam de você não vai te aliviar em nada. — fui grossa também.

Pecado soltou uma risada sarcástica antes de começar a falar.

— "pessoas que gostam de mim" — ironizou — elas só finge no começo, depois passam a perna sem que você menos espera.

— eu não sei quem fez isso com você, mas posso tentar ajudar.

— cala boca, vai embora — jogou o envelope longe. — você vai fazer que nem ela.

— ela quem?

— vai fazer que nem ela... Vai fingir que tá tudo bem e uma hora ou outra só vai sumir.

— eu tô aqui.

— vai embora! — começou a me empurrar até a porta — SOME PORRA!!

— CARALHO JUAN, EU TO TENTANDO TE AJUDAR!! —  acabei me irritando.

— NÃO PRECISO DA SUA AJUDA!! — Me colocou pra fora do quarto e fechou a porta.

Eu sou uma otária mesmo, não acredito que eu pude pensar que um bandido mudaria em alguma coisa.

Burra e estúpida. Quando vou aprender que eles nunca vão mudar...

Pego o meu celular que ficou em cima do sofá na sala e vou saindo.

— filha o que aconteceu? — Maria aparece na porta visivelmente preocupada.

— nada Maria, eu só sou uma idiota de pensar que aquele babaca ia mudar.

Sai da casa do pecado e fui andando para minha quando meu celular vibra no meu bolso.

Olhei na tela e tinha o número desconhecido que havia me mandado mensagem.

Abrir e fui ler.

*(22)99... Temos uns assuntos pendentes*

Meu coração logo acelera, já sabia de quem se tratava.

Em um instante só toda raiva que eu carregava, virou medo.

Senti que meu coração iria sair pela boca e tentei controlar, na mesma hora bloqueia o número e apaguei.

— tudo bem patroinha? — cotoco chegou do nada. — tá branca, mais do que já é.

— tudo bem sim, tá ocupado? — balança a cabeça negando — pode me levar em casa ?

— sobe aí — subir na moto e fui direto para casa.

Parecia que eu estava vivendo em um filme de terror.

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