Capítulo 48

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Gabriel (Gavião)
1 semana depois...

Desde que encontrei a carta da Lua, tudo foi de mal a pior aqui em casa. Tentei dizer a Júlia que a Lua estava com problemas mas não contei de verdade sobre o que era, desde então a Júlia só fica pelos cantos.

A Bruna tenta animar ela só que as vezes é as duas que não consegue animar uma a outra e eu tento fazer alguma coisa para distrair elas.

Minha Brunita conseguiu o fornecedor e vai inaugurar a loja dela hoje, estou muito feliz por ela mas ela disse que queria que a Lua também estivesse aqui.

Quando contei ao Pecado que a Lua foi embora, ele fingiu não ligar mas tenho certeza que isso mexeu com ele, ele só vive na boca agora, as vezes nem tem nada para fazer e ele só está lá.

Quando digo que precisa ir para casa e dormir, ele diz que tem muito trabalho, só que eu sei que não tem porque eu organizo as paradas dele.

Já mandei um monte de mensagens para a minha branca mas ela só responde o necessário e quando responde.

- ela não vem para a inauguração não é? - Bruna fala do meu lado toda bucha.

- acho que não vai conseguir - dou um beijo em sua cabeça.

- será que pelo menos ela vai conseguir vir no meu aniversário? - Júlia se joga no sofá.

O aniversário dela será na próxima semana, eu sei que a Lua sabe mas mandarei uma mensagem.

O pior de tudo é não saber onde ela esta...

A carta dizia "Gabriel cuide de todos, sei que é capaz disso, eu fui embora. Por favor, não precisa se preocupar, eu estou bem e ficarei melhor longe de vocês. Mandarei notícias, beijos.
Sua prima Lua."

Eu tô ligado que ela fez isso para proteger a gente e que a maior parte das ameaças feito a ela é sobre a gente, ela não disse mas conheço minha prima.

Ela tem esse jeito de querer salvar o mundo com as próprias mãos e esquece que tem gente que pode ajudar ela.

Sinto falta dela...

Me levanto do sofá e pego a chave da moto, estava na hora de ir para a boca. Dou um beijo em cada uma e vou saindo.

Na moto, sinto a brisa gelada, parecia que hoje iria chover. Penso que ela está bem e que não precisa de mim ou pelo menos é o que estou tentando me enganar.

Chego na boca, falo com os parceiros e entro na sala do pecado sem bater na porta.

- já mandei bater na porra da porta quando vai entrar - o mal humor de sempre.

- bom dia para você também - me sento.

- não vem querer apertar minha mente hoje, tem uma monte de porra para fazer. - diz olhando os papéis em cima da mesa.

- pecado, não tem porra nenhuma para fazer - ele me olhar puto - se tivesse eu saberia. Você só fica nessa porra aqui, sua vida está se resumindo a isso. Tu não sai mais com os parceiros e quando vai em casa, só toma banho e volta aqui.

- porra... Você acha que eu não sei?! - fala um pouco mais alto - eu não sei mais o que fazer a não ser vir para cá. - seu rosto mostra o quanto está cansado, com olheiras.

- pode deixar, eu olho aqui. Vai para casa tome um banho e dorme - ele me olha - aproveita e corta essa cabelo, vc está parecendo um urso.

Ele revira as olhos.

- todo mundo está sentindo falta dela.

- vai tomar no cu gavião, não tem nada a ver com ela - isso porque eu nem disse quem é "ela" e ele entendeu.

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