Capítulo 37

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E é assim que tudo deu errado.

Lua 🌙

- o frango vai queimar! - Lulu, uma das garçonetes, avisa enquanto eu tô limpando a pia.

Aqui na lanchonete estava uma loucura, eu não sabia se ajudava na cozinha, se atendia os clientes, ou se dava troco.

A dona Sônia teve que sair para resolver umas questões dela, a menina que fica no balcão pegou uma gripe e não conseguiu vir, a cozinha só estava com duas meninas e só tinha eu do lado de fora atendendo as mesas e no caixa.

- precisando de ajuda? - a Bruna entra na lanchonete.

- se não for incomodo, por favor! - falo quase implorando.

Vou entrando na cozinha para pegar o pedido da mesa 8 e a Bruna vem no rastro para pegar os pedidos de outras mesas.

- cheguei - Júlia eu tô de porta dentro da lanchonete e começa a lavar a louça.

- mandei mensagem para ela - Bruna responde o ponto de interrogação que estava em cima da minha cabeça.

Depois de um bom tempo conseguimos tranquilizar as coisas aqui na lanchonete, o movimento acalmou e as meninas conseguiram se organizar dentro da cozinha para que todo mundo comece e não atrasasse a refeição de ninguém.

- sério meninas obrigada - me joguei na cadeira do balcão aliviada.

- relaxa, quando for assim é só avisar.

- é, a Bruna não faz nada mesmo só fica de cu para cima. - a Bruna avança na Júlia para bater nela que sai correndo que nem uma maluca pela lanchonete.

Começa a rir porque com essas duas não tem tempo ruim.

A Júlia saiu correndo pela rua e aparentemente a Bruna cansou porque voltou dando risada e se jogou numa cadeira do lado da minha.

Meu celular vibra em cima do balcão e pego para ver quem tinha mandado mensagem.

* - gostou do presente que dei ao seu namoradinho? - era o Marcos.

Antes que eu pudesse responder ele enviou várias fotos, as fotos foram tiradas no dia em que o morro foi invadido, pessoas mortas e lugares completamente destruídos.

Meu Deus...

- tudo bem? - Bruna deve ter perguntado pela minha cara.

*- amanhã, às 8h no shopping. Estarei esperando na praça de alimentação.

Outra msg, engoli em seco.

Olhei no relógio vendo que daqui a pouco eu seria liberada.

- preciso resolver um coisa - Bruna me olhou meio desconfiada mas concordou com a cabeça.

Terminei de ajeitar algumas coisas que faltavam e depois peguei minhas coisas para ir embora.

5 min depois eu já estava em casa, subi e fui direto tomar um banho.

Enquanto a água quente caia sobre meus ombros me peguei pensando sobre coisas que eu vivi enquanto morava com Marcos e que já fazia quase um ano que não o via, eu não sei como será amanhã, e para falar a verdade... Tô morrendo de medo.

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