Capítulo 46

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Pecado ☠️

Acho que vou ficar doente, meu estômago dói e estou com muita dor de cabeça. A Lua não dormiu em casa tem duas noites, eu não mandei mais mensagem para ela mas não sou otário, sei que tem alguma coisa pegando e ela não quer dizer.

— Maria, tem algum remédio para gripe? — ela me olha por cima do óculos — acho que vou ficar doente.

— tem sim filho, pega na caixinha em cima do armário — faço o que ela diz e depois dou um beijo na sua cabeça.

Maria estava concentrada em ler a sua Bíblia, eu acho uma graça ela está todos os dias na mesma posição de sempre, com os óculos no meio do nariz a boca levemente aberta e super concentrada.

Fazia suas leituras sempre, acho que não tem um horário específico. Tomo o remédio e vou saíndo.

— se cuida — saio e vou direto para a boca.

Chego em frente com dois vigias na porta, faço um toque com eles e vou entrando, falo com alguns que estavam ali e entro na minha sala.

Sentado na minha cadeira, pego a pasta com as contas de todas as bocas e verifico todos os resultados e como o esperado, estavam todos certos.

Por incrível que pareça, desde que eu assumi esse lugar, não tive tantos problemas de alguma porra querer me roubar, os roubos eram mais no começo mas aí eu mostrei quem manda.

— Pecado, tem um tempo? — Gavião bate na porta antes de entrar.

Já estranho o seu comportamento, ele não bate na porta e muito menos pergunta se tenho um tempo.

Verifico seu rosto e tinha um semblante cansado, irritado ou sei lá. Seu tom de voz é rígido.

— o que tá pegando? — ele entra, se senta.

Gavião coloca sobre a mesa um pequeno envelope.

— que porra é essa? — não entendo.

— abre — vou abrindo — recebi na porta da minha casa.

"Exite um delator no meio de vocês!"

Era tudo que tinha na carta dentro do envelope.

— caralho, tem alguém aqui dentro que está vazando informações? — confirma.

— recebi essa carta tem dois dias e comecei a procurar sem fazer bagunça.

— achou alguma coisa?

— era o Junin — olho sem acreditar para ele — eu sei o que vai dizer, que ele era leal e que não faria isso.

Porra não pode ser ele e outra o Junin morreu bem antes dessa carta chegar na casa do Gavião.

— não faz sentido, ele morreu antes.

— eu sei mas peguei o celular dele com a sua coroa, ela confia em mim — joga o celular em cima da mesa e me lembro do celular que dei a ele.

— tem mensagem com um número desconhecido, eu tentei rastrear mais não deu em lugar nenhum — pego o celular — ele estava sendo ameaçado, nas mensagens a outra pessoa diz que iria matar sua coroa, tem fotos dela saindo e chegando do trabalho.

Porra...

— mas se a carta chegou, então quer dizer que tem outro.

— sim, acho que a pessoa soube que ele morreu na invasão que teve e não tem como ameaçar um morto, ele recrutou outra pessoa.

— e se você veio até mim é porque não conseguiu achar. — confirma.

— quanto será que o Junin levou de informação? quanto essa pessoa sabe sobre o que acontece aqui dentro? — caralho, minha cabeça dói.

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