Eu Escolhi Fica

essa mina me deixa louco. capítulo 9

Lua
(Quinta feira)

Eu estava indo comprar umas coisas para fazer um lanche da tarde quando vi uma senhora regando umas plantinhas.

— boa noite — sorri para ela.

— boa tarde, filha — sorriu simpática, ela sem querer esbarrou um um dos vasinhos de plantas e ele caiu quebrando.

— a senhora que ajuda? — perguntei já catando os cacos de vidro do chão.

— não precisa, filha, cuidado se cortar. — se preocupou e achei a maior graça.

— sou Lua — os olhinhos brilharam para mim.

— sou a Maria — sorri para ela.

Continuei catando os cacos e colocando em lixo que tinha ali.

— você é nova por aqui? — perguntou curiosa.

— sim, na verdade mais ou menos — me olhava com atenção — eu nasci aqui, mais fui embora com 14 anos, agora voltei e moro com o meu primo, gavião.

— ah, eu o conheço, é um ótimo rapaz.

Ficamos cv's e esqueci de catar o resto dos cacos e de repente escuto uma moto chegar. Acabei de assuntando.

— AI! — Gemi com uma pequena fisgada na palma da minha mão.

— cuidado filha — Maria me levantou e vi que eu tinha me cortado com o vidro.

— o que está acontecendo aqui? — aquela voz rouca me fez levantar a cabeça para encarar ele bem ali na minha frente.

— nada filho, ela só se cortou — deu satisfação ao pecado — vem, vamos limpar isso aí e colocar um curativo.

Estava me sentindo uma criança quando se rala e a mãe vem.

Pecado estava lá com as sobrancelhas levantadas não entendo nada. Maria saiu me levando para dentro de casa e ele veio junto.

A casa era grande e de cor branca, bem bonita. Maria me levou para a cozinha e olhou para o pecado.

— filho, vá até ao meu quarto e pega uma caixa branca que está na prateleira de cima do meu guarda roupa, por favor? — ele assentiu e saiu.

— desculpa pergunta mas ele é seu filho? — ela deu uma pequena risada.

— não, mas é como se fosse. Cuido dele desde que ele assumiu esse lugar. — Maria lavava o local do corte — ele tem esse jeitão dele mas é tudo charme, é um garoto incrível. Sofreu um pouco.

Levantei as sombrancelhas um pouco impressionada mas não disse nada, até porque ele voltou.

Pecado colocou a caixa em cima da bancada e sentou na banco cruzando os braços.

— au — Maria colocou um remédio que ardeu.

— desculpe — foi gentil — pronto. — terminou colocando o band-aid, fofa demais.

— obrigada! — sorri e ela retribuiu o sorriso.

— obrigada você pela conversa e companhia, agora eu preciso ir ao mercado — beijou minha cabeça — vou deixar vocês aí e juízo pecado. — o olhou séria.

Ela pegou uma bolsinha pequena e saiu.

— bom, eu também vou — fui saindo da cozinha mas pecado não deixou segurando meu braço.

— deu pá ficar falando com estranhos? — me colocou pertinho dele.

— se você não percebeu, aquela é a Maria a moça que trabalha na sua casa. — falei sínica e pecado semi cerrou os olhos.