73 - Último Capítulo - Parte 1

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*Capítulo Revisado*

Pov Ruben's

– Precisamos de falar, Alysa. – Digo antes de ela chegar à porta, não se enganem que eu não vou mudar de ideias, mas, acho que a vou ofender com a minha proposta, mas é sem intenções de a magoar, eu sei que fui e sou um completamente idiota, mas, eu mal tenho tempo para a Letícia, quanto mais para um outro bebé, se fosse noutra altura, mas agora? E quem me garante que é meu? Está bem que ela disse que faria um teste de DNA (ADN), por isso creio que não deve estar a mentir, mas, o André também gosta dela, por isso, vou deixar o caminho livre para ele. Bem me parecia que ele andava estranho. Após alguns minutos de estarmos em silêncio, a Alysa quebra o silêncio, deve ter ficado em choque, por tê-la impedido de sair, que só se pronunciou agora.

– Nós não temos nada para falar Ruben, xau (Adeus).

– Podes não querer falar comigo, com toda a razão do Mundo, mas ouve-me pelo menos. 

– Tens dois minutos e começou a contar agora. – Eu fico admirado por ela estar assim. – 2:00, 1:59, 1:58.

– Okay, não precisas de reforçar que tenho 2 minutos, queria dizer-te que antes de ires, que além de termos de fazer as contas do teu trabalho nesta casa, apesar de minha ex-namorada, ajudavas em casa, conforme tínhamos acordado no início, além disso, queria dar-te algum dinheiro para te orientares nestes primeiros momentos e para ajudar com o enxoval e conta poupança do bebé, podes abrir uma.

– Tu pensas, que eu sou quem, para me ofereces assim dinheiro? Eu não me compro com o dinheiro e não sou uma p*ta, ouviste bem? Eu não preciso do teu dinheiro para nada. – Diz elevando o tom de sua voz.  – Foi um erro ter despendido do meu tempo precioso de ter ficado a ouvir-te a ti e a mais esse disparate, nem precisas de fazer as contas do meu trabalho nesta casa, porque de facto, não fui uma namorada, fui sempre uma empregada. Posso não ser rica, mas, venho de uma família muito humilde, não faltará nada ao meu filho. – Dá ênfase no meu.

– Desculpa, não era nada disto que queria dizer, quer dizer queria, mas, não desta maneira, o que queria dizer é que fui um completo cobarde e idiota contigo, mas, realmente eu já não consigo dar o carinho e atenção que a Letícia precisa, quanto mais com este bebé, eu não te queria realmente ofender, o que quis dizer em relação ao dinheiro, é que eu sou o pai e quero ajudar monetariamente.

– Xau (Adeus), eu não quero ouvir mais nada e as desculpas não se pedem evitam-se, senão podes ser um pai presente, o bebé também não precisa do teu dinheiro para nada, saí deste trabalho, mas tenho o outro, posso pedir para trabalhar mais horas, ou procuro um 2º trabalho, não irá faltar nada ao meu filhos e os meus pais também ajudarão, como vez, tenho ajuda de muitas pessoas e Ruben cala-te, por favor, quanto mais falas, mais te enterras e só pioras a situação. – Ela vai em direção à porta, ainda penso duas vezes se devo de ir atrás dela ou não, mas o meu orgulho é mais forte e não me permite ir. –Eu depois mando cá alguém buscar as minhas coisas não se preocupem, eu odeio-te Ruben, odeio-te por tudo o que me estás a fazer passar e sofrer. – Diz ela olhando para o fundo dos meus olhos, vejo que ela está a conter as lágrimas.

– Desculpa. – Digo sendo sincero. – Espero que um dia possamos voltar a ser amigos.

– Impossível Ruben. – Diz em voz baixa, baixando a sua cabeça, mas vejo a cair uma lágrima pelo seu rosto e fecha a porta atrás de si, conhecendo-a como a conheço, estava a controlar-se para não a bater com a força.

– Tu és mesmo estúpido, não és bro? – Acusa o Gui. – Vais perder uma pessoa incrível e quando te deres conta, vai ser tarde demais. Mas eu prometi a Alysa que ia tentar não discutir contigo, mas tinha que te dizer isto, que és um parvo e só estou a dizer o que toda a gente acha, mas, sou o único capaz de dizê-lo, pensa bem no que fizeste. 

Dreamer? - EditadaOnde histórias criam vida. Descubra agora