Pov Alysa's

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*Capítulo Revisado*

      Vou a caminhar tranquilamente em direção à casa-de-banho do estádio, sim eu gosto de ver futebol e vim com os meus familiares, vejo um rapaz que não me parece estranho, a caminhar de cabeça baixa e com um carapuço, será um dos jogadores do Porto? Pois está com o equipamento dos mesmos, mas muitos adeptos vêm com o equipamento deles e calções senão estiver frio para o jogo, mas as pessoas que moram no Porto, não são muito friorentas, digo isto, por causa das minhas primas. Mas em pleno Dezembro é estranho estar de calções.

     Por isso não pode ser nenhum jogador, é impossível, mas que é estranho vir de carapuço é, saio dos meus devaneios vendo que vamos chocar um contra o outro, ainda tento desviar-me, mas com tanta gente a andar por ali, a entrarem ou a ir ao bar ou à casa de banho, acaba por ser impossível desviar-me, porque é mesmo muita confusão, acho que ele só se apercebeu que vinha alguém há frente dele, quando chocámos.

- Desculpe. A culpa foi minha - Digo meia-envergonhada.

     Ele olha para cima com certo cuidado, acho que não quer mesmo que o reconheçam, é muito estranho, olho para o mesmo e esta cara não me é estranha, não pode ser, abro a minha boca quando me apercebo quem está à minha frente, mas o mesmo puxa-me para um canto escondido impedindo-me de falar.

- Mas tu estás parvo ou quê? - Digo irritada e assustada, pois apesar de a pessoa não me parecer estranha, é muito parecido com o Rúben, mas pode não ser ele, eu estou com medo e se ele quisesse raptar-me? Com tanta gente aqui é praticamente impossível, mas nunca fiando. Eu sei sou exagerada, mas nada é impossível neste Mundo.

- Não tenhas medo, eu não te vou fazer mal. - Diz uma voz masculina.

    Eu conheço esta voz, não pode ser, ele, se é ele. Mas ele está parvo? Porque, raio ele puxou-me para aqui?

- Rúben? - Digo com um certo receio na voz e com um certo arrependimento e com uma certa vergonha. Ai se é mesmo ele, ai que vergonha ter reagido assim...

- Sim sou mesmo eu. Tu és Portista? - Diz olhando para o meu cachecol.

- Sim e ferranha, tu és um dos meus ídolos. - Digo envergonhada, já sentindo lágrimas a formar-se nos meus olhos, mas eu não posso chorar à frente dele - Porque, raio me puxaste para aqui? - Digo tímida sorrindo e corando e neste preciso momento pisco os olhos contendo as lágrimas e por sorte, consegui.

- Tu ias falar, eu pensei que ias gritar. - Eu nego sorrindo - Desculpa, tem calma, por favor, não te farei mal. Que cabeça a minha, nem te perguntei como te chamas? E também para te responder, eu não podia falar ali com tanta gente, porque me iriam reconhecer e não queria isso.

- Não tens de pedir desculpa, é normal pensares isso, mas eu não estava a reconhecer-te, a tua cara não me parecia estranha, mas ainda não estava a ver quem era, não te preocupes eu sei que não me farás mal, tu és o meu orgulho, o nosso orgulho, o de todos os portistas. Tens razão, eu chamo-me Alysa. - Digo bem tímida, acho que nunca falei tanto na minha vida com um "desconhecido", pois sou bem envergonhada.

- Obrigada pelos elogios, agora tenho de ir que o jogo deve estar prestes a começar e no final do jogo, se quiseres uma fotografia, espera na saída.

- Eu não sei se vai dar, eu não sou de cá e não vim sozinha, mas se der, eu espero.

- Tudo bem, mas se for de vos levar a casa, eu levo-vos.

- Eu não sei, nós vamos ficar "aqui" - Digo dando-lhe o meu bilhete, para ele ver onde estou - Vai ter lá fora, se eu tiver há frente da porta, vês-me senão é porque não pude esperar, mas é melhor não nos levares a casa, a tua namorada não vai achar muito piada a isso e já agora fazem um belo casal. - Digo sorrindo, eu realmente acho isso.

Dreamer? - EditadaOnde histórias criam vida. Descubra agora