Pov Rúben's
Eu conto-lhe as novidades, tal como ela me pediu, mas quando eu mencionei que achava que eles faziam um belo par de casal, ela tenta bufar discretamente, mas sem sucesso. Será que ela não vê que o Guilherme só a fará sofrer? Eu estou farto de esperar por ela, eu desisto. Simplesmente abano a cabeça negativamente e respondo-lhe.
– Estás com ciúmes e não sabes o que queres, estou farto de esperar por ti, quando esclareceres as tuas coisas na cabeça, podes vir-me procurar, mas depois pode ser tarde demais, não te esqueças disso. E tens alta logo à noite, depois alguém virá buscar-te.
Dito isto pego na bebé e ponho-a na alcofa e pego na mesma, saio do quarto batendo a porta com muita força, que até eu estremeci e a Letícia começa a chorar bastante alto, eu abano a alcofa rapidamente, tentando acalmá-la e consegui e peço-lhe "desculpa, minha pequenina." – Cai-me uma lágrima e eu rapidamente a limpo, espero que ninguém a tenha visto.
Ela só pode estar a brincar comigo, diz que me ama e depois demonstra ter ciúmes do Guilherme, eu sei que ele não tem culpa, mas fogo, estou farto disto mesmo, acho que deveria desaparecer uns tempos, mas não posso deixar as minhas irmãs, a Letícia, porque já a considero como se ela fosse como minha filha. Vou em direção ao carro e ponho a alcofa no mesmo, aperto aquilo tudo, depois de confirmar que está tudo em segurança. E entro no mesmo e dirijo até a um parque infantil, saio do carro e vou à mala do mesmo tirar o carrinho da bebé, fecho a mala e vou buscar a bebé e ponho a mesma no carrinho e vou empurrando o mesmo. Ia entretido nos meus pensamentos, que não vale a pena dizer, porque é sempre tudo do mesmo, mas sou interrompido deles pela Matilde, mas o que é que ela pensa que está aqui a fazer? É preciso ter muita lata.
– O que tu queres Matilde? É preciso teres lata vires até aqui, depois do que tu e o André fizerem há minha própria irmã, tinha que ser mesmo a ela? Porque é que tu não arranjaste outra vítima para os teus planos medíocres, (N/A: Comuns, vulgares)?
– Eu sei que errei, mas Rúben, por favor esquece isso e até vos fiz um favor, assim o Guilherme e a Ana têm o caminho livre, mas não vim falar disso, vim falar de uma coisa muito mais importante e é sobre o André, eu acho que a Vivi está a ameaça-lo e ele está a ser vítima de violência doméstica, tenho quase a certeza absoluta, por favor Rúben, eu nunca te pedi nada e estou a implorar-te, ajuda-me a descobrir isso, eu não vou negar que gosto do André, mas eu só o beijei, porque ele me implorou, mas só não explicou direito o porquê, por isso eu acho isso, talvez a Vivi o tenha mandado acabar com a Ana e ele arranjou esta maneira sem ter de dizer a verdade, não sei, estou só a supor, como é óbvio.
– Tu beijas o André e agora estás a atirar as culpas a ele próprio e à Viviana, ela não parece e não deve ser boa pessoa, mas olha que tu não ficas nada atrás. Duvido que ele deixe alguma rapariga fazer-lhe isso, mas se ficas mais descansada, eu ajudo-te a averiguar isso, mas senão achar provas ou se eu vir que ele não está estranho, eu deixo-me dessas coisas, mas eu vou falar com ele. Melhor assim?
– Eu agradeço mesmo, acredita que te fico grata, acho que agora não queres ver mais a minha cara à frente, tens aqui o meu número, depois diz alguma coisa. – Diz dando-me um cartão com o número dela.
Eu assinto e pego no cartão que ela me deu e continuo a empurrar o carrinho e fico a pensar no que a Matilde me disse, será verdade? Eu acho que não, o porquê de ele esconder isso e não apresentar queixa? Por vergonha será? Humm, eu acho que não, mas vamos ver, vou falar com ele, vou indo em direção ao carro e vejo o André e uma ruiva a agarrá-lo bem encostada às costas dele, eu estranhei bastante e decido chamar por ele.
– André!
Ele e a tal ruiva olham para nós, para mim e para a bebé e ambos se entreolharam e pareceu-me ficarem nervosos, eu vejo a ruiva a segredar-lhe ao ouvido qualquer coisa e entram à pressa dentro do carro, mas ainda assim eu vejo o olhar aflito e suplicante do André, só aí é que eu me apercebo que a Matilde tinha razão, eu entro à pressa no carro apertando a cadeira da bebé em segurança e arranco em alta velocidade, eu sei que é um risco e que tenho uma bebé no carro, mas eu não os posso perder de vista, ele para ter entrado no carro deve estar a ser ameaçado com alguma arma branca (arma, faca ou algo do género), pego no meu telemóvel e no cartão e ligo à Matilde e a mesma atende e eu explico o sucedido, muito rapidamente.
– Diz-me onde estás, eu vou aí ter contigo.
– Não é preciso, deixa-te estar aí. Mas vou partilhar a minha localização contigo, se for preciso ires lá ter.
– Okay, senão me disseres nada em 10 minutos vou ter vontigo.
– Não vale a pena. – Insisto.
Ela assente, mas achei isso estranho, eu acho que ela me vai encontrar de alguma maneira, desligo a chamada e atiro o telemóvel para o banco do carro e de repente apercebo-me que o carro deles para de repente e eu travo bruscamente, esta gaja está completamente doida ou o quê? Só aí é que me apercebo que estamos numa rua completamente isolada, sem ninguém. A mesma sai do carro e aproxima-se do meu vidro e ela bate no mesmo, eu ao início não queria abrir, mas depois de ela mostrar uma arma e apontá-la para trás onde estava a bebé. Eu abro o mesmo e levanto as mãos em sinal de paz e em rendição, pois não quero que nada de mal aconteça à Letícia.
Olá meus amores este está maiorzinho, a Matilde sempre tinha razão, será que eles se vão salvar, o que será que lhe vai acontecer? E quem será a Ruiva? Aerá mesmo a Viviana, a mãe da Letícia?
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Love You All
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Dreamer? - Editada
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