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*Capítulo Revisado*

 Mas tu estás boa da cabeça? Que raio de melhor amiga és tu? Ela veio parar ao Hospital para salvar a tua filha e tu agora queres abandonar as duas e principalmente a tua filha? Ela até pode ficar mais segura connosco, mas, mesmo assim podias pedir-nos ajuda ou talvez morar connosco, mas se é a tua decisão, eu garanto-te uma coisa Vivi, tu nunca mais a vais ter de volta, não posso impedir-te de a ver, mas posso impedir-te de ficares com ela. Nunca mais voltes a ligar para a Alysa entendes? Não sabes do que eu sou capaz para proteger quem amo!

          Apenas desligo sem esperar pela resposta dela e ponho o telemóvel no meu bolso das calças e olho para o Rúben que está com uma cara de incrédulo.

#Pov Gui's Off#

Pov Rúben's

          Eu fico admirado da forma como o Gui lhe responde e admiro a sua coragem.

– Gostei da tua atitude Gui – Digo olhando para ele incrédulo – Não será melhor falarmos com alguém do tribunal ou GNR ou advogado, para pedirmos uma guarda temporária? Eu gravei a chamada para termos provas. O que me dizes Gui?

– Acho que devia de ir só um de nós, para caso a Alysa acorde, senão te importares, eu gostaria de ficar aqui. Se concordares claro e obrigado estás a ser como um irmão para mim, para nós todos, mas, apesar de nunca nos termos dado bem, estás a ser um apoio fundamental para mim.

          Eu apenas assinto e vou até há Alysa e dou-lhe um beijo na testa e vou até ao Gui e dou-lhe um abraço que o mesmo corresponde e pego na bebé e digo ao Gui "Venho já e esquece isso de não nos darmos bem, é passado, eu já esqueci bro. Até já."

          Vou até ao balcão e pergunto se têm alguma alcofa que me emprestem para pôr a Letícia e que devolvo quando fizer todas as compras que necessito, os mesmos cederam e ajudaram-me a pô-la lá e uma moça segue comigo até ao carro, para me explicar como se prendia aquilo tudo em segurança.

– É sua filha? – Pergunta a moça, que me ajudou.

– Não, não é minha filha. – Respondo frio.

– Ainda bem – Diz olhando-me de uma forma que parece que quer comer-me com os olhos, o que já estava a irritar-me, de verdade.

– Com todo o respeito, pare de fazer-se a mim, sabe perfeitamente que a melhor que eu amo está numa cama de hospital, não sei se algum dia irá acordar e ainda assim sou o único que se aguenta "bem", mas não tenho paciência para essas coisas e obrigado pela ajuda, mas eu desenrasco-me sozinho a partir daqui. – Disse entrando no meu carro, depois de confirmar que a bebé estava em segurança.

          Vou conduzindo primeiro para uma loja de bebés, que tem praticamente tudo, incluindo comida, estaciono frente da mesma, e retiro a bebé da alcofa, pois a mesma tinha acabado de acordar, pego na mesma e no saco da pequena e entrámos naquela loja para comprar tudo o que era necessário e as empregadas ajudaram-me sem segundas intenções, menos mal. Comprei um coco (alcofa), carrinho de passeio, biberão, leite em pó, ceralac, frutas, fraldas, toalhitas, colher de silicone, roupas e até brinquedos. Elas ajudaram-me a levar todas as compras até ao carro, pouso a bebé na alcofa do Hospital e faço o processo que me ensinaram e conduzo até a esquadra mais próxima e tem um parque de estacionamento livre, pego na alcofa onde a bebé está e tiro-a do carro, tranco o mesmo e entrámos na esquadra.

          Dirijo-me até a um polícia que está no balcão.

– Bom dia, gostava de falar com o comandante, por favor.

– Sou eu, o que deseja? Espera eu estou a conhecer-te rapaz. Não jogas no Porto?

– Jogo sim, senhor, quero mostrar uma conversa que um amigo meu teve com a mãe desta pequena – Digo apontando para a Letícia – O pai dela foi preso há umas horas, ele esfaqueou uma pessoa importante para nós e a mãe da bebé decidiu abandoná-la e pedir para ficar à nossa guarda, mas, o meu amigo e eu não reagimos lá muito bem. Ela até pode ficar connosco, pois já nos afeiçoa-mos, mas não queremos que depois a mãe dela venha busca-la sabe-se lá para fazer o quê.

– Mostre-me a conversa, por favor.

          Pego no meu telemóvel, procuro e mostro-lhe, o comandante só assente abanando a cabeça negativamente.

– Querem a guarda dele, é isso?

– Sim, temporariamente, até a adotarmos, eu decidi que vou adotá-la, tenho um bom advogado se for preciso.

– Não é preciso isso, eu vou marcar uma audiência com o juiz, a título excecional, se essa tal de Vivi não aparecer, a guarda será vossa. Até pode ser já. Podes ligar há Vivi?

– Tenho de pedir o número ao Guilherme, eu vou mandar-lhe uma mensagem.

Mensagens On

Preciso do número da Vivi, é urgente. Obrigado

XxRúben

Ok o número é 91*******

XxGui

Mensagens Off

          Ponho o mesmo a chamar e entrego ao comandante e ele põe em alta voz.

– Alô?

– A senhora é que é a Vivi? Sou o Comandante Ferreira da esquadra do Porto.

– Sim senhor, sou eu, Viviana.

–Já soube que a senhora quer deixar a bebé com a sua melhor amiga ou ex-melhor amiga Alysa, porque ela se acordar e claro que vai acordar, tenho a certeza que não vai ser mais sua amiga, mas os amigos dela, querem a guarda da sua bebé, senão aparecer na audiência a guarda será entregue a eles definitivamente, mas se aparecer será temporariamente.

– Façam o que quiserem, eu não vou aparecer, por isso entregue a guarda a eles. Com licença.

          Dito isto a mesma desliga.

– Rúben, vamos falar com o juiz, depois disto não precisamos de audiência, eu gravei a conversa como pôde ver, parabéns a guarda será vossa.

          Eu agradeço e fomos até ao juiz, ele ouve a minha versão, as duas conversas e entrega-me a guarda a mim, ao Gui e à Alysa. Eu agradeço uma vez mais e saio de lá. A pequena Letícia começa a chorar. Imagino que tenha fome, tenho uma sopa que deram-me já feita na loja. Ponho a mesma no carro e dirijo até ao hospital, pois lá tem aquelas cadeirinhas dos bebés se sentarem, visto que a comprei é para casa. Chegando lá, levo a mesma para uma sala onde os bebés comem, sento a mesma lá e vejo que a sopa ainda está quente, mas não demais, sento-me à sua frente e dou a sopa à menina, que não faz birra para comer, dou-lhe ainda uma frutinha e um pouco de água que tem no seu biberão, arrumo tudo no seu saco. Pego nela e vou andando até ao quarto da Alysa, mas pelo caminho ela arrota.

– Que grande arroto pequena, ninguém nunca mais vai fazer-te mal – Falo meio à bebé.

          Entro para o quarto e vejo todos com uma cara um pouco séria, preocupados, mas, felizes também. Franzo a sobrancelha.

– O que se passa meninos? – Digo enquanto pouso a alcofa e deito a bebé numa mesa de mudar as fraldas e mudo-lhe e deito-a no berço.

– Antes de mais nada, como correu?

– A menina é definitivamente nossa. Mas que caras são essas?

#Pov Rúben's Off#

     O que será que se passou na ausência do Rúben? Porque eles estão felizes, mas ao mesmo tempo com caras sérias e preocupados?

      Querem pov de quem?

     Espero que tenham gostado, deixem as vossas opiniões e desculpem senão está grande coisa.

Love You All

Dreamer? - EditadaOnde histórias criam vida. Descubra agora