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*Capítulo revisado*

Pov Gui's3

          Não acredito no que está a acontecer, eu temia que o plano desse errado para mim, mas nunca para eles, a Ana foi muito corajosa em salvar a Alysa, eu sei que vai parecer egoísta, mas não me importo, eu preferia que ela ficasse quieta e a Alysa, provavelmente conseguiria soltar-se, ou não, mas preferia que a minha namorada sobrevivesse, aliás todos, mas claro isso não sendo possível, por mais que goste da Aly, se tivesse de escolher, preferia que fosse a Aly, nesta situação, que Deus me perdoe, mas não sei que pensar. Eu é que me estava a despedir e afinal deveria de ser a Ana a ter feito esta despedida com a sua família e só se conseguiu despedir de mim, vamos no carro da polícia, ela despede-se uma vez mais e fecha os olhos.

– Não, meu amor, acorda, aguenta. Falta muito? – Pergunto para um dos polícias que vai connosco?

– Não, chegamos.

          Eu pego nela com cuidado e vou a correr com ela para o Hospital.

– Polícia, uma maca por favor, sou o polícia Guilherme. – Vem vários médicos e enfermeiros ao meu auxílio. – Vítima do sexo feminino, 16 anos, bala acertou na perna, feito um torniquete no local, desmaiada há uns 2 minutos, não sabemos se a bala saiu ou não, ou se acertou nalguma artéria, por favor, salvem-na, é a minha namorada. 

– Vamos, depressa.

– Espere. – Vou há mesma e dou um beijo rápido na sua testa – Sê forte, luta por nós. – Digo ao seu ouvido.

– Desculpe, temos mesmo de ir, vamos fazer os possíveis e os impossíveis para a salvar. – Eu assinto e deixo-a ir. 

          Não consigo controlar-me, encosto-me numa parede e deixo-me cair, metendo as mãos no meu rosto e choro até não haver mais, não me importando se estão lá os meus chefes, amigos ou pessoas desconhecidas. Sinto uma mão no meu ombro e olho para cima.

– Gui, estamos aqui para ti. – Diz o Ruben, também em lágrimas, o meu irmão e a Aly é o que estão mais calmos e serenos, pois eles não eram assim tão próximos a ela, apesar de não lhe desejarem mal nenhum.

– Não fiques assim, Ela é forte. – Diz o meu irmão.

– Se ela não sobrevive, eu mato aquela cabra.

– Tem calma, não vale a pena, ela foi presa e irá ficar lá muito tempo, acredita.

– Com esta justiça de Portugal? Não te iludas, é mais fácil acreditar que existe Pai Natal. – Digo também para ver se o ambiente alivia um pouco. Vejo o Ruben a sorrir.

– Obrigado. – Agradece ele. Vou até ele e a Sandra. – Desculpem,  culpa é toda minha de ela estar ali, eu daria a minha vida por ela, eu é que deveria de estar naquela cama do Hospital.

– Não digas disparates, ela não iria querer que dissesses isso. – Diz a Aly, senão fosse ela, quem estaria e tinha de estar ali, era eu, não tu Gui. 

4 Horas depois

          Estão a demorar tanto tempo a dar notícias, às vezes é bom sinal, às vezes não. Não consigo estar quieto, levanto-me e ando para trás e para a frente.

– Vou buscar-vos alguma coisa para vocês comerem. – Diz o meu irmão.

–Não tenho fome, obrigado.

– Nós também não. – Respondem todos em conjunto, menos eu e o meu irmão.

– Mas têm de comer, para terem forças por ela.

– Tens razão, eu fico aqui, alguém tem de ficar aqui e eu faço questão.

– Eu também fico. – Diz o Ruben. – Amor vais com o Gui, por favor? Ele não não consegue trazer tudo. – Ela assee. – Traz-me um croissant de chocolate aquecido, por favor.

– 2. – Digo eu

– E tu amor? – Pergunta o meu irmão há minha cunhada.

– Uma torrada com muita manteiga, por favor.

– Eu vou convosco. – Diz o André, sim ele também foi para o hospital, afinal é a ex-namorada dele, lá no fundo nunca deixaram de ser amigos.

          Após eles saírem, passados uns 5 minutos aparece o médico que tem atendido esta família e os meus amigos, tem sido sempre o mesmo, acompanhado por uma enfermeira, presumo.

– Meninos e menina, infelizmente, eu não trago boas notícias, a bala realmente acertou a artéria femoral, foi difícil estancar a hemorragia, levou várias transfusões de sangue, tivemos de a meter em coma induzido, a operação correu bem, mas teve várias complicações, o prognóstico é muito reservado, agora é só rezar e ela querer lutar, mas não consigo dizer se ela irá sobreviver, desculpem não ter boas notícias. Fizemos os possíveis.

– Obrigada doutor, podemos vê-la? 

– Ainda não, ela precisa de descansar e ela está nos cuidados intensivos ainda, sugiro irem para casa descansarem e virem pela manhã ou há tarde.

– Eu fico.

– Não, Gui, vamos todos para casa, descansar, era o que ela iria querer, dormimos um pouco e depois vimos. Neste momento temos de fazer a vontade dela e pensar como ela. – Diz o Ruben.

– É tens razão e conheces a tua irmã melhor que eu.

          Despedimo-nos do doutor e ligamos para os outros virem, entretanto chegam com a nossa comida e como não pedimos bebida, trouxeram uma garrafa das pequenas para cada um. Dividimo-nos entre o carro do Ruben e o do André e fomos em silêncio para casa. Chegando lá, eu despeço-me dizendo: Até amanhã. E subo para o meu quarto, que é do Ana, tomo um banho, sim tem uma casa de banho privativa dentro do quarto, seco o meu cabelo com o secador para não me deitar com ele molhado. Visto uns boxers que ela me deu, para me sentir mais perto dela e ligo o aquecimento, pois faz muito frio hoje, deito-me debaixo dos lençóis e começo a rezar, apesar de não ser muito crente e praticante, mas rezo com todas as minhas forças e peço por tudo a Deus que a salve, acabo a minha oração, não ligo a televisão, pois não estou com disposição nenhuma e estou exausto e adormeço em meio dos meus pensamentos.

#Pov Gui's Off#

     Olá meus amores, tem aqui mais um, mais pequenino, mas tem de ser, não temos boas notícias, sobre a Ana, pessoalmente, espero que ela fique bem, mas não sei. Espero que tenham gostado.

Hope U like It!

Dreamer? - EditadaOnde histórias criam vida. Descubra agora