73 - Último capítulo - Parte final

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*Capítulo revisado*

          Chegando ao parque da maternidade, saímos do carro e o André tirou a mala da maternidade do carro e fomos os dois para a receção devagarinho e eu a fazer as respirações que me ensinaram nas aulas de preparação para o parto.

– A minha noiva está em trabalho de parto.

– Enquanto o senhor fica a fazer a ficha, vamos levar já a sua noiva para o quarto. – Felizmente meti os meus documentos e telemóvel na mala de maternidade que ficará com o André, chega uma enfermeira e um enfermeiro com uma cadeira de rodas.

– Sente-se aqui, vamos levá-la para o quarto.

– Esperem. – Diz o meu noivo. – Já fiz a ficha, eu vou convosco. – Ele segue-nos até chegarmos ao quarto, quando os enfermeiros saíram, eu tomei coragem para conversar com o André, não sei como ele irá reagir, mas, acho que o Ruben tem direito de saber que o filho irá nascer, apesar que duvido que ele irá aparecer e dar importância, mas, depois não fico de consciência limpa. – Amor? – Ele assente. – Achas que devia de avisar o Ruben?

– Não sei, essa decisão deve ser exclusivamente tua e fazeres o que a tua consciência diz, mas nós querendo ou não, ele é o pai de verdade dele, eu gostava era de assistir ao parto, só isso que te peço.

– Claro amor, não estava a pensar deixar o Ruben assistir, mesmo que ele quisesse, podes avisar por mim o Ruben, por favor? 

– Claro princesa, descansa agora um pouco. – Os médicos voltaram novamente para meter um aparelho na minha barriga para verem os batimentos cardíacos do Duarte e meterem-me o cateter e meter a soro também e fizeram o toque para ver a dilatação.

– Descanse agora, ainda tem pouca dilatação e as contrações diminuíram, qualquer coisa que precise, é só tocar nesta campainha e nós viemos logo, aproveite para dormir um pouco se quiser e conseguir.

– Obrigada sr. enfermeiro.

#Pov Alysa's Off#

Pov André's

         Quando os enfermeiros saíram do quarto, eu aproximo-me da sua cama e dou-lhe um beijo carinhoso na testa.

– Vai correr tudo bem princesa, vou ligar ao Ruben, ficas bem?

– Sim, eu fico, estou um pouco nervosa confesso, mas vou fechar os olhos um pouco, as contrações, realmente diminuíram bastante, espero que não seja um mau sinal.

– Vais ver que não e que é normal, amor. Até já. – Dou-lhe um beijo nos seus lábios. Saio do quarto, pegando no meu telemóvel e ligo para o Ruben e preparo-me para uma discussão, mas, ele tem direito de saber, espero alguns segundos até que ele atende.

– Então André tudo bem?

– Olá Ruben está tudo, obrigado. Espero que estejas bem, não sei se devia de te contar, mas a Alysa pediu para o fazer.

– Ela está bem? – Ele corta-me.

– Ela está bem, neste momento está um pouco nervosa, ela entrou em trabalho de parto, o teu filho vai nascer, eu sei que não queres ser pai, mas não te preocupes, eu vou assumi-lo, mas tens direito de saber que ele irá nascer, eu vou assistir ao parto, mas, podes vir cá vê-lo se quiseres, avisas os outros, por favor?

– Aviso claro, obrigado por teres ligado, realmente eu não tenho sido um bom amigo nem um pai presente, nem um Homem de verdade. Mas senão te sentires confortável que vá vê-lo, eu percebo.

– Ruben, o meu conselho para ti é que faças o que a tua consciência mandar, tenho uma novidade para ti, acho que não vais gostar muito, espero é que não te passes e me batas ok? Mas é algo que não se deve contar por telefonema. Cá vos espero, Abraço. – Desligo a chamada, sem o deixar responder, guardo o meu telemóvel e vou para ao pé da minha noiva, sinceramente, não sei como é que o Ruben, vai reagir, mas, confesso que gostaria que ele ficasse feliz por nós, porque, pelo que ouvi no treino, ele já refez a sua vida, mas, se quiser fazer parte da vida da criança, eu não posso impedir, nem a Alysa, nenhum juiz retira a guarda partilhada, a não ser que haja maus tratos comprovados, ou algo mais grave.

Dreamer? - EditadaOnde histórias criam vida. Descubra agora