Dreamer? - Editada

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*Capítulo revisado*

Pov André's

          Chegamos todos a casa do Ruben, eu decido ficar para os apoiar e ajudar em tudo o que eles precisarem, apesar de eu a Ana termos namorado, não deixa de ser importante para mim, mas eu e a Alysa, talvez sejamos os que estamos a sofrer menos e melhores com isto, pois a Alysa não é próxima a ela, eu sou, mas sempre fui um pouco frio e sei disfarçar os meus sentimentos e na verdade, estava a começar a gostar de alguém, mas não podemos ter nada, nem eu quero estragar mais uma relação nesta casa, pois o Gui no passado estragou, apesar de estar arrependido, mas mudando de assunto, já falei mais do que devia, vou fazer o nosso jantar, será robalo assada com batata e molho de limão, não sou um expert na cozinha, como o Ruben e o Gui, mas fome também não passamos. Passado 1h e meia, vou ao quarto 1 a 1 chama-los para jantarem, claro que todos se recusaram e disseram que não tinham fome, mas consegui convence-los e disseram que já iriam descer, deixei o quarto do Gui para último, pois pressinto que vou ter mais trabalho aqui. Chego há porta do quarto e bato na mesma.

– Não quero falar com ninguém. – Entro na mesma.

– Gui, eu percebo que não queiras falar com ninguém e respeito, mas vim chamar-te para jantares e não precisas de falar com ninguém, jantas e sobes, ninguém deve insistir, ninguém está para muitas conversas.

– Não tenho fome, André, mas agradeço.

– Ela não ia gostar de saber que estarias assim e que não jantaste, neste momento, nós temos de fazer as vontades dela e rezar para ver se ela melhora.

– Tens razão, mas não me entra nada, até a minha própria saliva, custa-me a engolir.

– Por pouco que seja, faz esse esforço, espero-te lá em baixo. – Viro-me para sair do quarto, mas sou interrompido.

– Espera – Franzo a sobrancelha para ele continuar a falar. – Obrigado por tudo, tu não tinhas obrigação de estar aqui a falar comigo e ajudar-me, aos outros percebo, pois o Ruben vê-te como um irmão e conhecem-se há anos, obrigado mesmo. – Diz sendo sincero.

– Gui, nós também somos amigos, não é pelo que aconteceu no passado que o deixamos de ser, se tu não aparecesses podíamos ter acabado na mesma, é a vida, somos novos, eu posso arranjar outra pessoa ainda ou até mais do que uma, é a lei da vida, os relacionamentos acabam, vai um, vem outros, mas não tens nada que agradecer, por pouco tempo que a gente se conheça, somos todos uma família e o Ruben também te considera como um irmão e nós é que deveríamos de estar agradecidos a ti, pois tu salvaste esta família daquela louca da Viviana.

– Mas esse salvamento teve um custo, infelizmente.

– Isso já não é responsabilidade tua, não foste tu que a mandaste pôr há frente da Aly, força e qualquer coisa que precises, estou aqui. 

          Enquanto conversamos, ele vestiu-se e descemos para jantar. Sentamo-nos há mesa e começamos a comer tranquilamente e calados, até que o Ruben quebra o silêncio, não era um silêncio constrangedor, um silêncio normal.

– Obrigado André por tomares conta de nós.

– Não tens de agradecer, faço com todo o gosto e o Gui já agradeceu por todos, não se preocupem que eu trato de tudo, da casa, da cozinha.

– Não precisas, a sério.

– Faço questão Ruben.

– Já que insistes, fico a dever-te uma.

– Não ficas nada, os amigos são para isso mesmo, aliás a família é para isso mesmo, vocês sempre foram a minha família e acolheram-me tão bem, quando tive de vir morar para aqui, que eu só tenho de agradecer e retribuir.