Rainha Do Caos || Daemon Targaryen

Sir Mealor Mormont

Acordei dolorida, olhei para minhas mãos e vi que tinha exagerado, cortei as palmas de minha mão, minha coxa e meus braços, o dia seguinte era sempre o pior, a dor vinha com peso, era como um castigo, porque no final das contas eu cometia erros e nunca recebia a culpa.

Eu precisava de um castigo e esse era o meu, me sentia nojenta, eu adormeci junto ao vestido, levantei e o guardei com cautela em minha mala, fui até a porta em passos lentos vendo Sir Mealor ainda de pé, em posição.
- Sir Mormont? - Ele virou a cabeça para mim.

Ele arregalou os olhos e correu em minha direção olhando meus cortes, minha camisola branca estava vermelha.
- Princesa, algo ocorreu? Quem fez isso com você? Foi na troca de turno? Precisamos avisar aos guardas. - Quando ele se viraria eu o puxei fazendo minha mão arder e eu soltar um gemido de dor.

- Não por favor, só me ajude a limpar tudo, Aegon não pode saber. - Pedi, fechei a porta e tranquei, observei o quarto, sangue no chão e nos lençóis.
- Preciso saber quem fez isso com você princesa.
- Eu Mealor, fui eu quem fez isso comigo.
- Porque?

- Porque eu sou nojenta e tenho que pagar por isso. - Disse me sentando na ponta da cama e batendo no lençol para ele se sentar, ele se sentou e pegou meus braços analisando.
- Tem algumas coisas na minha mala de mão para limpar os cortes, não vou conseguir fazer sozinha, ninguém pode saber.

- Claro princesa.
- Jure para mim.
- Eu juro princesa Daenaera, ninguém saberá de qualquer coisa que fizermos ou falarmos, juro lealdade a você, até o dia de minha morte.
- Obrigada. - Falei baixinho, ele soltou meu braço e se levantou pegando minha bolsinha de mão e voltando para a cama.

Abriu pegando os frascos com soluções, derramou em cima dos meus braços e mãos, quando ele terminou puxei minha camisola para cima dando visão a minha coxa que tinha cortes maiores e mais raivosos, algum até fundos.
- Droga. - Ele arregalou o olho. - Desculpa princesa.
Continuou a jogar nos machucados.

Derramava o líquido e passava a mão por cima espalhando, me fazendo arfar de dor, encostei minha testa em seu ombro e ele passou sua mão em meu cabelo. - Acho que precisa de um banho, vou jogar os lençóis e roupas no mar. - Me afastei dele e nos levantamos da cama.

Tirei os lençóis manchados e joguei no canto do canto próximo a pequena janela, eu deveria tirar a camisola, estava com vergonha porém os cavaleiros faziam juramentos e não podiam se envolver com mulheres muito menos ter esposas, então eu o fiz, passei a camisola pela cabeça e a joguei junto com os lençóis.

Talvez eu tenha corado, ele desviou o olhar e pegou os tecidos, abriu a janela e as enfiou pelo pequeno espaço e jogou em direção ao mar, agora não haviam provas, fui em direção a banheira cheia e quente que minhas criadas deixaram pronta.

Me sentei, gemi de dor quando a água entrou em contato com os machucados, peguei o tecido para passar por meu corpo, porém o joguei no chão raivosa.
- Dói muito. - Reclamei explicando minha reação.
- Quer ajuda princesa? - Ele perguntou, então eu assenti, ele se aproximou e ajoelhou fora da banheira e pegou o pano.

O molhou na água e torceu, então começou passando por meu braço tirando o excesso de sangue, eu fazia caras e bocas, ele riu da minha reação.
- Não tem graça. - Reclamei sorrindo.
- Desculpa princesa.
- Não precisa ser tão formal, agora sabe do meu segredo, acho que somos amigos.

Ele continuava a passar o pano em meu braço, então mergulhou de volta na água, a água ficou levemente avermelhada, então pegou minha mão passando na palma.
- Pode me chamar pelo nome. - Afirmei e ele olhou para cima assentindo. - Creio que eu tenha uma criada para fazer isso Sir Mormont, se quiser pode se retirar.

Eu torci para que ele não fosse, sua mão era macia e eu confiava nele, olhei para ele quase dizendo com o olhar "não vá, preciso de alguém agora" então ele negou com a cabeça.
- É melhor doque ficar lá fora olhando as pessoas passarem.

- Não sou tão chata. - Falei e ri fraco.
- Definitivamente não princesa.
- Daenaera. - Corrigi.
- Daenaera. - Ele se corrigiu.
- Suas mãos são boas Sir Mormont, talvez alguma técnica? Acho que passarei para minhas criadas.
- Nenhuma em particular. - Ele riu. - E pode me chamar de Maelor.
- Tudo bem, Maelor. - Dei ênfase em seu nome.

- Agora que somos próximos, porque realmente fez isso? - Ele continuava a passar o pano em meu corpo.
- É um assunto delicado para mim, mas creio que saiba que perdi meu irmão, foi muito duro para mim, principalmente porque foi culpa minha.
- Culpa sua?
- Sim, eu me deitei com Daemon Targaryen.

Ele levantou o olhar surpreso.
- Me deitei com o inimigo, me deitei com o assassino do meu irmão, eu nunca, nunca irei me perdoar, então desde então, toda vez que faço algo errado me puno, porque sei que só eu sou capaz disso, eu quero entender meu erros e aprender com isso.

- Quero que fiquem gravados em minha pele para me lembrar todas as vezes, que for tomar banho ou agora, que for até mesmo lavar minha mão.
- Sinto muito Daenaera, você é muito nova para passar por tudo isso.
- Sou muito nova para várias coisas e ainda passo por tudo, acho que no fim não tenho escolha.

- Temos deveres, temos obrigações , temos fardos, nisso eu te entendo. - Ele disse passando o olhar por meu corpo nu, se eu não tinha corado até então, agora tinha.
- Porém quebrarmos algumas delas nem sempre é ruim. - Falei baixo, ele me encarou e assentiu.

Segurei sua mão que agora passava o pano em meu colo e levei até minha boca, dei um leve beijo em sua ante mão, ele parecia incrédulo, levei um dos seus dedos até minha boca e comecei a chupar, ele olhava atento, lambia e chupava, intercalando entre o dedo anelar e indicador.

Ele soltou um gemido e quase riu, creio que não foi proposital. - Uma guerra está por vir, devemos aproveite cada minuto. - Dei um último beijo em sua mão antes de soltá-la. - Eu finalizo aqui, obrigada Sir Mealor.

Ele assentiu e se retirou eu suspirei e me afundei na água.