Volta sinuosa

1.1K 93 7
                                    

- Eu imaginei que ele fosse péssimo no que faz

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Eu imaginei que ele fosse péssimo no que faz. - Ouvi a voz de Daemon atrás de mim no corredor enquanto eu dava passos rápidos, eu freei e olhei para trás o homem de cabelos bagunçados e roupas tortas, colocadas de última hora.

- Oi? - Perguntei mesmo tendo ouvido e entendido oque ele falou.
- Oque ele fez que te fez sair correndo? - Daemon se aproximou vindo em minha direção.
- Daemon não estou no clima de brincadeira, só preciso voltar para casa. - dei um passo afim de me afastar.

- Porque veio aqui? - ele perguntou se mantendo no lugar.
- Porque sou uma tola. - Quando terminei de falar Aemond se aproximava fechando os botões de sua camisa.
- Daemon.. Daenaera. - Aemond nos analisava.
- Meu querido sobrinho, não deveria estar se divertindo? Seria essa sua despedida de solteiro ou o começo da sua vida de casado?

- Vamos para casa Daenaera. - Aemond falou ignorando Daemon.
- Ela pode ficar comigo também, eu a acompanho.
Eu estava com ciúmes e confusa, Aemond apenas fez oque eu pedi, porém não da maneira que eu queria.
-Vamos. - Aemond reafirmou e eu dei um passo para trás.

Daemon pegou minha mão e eu retribui o aperto.
- Vou ficar com ele, obrigada Aemond.
- Oque? - Ele perguntou incrédulo, éramos próximos e ele realmente se surpreendeu, porém meus sentimentos falavam mais alto e a mão de Daemon na minha parecia tão calorosa.

- Tchau sobrinho.
- Não posso te deixar aqui com um homem, esse lugar não é para você. - Aemond parecia decepcionado.
- Se não é lugar para ela porque a trouxe aqui a princípio?
- Tchau Aemond, vá para casa.

Ele piscava devagar e sua boca abria e fechava, então ele vestiu o casaco e virou de costas indo em direção a saída, quando ele sumiu de minha visão finalmente soltei o ar que nem imaginei que prendia.
- Porque veio aqui?
- Porque eu não quero ser uma idiota, não quero não entender oque dizem, não quero ser inocente.

Soltei sua mão e ele se virou para ficar de frente para mim.
- Você pediu para a pior pessoa possível, ele acha que não, mas é tão inocente quanto você, eu poderia te ajudar, já fazem anos que sei tudo sobre o assunto.

Eu me questionei se era certo e se eu deveria conversar com ele, ele era meu tio porém eu mal o conhecia, ele nunca morou em kingslanding e eu o vi pouquíssimas vezes na vida, eu nem sei se deveria confiar nele, mas algo falou mais alto e eu balancei a cabeça positivamente.
- Me ajude. - Pedi baixo.

Ele não respondeu, apenas segurou minha mão novamente e me levou com ele, percebi ser o quarto que ele antes estava, ele fechou a porta, coisa que não fez antes quando estava com uma mulher.
- Sente-se.

Me sentei na ponta da cama, ele continuou em pé e andava lentamente.
- Vou te contar tudo, oque quer saber?
- Oque é dar?
- Bem, você deve saber que todo homem tem um pênis, pau, rola, chame como quiser.
Concordei com a cabeça, meu rosto começava a queimar.

- Quando o homem penetra a mulher, é o ato de transar, esse é o sentido literal, enfiar o pau em uma mulher, não importa qual o buraco, dar é como dizemos quando uma mulher transa com um homem, dizem que a mulher da e o homem fode, come..
Fui ligando os pontos de todas as conversas indecentes que já ouvi.

- Mas sexo não é só esse ato, sexo tem milhares de formas de ser executado, várias posições, vários jeitos, sexo é amplo.
- Dói? As pessoas fazem barulho.
- Não, pelo contrário, dá prazer, as pessoas gemem de prazer.  - Ele não se constrangia.

Eu me sentia um pimentão, meu rosto ardia, porém eu estava curiosa tinha perguntas.
- Além disso você só saberá quando se casar.
- Porque?
- Porque não é descritível em palavras.
Se eu achava que não era possível ficar mais vermelha, eu descobri que estava errada, eu sentia meu peito descer e subir.

Ele não disse mais nada, apenas parou em frente a cama e ficou me encarando.
- Não pode ter vergonha disso, é natural.
- O ato sim, conversar sobre isso? Não!
- Foi você quem quis.
- Eu tinha pensado em algo diferente.

Eu pensei que Aemond me mostraria na prática, aliás estávamos prometidos, qual seria o problema? Eu entenderia muito mais facilmente, porém ele achou uma boa ideia foder com uma mulher na minha frente, sorri só de usar a palavra em pensamento.
- Tipo oque? - Ele questionou.

- Aprender na prática.
Ele arregalou os olhos.
- Não foi isso que quis dizer, pensei que Aemond meu futuro marido me mostraria na prática, então não pensei que conversaria sobre isso.
- Se ele não conversou, nem praticou com você, então oque ele fez?

O quarto parecia menor, ele não estava tão perto, nem se mexia, porém parecia cada vez mais perto, eu apertava minhas coxas por debaixo do vestido.
- Fale. - Ele falou em um tom de ordem.
- Ele ia foder com outra na minha frente.
Daemon desviou o olhar e balançou a cabeça negativamente.

- Eu te disse que ele não sabe oque esta fazendo, vamos eu vou te levar para casa. - Ele disse e estendeu a mão, eu segurei sem pensar duas vezes e me levantei, no ato meu corpo colou no seu.
- Eu queria.. - Ele falou próximo ao meu ouvido e cortou a frase.

- Oque? - Perguntei curiosa.
- Vamos. - Ele se afastou subitamente e continuou a segurar minha mão, então saímos do local, eu estava em conflito, minha mão formigava, eu nem prestava atenção ao meu redor, oque era estranho, eu costumava observar tudo e todos.
Fomos para o castelo sem ao menos soltarmos nossa mão, ele ficou quieto e eu também, apenas aproveitei a sensação da sua mão na minha, até chegarmos.

Ele soltou minha mão, eu não sei se seria capaz de fazer isso eu mesma, então ele se aproximou e beijou minha testa, franzi meu nariz e sorri da sensação de seus lábios em minha pele.
- Durma bem e nunca mais pergunte sobre isso para ninguém, em breve saberá tudo.
Eu assenti ainda sorrindo, então me virei e fui em direção ao meu quarto, ele ficou lá, parado.

Rainha Do Caos || Daemon TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora