A carta

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[4 meses depois

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[4 meses depois...]

Todos do pequeno conselho estavam aflitos, não mais que eu e Daemon, porém não ficaríamos parados, eu estava cansada de esperar a boa vontade do covarde do Jacaerys aparecer, minha cabeça fritava com as possibilidades, então alguém abriu a porta de repente fazendo Aerys chorar.

- Rainha.. - O criado falou nervoso.
- Fez meu filho chorar.
- É um bom motivo, tem um mensageiro de Jacaerys Velaryon no portão.
- Não diga esse nome a ninguém, não podem saber que esse homem está vivo. - Me levantei e beijei a testa do meu filho e o entreguei a criada, então sai do quarto.

Sai como um tiro em direção ao portão do castelo, o criado vinha atrás, meus cabelos chacoalhavam ao vento e eu dava passos longos e rápidos, não demorou mais de 15 minutos para chegarmos ao portão, então um cavalheiro fez que não com a cabeça.
- Ele já se foi, assim que entregou partiu.

Eu coloquei as mãos no rosto e suspirei com raiva, imbecis, então o homem estendeu a mão com uma carta e eu agarrei com velocidade, então parti para dentro do castelo novamente para ler na mesa junto ao pequeno conselho, enquanto minha mão tremia com a ansiedade.

Subi as escadas até a sala de reunião, então me virei para o criado. - Chamem todos os membros do pequeno conselho, diga que é urgente. - Então continuei a subir enquanto o criado assentiu e desceu as escadas, as escadas pareciam infinitas quando enfim subi o último degrau e entrei no corredor.

Fiquei na sala sentada esperando, quando os homens apareceram, Daemon veio em minha direção e beijou o topo da minha cabeça e eu dei um sorriso sem mostrar os dentes, quase esqueci a situação.
- Sentem se. - Falei e eles acharam seus lugares, Daemon sentou ao meu lado.

- Qual a urgência rainha? - Disse o mestre dos sussurros.
- Um mensageiro de Jacaerys Velaryon apareceu em nosso portão essa manhã. - Eu disse e arregalaram os olhos.
- Oque diz? - Daemon questionou com o rosto apoiado na mão.
- Vou abrir agora. - Disse e puxei a carta do meu decote e desenrolei o papel.

- "Pobre Daenaera, assassinou minha mãe e pensou que eu deixaria barato, eu jamais esqueceria, você foi com certeza meu amor adolescente, porém o ódio superou o amor quando soube o destino de minha mãe, vou matar você e tirar o trono que é meu por direito, ou você pode simplesmente se render e deixo você, nosso tio e suas proles vivas."

Todos da sala se encararam, quais como se tivessem visto um fantasma, uma ameaça, ele tinha me feito uma ameaça, eu peguei a carta e bati a mão com força na mesa me levantando.
- Eu vou matar esse desgraçado.

Daemon segurou meu braço e me olhou com raiva, ele sentia a mesma raiva que eu.
- Não podemos ficar parados esperando ele nos matar, ele vai fazer oque disse, matar um por um, dragão, pessoa, guarda e nós precisamos sair para outros reinos, não podemos ficar presos aqui dentro.

Daemon disse e eu assenti.
- Eu já sei, não se ganha uma guerra sentado, nós vamos nos preparar e esperar ele, quero continuar treinando os meninos, Aemond principalmente que é mais Velho, se acontecer algo comigo ele assume, então ele e Maegor devem voltar a montar os dragões na nossa supervisão Daemon.

Daemon parecia aflito, eu logo entendi sua preocupação.
- Sei que ainda é um assunto sensível, mas nós dois estaremos lá dessa vez, será fácil para eu pedir que o dragão o derrube, não teremos problemas e devemos fazer nossos filhos os melhores cavaleiros.
- Ainda me dói não ter feito nada.

- Daemon.. - O repreendi.
- Meu amor carregarei essa culpa até o último dia da minha vida, não sei se estou pronto para arriscar os meninos.
- Eu estou, não existe possibilidade de vitória sem correr riscos, estamos os deixando mais fortes, ensinando a encarar os problemas, a não fugir de uma luta.

Daemon ficou em silêncio e engoliu em seco, os membros não se meteram, claramente era uma questão pessoal minha e de Daemon.
- Podem se retirar senhores. - Disse e os homens assentiram se retirando, então me aproximei de Daemon e o abracei, passei meus braços por suas costas largas.

- Eu te amo. - Disse baixinho.
- Te amo mais. - Ele disse e eu sorri, tão idiota e competitivo. - Confio em você, não importa qual decisão você tome, aliás você é a rainha que nunca perdeu.
- Eu sou e essa será apenas uma pendência minha, da qual eu já deveria ter lidado antes.

Eu soltei seu corpo e grudei nossas testas e encarei o rosto de Daemon, eu com meus 33 anos e Daemon já alcançava seus 50, ele já não era o mesmo guerreiro, ainda assim eu acreditava que era melhor doque eu, seu rosto já tinha algumas linhas de expressão.

Mesmo numa idade avançada ele continuava muito bonito, com certeza o homem dos meus sonhos, meu marido era o homem mais lindo de todos e eu sorri e passei a mão em seu rosto, ele me olhava com um olhar carinhoso que entregava algum pensamento fofo, ele sabia ser um amor quando queria.

E agora como meu marido ele sempre queria, sempre me tratava igual a uma rainha e eu o amava e amava o jeito que me tratava, fazendo isso eu arriscaria a vida dele e dos meus filhos, mas eu não via outra saída, eu ainda tinha o dever de proteger meu povo.

- Vamos sair todos os dias com 5 dragões e com os meninos até encontrar o Jacaerys, quando encontrar iremos matá-lo sem cogitar, teremos uma chance e devemos fazer bom proveito, quero que nossos filhos mais velhos participem de sua primeira batalha, quero que entendam e sejam fortes, igual ao pai.

- Com a nossa mistura tenho certeza que são duas vezes mais fortes doque eu. - Ele disse e me deu um selinho, me separei e passei a mão em seu cabelo.
- Vamos por em prática então. - Falei e ri fraco, demos as mãos e saímos da sala.

Rainha Do Caos || Daemon TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora