Capítulo X: O diário de Tom Riddle.

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O início do ano letivo eventualmente havia chego. Os ataques, felizmente, não haviam acontecido mais. Harry esperava que isso significasse que o herdeiro de Slytherin tivesse desistido de continuar a limpa ao nascidos trouxas. Os professores não tiveram piedade, assim que as aulas voltaram começaram a enviar mais e mais deveres de casa para os alunos, de modo que o grupo ( com Alissa e Kevin incluídos) agora passava quase todo o tempo livre trancafiado na biblioteca.

Aurora e Harry mesmo com todos os deveres de casa ainda conseguiam arrumar tempo para pregar pegadinhas nos corredores do castelo, de modo que Filch sempre parecia cada vez mais furioso com o passar dos dias. Era exatamente o que eles dois estavam aprontando, andavam pelos corredores quase desertos do segundo andar quando ouviram Filch resmungando no canto.

— É o Filch — disse Harry.

— Acha que alguém foi atacado? — Aurora falou dando um olhar para o irmão. Os dois colocaram as cabeças para dentro do corredor, espiando o que o zelador estava fazendo.

—....sempre mais trabalho pra mim! Qualquer dia desses eu descubro quem anda aprontado essas coisas e faço questão de expulsar da escola...a noite inteira enxugando o chão. Não, isto é a gota d’água!.... — e continuou resmungando até que os passos cessaram e ele saiu do corredor.

As duas crianças se entreolharam.
— Não fui eu! — disseram ao mesmo tempo.

Espiaram novamente o corredor e logo entenderam porque Filch parecia chateado. À frente do banheiro de murta havia uma grande mancha d’água, que devia ter sido causada pela própria fantasma. Os dois deslizaram para dentro do corredor e entraram no banheiro, encontrando murta que geme sentada chorando encima do vaso sanitário.

— Olá murta — cumprimentou Aurora com a sobrancelha erguida. A fantasma ergueu a cabeça e se possível começou a chorar cada vez mais alto. — Que foi? Vieram jogar mais alguma coisa em mim? — perguntou soluçando.

— Por que eu iria jogar alguma coisa em você? — perguntou Harry incrédulo.

— É a mim que você pergunta?! — gritou murta furiosa. — Estou apenas aqui cuidando da minha vida e alguém vem e acha muito engraçado jogar um livro na minha cabeça....

Aurora engasgou com uma risada que ela tentou disfarçar e cutucou os cotovelos de Harry enquanto sussurrava em seu ouvido “ que vida?”

Harry tentou não rir com o comentário da irmã, ao invés disso se dirigiu a murta — Mas... Bem, não fez nenhum mal a você, não é?... Digo, o livro atravessou você, certo? — tentou argumentar, mas foi a coisa errada a se dizer pois murta gritou mais uma vez em pura tristeza. — Vamos todos jogar livros na murta porque ela não sente nada! Dez pontos se você fizer atravessar a barriga dela! Você acha legal? Pois bem, eu não acho!

— Mas afinal, quem foi que jogou o livro em você? — perguntou Aurora enquanto dava um olhar desagradável a poça em que seus pés estavam encima.

Murta a encarou furiosa — Acha mesmo que sei? Só sei que estava sentada e alguém apareceu aqui e jogou um livro na minha cabeça!

Harry olhou em volta do banheiro — E onde é que está esse livro?

perguntou e murta o olhou com o cenho franzido. — está lá, foi levado pela água.

Harry e Aurora espiaram para baixo da pia, onde murta apontava. Havia um caderno de capa preta e estava molhado, como quase tudo naquele banheiro. O caderno parecia familiar, Harry tentou se lembrar onde ele havia visto ele. O garoto adiantou-se para pega-lo, mas Aurora deu um tapa em sua mão — Tá maluco? Você não aprendeu nada com o papai Remus sobre não pegar objetos desconhecidos? — repreendeu segurando o pulso do irmão.

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