Capítulo II: Compras de material escolar ( e eu não gosto de Lucius)

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Se passou dois dias após a estranha aparição de Dobby, o elfo doméstico que se recusou a falar a qual família servia.

Felizmente, nada de estranho aconteceu após isso. Harry e Aurora passaram cerca de uma tarde inteira escrevendo cartas e mais cartas respondendo cada correspondência dos amigos. E eram muitas.

As primeiras cartas eram normais. Os garotos contavam como o verão estava sendo e descreviam cuidadosamente cada detalhe de suas vidas monótonas de crianças de doze anos. As cartas porém, depois de um tempo, todas começavam a escrever a mesma frase no início: " Harry, por que não está respondendo as cartas?" ou " Aurora, por que está me ignorando?" e pior " Se nenhum de vocês dois me responderem eu juro que vou aparecer em Goldric's hollow com o carro voador de papai ".

Eles tiveram muito trabalho em escrever cartas em retorno a cada envelope mandado para os dois.
A carta que Hermione mandou no dia em que Dobby apareceu, além de ameaçar e se dissolver em preocupação pelo sumiço dos amigos, também convidava eles a irem junto de Ron e Maya no beco diagonal para comprar o material escolar do segundo ano.

Isso iria ser fácil, Harry e Aurora iriam passar uns dias n'A toca até o início do ano letivo. No 1ª de setembro. Isso pois Sirius e Remus iriam sair em uma missão conjunta de aurores e não poderiam cuidar dos filhos nos próximos dias.

Remus e Sirius eram aurores bastante renomados, não só por causa do prestígio que ganharam depois do fim da guerra mas também por serem extremamente inteligentes e dotados de magia. Em outra vida talvez, Remus teria dificuldade em achar um emprego graças a sua licantropia. Aqui porém, Remus não somente tinha o prestígio de ter se casado com Sirius Black, que embora tenha sido queimado da árvore genealógica ainda era um Black perante a lei. Ele ainda tinha a sorte de ser guardião legal de Harry Potter e também tinha a boa reputação por ter prendido Peter Pettigrew, o traidor do segredo dos Potter.

Nem mesmo o ministério da magia poderia recusar um emprego a Remus só por causa da sua condição mágica.
Às três da tarde, Remus e Sirius aparataram Aurora e Harry para A toca.

Assim que chegaram na casa dos Weasley foram recebidos por abraços de Molly e um grito estridente de Ron, que reclamou por cinco minutos inteiros sobre o sumiço dos amigos e de como ele ficou preocupado.

Passaram a tarde e a noite acomodados na casa do amigo e jogaram xadrez bruxo até tarde da noite. Aurora e Ron entraram em uma discussão por causa de quadribol e quase dormiram brigados se não fosse por Harry mudando o assunto da conversa e fazendo com que os dois conversassem como duas pessoas normais.

A Sra. Weasley acordou-os no dia seguinte. Depois de comerem rapidamente uma dúzia de sanduíches de bacon cada um, eles vestiram os casacos e a Sra. Weasley apanhou um vaso de flor no console da cozinha e espiou dentro dele.

— Estamos com o estoque baixo, Arthur — suspirou. — Teremos que comprar mais hoje... Ah, muito bem, hóspedes primeiro! Podem começar, Harry e Aurora, queridos!

E ela lhes estendeu um vaso de flor.

— Certo, pó de Flu... — disse Harry.
Aurora apunhou uma pintada do pó dentro do frasco e atirou o pó brilhante no fogo. Com um rugido, as chamas ficaram verde-esmeralda e muito altas. Harry e Aurora deram as mãos.

— Lembre-se de falar com clareza — lembrou Aurora.

— Certo — concordou Harry.

Os dois entraram dentro da lareira. Harry abriu a boca e no mesmo instante engoliu um monte de cinzas quentes.

— B-b-beco diagonal — gaguejou.

A sensação era de que estavam sendo sugados por um enorme ralo. Ele parecia estar girando muito rápido... O rugido em seus ouvidos era ensurdecedor... E tentaram manter os olhos abertos , mas o rodopio das chamas verdes lhe deram enjoo. Eles continuaram com essa sensação nauseante até avistarem de relance uma lareira surgindo na escuridão. Eles fecharam os olhos e então... Caíram, de cara no chão, Harry caiu em cima de uma pedra fria e sentiu a ponte dos óculos se partir.

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