capítulo VIII: O ataque a Colin e o clube de duelos.

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Naquela noite Harry lembra de ter acordado duas vezes.

A primeira foi talvez algum tempo depois que ele dormiu, ele acordou com vozes abafadas discutindo dentro da ala hospitalar. A próxima coisa que ele notou era que seu braço estava novamente junto ao seu corpo e que a cama ao lado estava vazia.

Ele estreitou um pouco os olhos com sua visão terrível e conseguiu distinguir as silhuetas embaçadas de Draco e Pomfrey conversando na porta da enfermaria.

— Você está pálido! – Pomfrey exclamou horrorizada. — Volte para a cama, Draco, eu estou mandando.

Draco respondeu com uma voz muito rouca e baixa, e não se parecia em nada com a voz dele — Deixe-me sair – disse com a mão estendida para a aldrava da porta. — Preciso sair — repetiu, dessa vez com a voz mais baixa.

Madame Pomfrey parecia cada vez mais nervosa — já conversamos sobre isso – ela ditou firme. — Deite-se novamente.

— Não – Draco respondeu lentamente, soando arrastado.— Quero sair – falou novamente e fez uma pausa. — tenho que sair.

Madame Pomfrey estava prestes a protestar novamente quando Draco de repente abriu a porta e saiu correndo pelos corredores desertos. A medibruxa quase gritou o nome do garoto, até lembrar da presença de Harry na ala e se calar, ela ainda não tinha percebido que o garoto estava acordado.

— Ele saiu? – Harry perguntou rouco e coçando os olhos. Pomfrey se aproximou dele com um sorriso gentil. — Volte a dormir, Potter.

Como se fosse um encantamento, Harry adormeceu novamente.

A próxima vez que ele acordou tinha alguém limpando o suor da sua testa com uma esponja. Ele se levantou abruptamente e mirou a criaturinha pequena de olhos esbugalhados com a esponja na mão.

Dobby? – chamou incrédulo. — O que você está fazendo aqui?

— Harry Potter voltou à escola – disse Dobby parecendo magoado.— Dobby disse para Harry Potter não voltar e Harry Potter não escutou Dobby. Dobby avisou e tornou a avisar Harry Potter. Mas ele não escutou Dobby, meu senhor, por que? – ele soltou uma lágrima solitária. — Pensei que Harry Potter não iria para Hogwarts quando perdeu o trem, mas Harry Potter encontrou outra maneira de vir...

Harry de repente foi levado para uma enorme suspeita — foi você! – ele exclamou com os dentes cerrados. — Você selou a passagem!

— Era necessário, meu senhor! – lamentou Dobby. — Mas claro que Harry Potter não ouviu Dobby... Pensei que o balaço de Dobby faria Harry Potter voltar para casa...

Harry parecia ser tomado pelo ódio cada vez mais — seu balaço? – repetiu. — Você tentou me matar?!?

Dobby parecia espantado — Não, meu senhor! Dobby queria ajudar!

— E suponho que você não vai me dizer o motivo de querer me mandar para casa aos pedaços — falou com o punho cerrado.

Dobby choramingou parecendo estar com dor — Dobby não pode, meu senhor! – ele disse infeliz. — Dobby queria! Dobby está assustado, Harry Potter! Muito, muito assustado – Harry afundou na maca, contemplando o elfo doméstico choramingando ao pé da cama. — Dobby queria que Harry Potter ajudasse o jovem mestre, mas Dobby não pode dizer nada, meu senhor!

Jovem mestre? Harry ergueu a sobrancelha. Essa não é a forma como os elfos chamam os filhos do mestre da família?

— Quem é seu jovem mestre, Dobby? — ele perguntou. Dobby guinchou e tentou bater a cabeça na parede.

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