Aurora se encontrava numa bela clareira no meio da floresta. As árvores de espinheiro corriam até o céu, grandes e cobertas com camadas grossas de neve. A folhagem estava toda castigada por causa do grande e estrondoso inverno que começou. E Aurora estava sozinha na vasta imensidão de neve branca.
Ela olhou em volta, atenta. Parecia procurar por alguém, mas não se lembrava de quem. Ou talvez estivesse procurando por algo. Não sabia dizer ao certo.
Ouviu-se um farfalhar entre os arbustos e ela se virou imediatamente. O arbusto se mexia e se mexia, e de lá, saiu uma bela raposa de pelagem laranja.
— Que é que você está fazendo aqui neste frio? — perguntou Aurora, visivelmente tremendo pela friagem. Embora ela também não soubesse como voltar pra casa.
A raposa olhou a garota com as presas a mostra. E então, correu em toda velocidade pra cima da menina. Aurora gritou e deu um soco no animal, percebendo no mesmo instante que estava sem varinha.
Ela continuou socando.
E socando.
E socando...
Até que a raposa choramingou.
— POR QUE VOCÊ ESTÁ BATENDO EM MIM? SUA MALUCA! — gritou a raposa com a voz de Draco. Aurora franziu a testa, confusa. Até que abruptamente o cenário a sua volta mudou e ela se encontrou com os olhos semiabertos com Draco segurando uma de suas bochechas com a mão.
E então ela piscou, uma, duas vezes.
Havia sido um sonho.
— Aurora, você é desinquieta dormindo — disse Maya depois de um longo minuto de silêncio enquanto arrumava o seu vestido branco de babados.
Aurora se sentou num pulo. Observando o cenário a sua volta.
Ah, pensou Lupin constrangida. Esqueci que estou na casa dos Lancellotti.
À sua direita, Draco continuava choramingando.
— Você viu? Ela me deu um murro! Um murro! Ela bateu em mim!
— Não foi por querer, eu estava sonhando.
— Ela bateu em mim!
— Não foi porque eu quis! Embora eu esteja com muita vontade de replicar o soco agora.
Draco e Aurora rosnaram um para o outro como dois animais selvagens. Maya se aproximou, se sentando no meio dos dois com uma expressão sorridente. Mas Aurora sabia que era só pra separar a grifinória do sonserino.
— Está quase na hora do café da manhã — falou observando o relógio de cuco na parede do quarto.— Eu e Draco acordamos mais cedo. Vamos deixar você se arrumando, enquanto isso vamos ajudar a nonna na cozinha — disse Maya puxando Draco pelo pulso e saindo do quarto em seguida. Deixando Aurora sozinha.
O quarto de Maya era lindo, e grande. As paredes eram pintadas de uma cor amarelo pastel, a cama de dossel era de cor amarelo dourado e a roupa de cama era branquinha como a neve. Havia um armário de ébano frente a cama e ao lado da cama havia uma escrivaninha muito grande, que mais parecia uma mesa, cheia de cadernos, livros, penas e outras coisas fora do lugar. Uma cadeira de carvalho à frente da escrivaninha. No chão havia um tapete fofo e macio. E o quarto tinha acesso a uma pequena sacada, na sacada havia três poltronas, uma pequena mesa e plantas ao redor, quase cobrindo todo o pouco espaço. O quarto tinha uma suíte, um banheiro grande com uma banheira de cobre e uma pia de modelo incrivelmente antigo, que provava o quão velha a casa era. No quarto, pendurado no teto havia um belo lustre de candelabro, que no momento continha todas as velas apagadas.
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Uma História um pouco diferente.
Hayran KurguLivro 1: Depois que James e Lily morreram, Harry ficou sobre a tutela de Remus e Sirius, seus padrinhos. Ele cresceu ao lado de sua irmã adotiva, Aurora Lupin, e teve uma infância majoritariamente normal. Mas agora, Harry e Aurora vão entrar em Hogw...