Capítulo IX: A poção polissuco.

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Queridos Moony e Padfoot.

Eu e Aurora estamos bem. No momento em que escrevo isso, sua filha indisciplinada está deitada na minha cama, na qual, devo enfatizar, pertence a um dormitório masculino. E agora ela está me xingando porque está lendo o que estou escrevendo por cima do meu ombro, por isso eu peço encarecidamente para que Little Wolfstar tire seu nariz empinado daqui e pare de ler a correspondência dos outros.

Esperamos que consigam concluir a missão na América do norte com sucesso, estamos preocupados e desejamos boa sorte. Mantenham cuidado aí e nós tentaremos manter cuidado aqui também.

( Tem alguma chance do vilarejo e o primeiro homem interrogado terem alguma ligação? O discurso dele é tão suspeito e imagino que ele de fato conheça algo da região ).

Com amor,

Little Prongs.




Na manhã seguinte, Hogwarts foi tomada por uma nevasca tão intensa que a última aula de Herbologia do ano letivo foi cancelada. Harry estava andando de bobeira por Hogwarts, tentando decidir o que faria para passar o tempo quando acabou ouvindo a conversa de dois corvinais em um corredor próximo.

— Você acha que é ele? — perguntou uma garota alta para um garoto ao seu lado. — Ele sempre pareceu tão gentil...

— Somente um grande bruxo das trevas conseguiria sobreviver ao feitiço da morte — o garoto respondeu parecendo convencido de sua própria opinião. — Vai ver é por isso que você-sabe-quem tentou mata-lo. Pra não ter concorrência.

Harry franziu a testa e entrou no corredor, pigarreando alto e chamando a atenção dos dois para si. Os dois corvinais empalideceram notavelmente — boa tarde — Harry cumprimentou com um tom gelado.

Em outra situação ele acharia engraçado dois alunos mais velhos com medo de si, mas agora ele estava tão irritado que somente saiu da escola sem prestar atenção a onde estava indo.

O resultado foi que bateu em alguma coisa muito grande e sólida, que o derrubou no chão — Ah, Olá, Hagrid — disse erguendo a cabeça.

O gorro de Hagrid quase tampava seu rosto inteiro, mas não podia ser outra pessoa, Hagrid era o mais alto de toda Hogwarts. Ele segurava um galo morto em sua mão.

— Tudo bem, Harry? — ele perguntou sorridente, como se não estivesse segurando um animal morto.— Você não está em aula?

— Cancelada — respondeu Harry levantando-se.

Hagrid ergueu o galo inerte, os olhos de Harry se demoraram no animal, um sentimento desagradável consumindo seu peito — É o segundo que matam neste período letivo — explicou Hagrid.— ou é raposa ou bicho papão.

Harry tinha o pressentimento de que não era nenhuma das duas coisas.

— Você tem certeza que está bem? — Hagrid perguntou olhando preocupado para o garoto.

— Tenho, tchau Hagrid, próxima aula transfiguração. Preciso pegar meus livros...

E ele saiu de perto do meio gigante e voltou seu caminho para o castelo.

Harry subiu a escada e entrou em outro corredor que estava particularmente escuro. Estava quase na metade do corredor quando caiu em algo duro. Ele se levantou e olhou para o objeto em que havia tropeçado. Seus olhos se arregalaram em choque. No chão jazia Justin Finch-Fletchely petrificado, e ao lado, Nick quase sem cabeça estava brilhando num preto fumegante.

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