Queridos Remus e Sirius.
Um aluno foi levado para a câmara. Foi Draco Malfoy, meu amigo. Iremos pra casa amanhã.
Harry.
Harry não conseguiu escrever mais do que isso. Aquele estava sendo, com razão, o pior dia de sua vida. Ele refletiu bastante no decorrer da tarde, talvez aquele fosse o motivo de Draco estar tão estranho nos últimos meses, ele provavelmente estava sendo chantageado ou ameaçado pelo herdeiro e não queria colocar os amigos em risco.
Aurora e Ron, tal como Harry, ficaram em silêncio durante a tarde toda. No canto da sala comunal, que também estava em profundo silêncio. Todos os grifinórios lançaram olhares de pena para o grupo de amigos, Gina tentou consola-los, sem muito sucesso, e Jorge e Fred tentaram conversar com eles para os fazerem dizer algo, mas os três continuaram em silêncio profundo.
Aurora passou todo o tempo agarrada a Harry. Abraçada pelo irmão que traçava círculos em seu cabelo, tentando confortar a garota enquanto lágrimas manchavam a camisa de Potter. Harry também sentia muito vontade de chorar, e chorou, embora tenha soado abafado contra os cabelos de Aurora.
— Ele sabia de alguma coisa — disse Ron pela primeira vez naquela tarde.— No café da manhã, ele tentou nos dizer. Ele sabia de algo importante...
Um silêncio ensurdecedor envolveu os três. Eu o deixei ir... Se eu tivesse ao menos insistido para que Draco voltasse pra mesa...
Harry podia ver o sol se pondo, vermelho-sangue, na linha do horizonte. Nunca se sentira pior na vida. Se ao menos houvesse alguma coisa que pudesse fazer. Qualquer coisa....
Porque Draco estava do seu lado, e ele deixou-o ir.
— Harry — chamou Aurora com voz rouca.— Será que ainda existe chance dele estar... Você sabe... Vivo?
Ele não respondeu. Seus olhos marejaram, não conseguia ver como Draco poderia estar vivo a essa altura do campeonato.
Eu poderia ter evitado que isto acontecesse.
— Sabe de uma coisa? Vamos atrás de Lockhart, dizer a ele o que sabemos e ajudá-lo se possível — disse Rony determinado.
Harry só se levantou porque queria fazer alguma coisa. Mas ainda se sentia destruído por dentro, e só se moveu quando Aurora puxou seu pulso em direção à entrada da torre. Os grifinórios, provavelmente com pena dos garotos, nem tentaram impedi-los.
Já estava anoitecendo quando apareceram na sala de Lockhart. E foram surpreendidos por Gilderoy, vestindo vestes verde-jade arrumando coisas numa bolsa.
— O senhor vai a algum lugar, professor? — perguntou Aurora, confusa.
Lockhart pareceu meio desorientado por um instante — Hm, bem... Sim, chamado urgente, preciso ir.
— E o nosso amigo? — indagou Harry desconfiado.
— bem, sobre isso, foi muito azar — disse Lockhart, evitando encara-los, enquanto abria um gaveta e começava a esvaziar o conteúdo de dentro.— Ninguém lamenta mais do que eu...
— Não fale como se ele já estivesse morto! — berrou Harry com tanta raiva que seus lábios tremulavam levemente, embora lá no fundo, sua mente traiçoeira o dissesse que talvez Draco realmente estivesse....
— O senhor está fugindo? — Ron exigiu saber, apertando os punhos com força.— Depois de tudo que você fez nos livros...
— Bem — ele disse enquanto tirava da parede um pôster de seu próprio rosto.— Livros podem ser enganosos. Veja bem, ninguém gostaria de ler sobre um homem velho e feio que salvou uma vila de lobisomens, ou uma mulher idosa que salvou pessoas de um espírito agourento.
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Uma História um pouco diferente.
FanfictionLivro 1: Depois que James e Lily morreram, Harry ficou sobre a tutela de Remus e Sirius, seus padrinhos. Ele cresceu ao lado de sua irmã adotiva, Aurora Lupin, e teve uma infância majoritariamente normal. Mas agora, Harry e Aurora vão entrar em Hogw...