O Henri já não estava no quarto quando acordei. Bocejo andando pelo corredor, entro no quarto da Nana e nada. Será que dormi tanto assim? Saio do quarto já preocupado, a Nana deve ter acordado de noite outra vez e eu nem mesmo acordei...
Desço as escadas desanimado, pensando em como seriam as conversas hoje, mas paro quando entro na sala. O Henri estava sentado, ninando a pequena abraçada com seu coelhinho, os dois dormindo, a cabeça dele escorada no encosto com a boca aberta, seus braços firmes ao redor da pequena.
À cena mais adorável de todas.Isso com certeza vai gerar um torcicolo...
Me aproximo sem fazer barulho, eu poderia assisti-los para sempre.
Minha família...
Me viro para sair e esbarro na mesinha de centro, prendo a respiração torcendo para não acorda-los.
-Amor?
Mordo meu lábio, levanto a cabeça ouvindo o sussurro rouco, os olhos azuis mal humorados fixados nos meus.
-Bom dia.- Sussurro sorrindo.
E então ele abre aquele lindo sorriso de lado que amo. Quando ele abre um braço, me chamando vou até ele sem pensar, me sento devagar, não querendo acordar a pequena. Ele segura na minha cintura e me puxa para mais perto, deito minha cabeça em seu ombro e fecho os olhos, sentindo seu braço ao meu redor e o toque suave dos seus lábios na minha testa.
-Olha isso.- Abro os olhos.
A Nana está encolhida em seu peito, abraçando o coelhinho e sugando a chupeta vermelha, honestamente a visão mais fofa do mundo.
-A chupeta ajuda ela a dormir, porém tira assim que acorda. – Conta com divertimento na voz rouca.
Solto um risinho, essa pequena é toda gêniosa.
Ela resmunga e se mexe, prendo a respiração (que a essa altura eu deveria saber que não ajuda em nada).
- Papa...
Pisco sorrindo, ela me chamou? Mal posso acreditar quando estende sua mãozinha pra mim, a seguro vendo à pequena sorrir, se aconchegar e volta a dormir. Será que vou chorar todas as vezes que algo assim acontecer?
Pisco rápido, tentando espantar as lágrimas enquanto meu marido ri, o som grave ecoando pela sala.
Acaricio a mão pequena, a palma vermelhinha, os dedinhos pequenos, vendo cada pequena cicatriz que ela tem nos nós dos dedos, as pequenas linhas brancas nas costas de sua mão... Queria poder beijar aquela mãozinha e como nas magias de crianças sumir todas aquelas cicatrizes.Por que minha bebê teve de passar por tanto?
-Está tudo bem.- Henri sussurra no meu ouvido.- Agora ela está segura, estamos todos juntos.
Concordo com a cabeça, fingindo que o sussurro na minha orelha não me arrepiou inteiro.
Nataniel, tem hora para tudo!!
Mas claro que ele percebeu, não só percebeu como aproveitou para me provocar mais, beijando meu pescoço.
-Henrique...
Aperto os olhos, fazendo careta pra ele que sorri cafageste e tem a ousadia de me provocar outra vez. Empurro o cotovelo na costela dele que pula, quase derrubando todos nós.
-Henrique!
Esbravejo enquanto à Nana arregala os olhos, agarrada no coelhinho confusa, a risada grave dele reverberando na sala.
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Daddy's Princess
Romance"Eu nunca soube o que era ser amada, nunca ninguém lutou por mim. Mas agora eu tenho uma família, meus daddys me amam e cuidam de mim. Era o que eu precisava, mas... Tinha que ser assim?!" -•- Mariana é uma adolescente pequena com sério...