Capítulo 2- Nana

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   Abro os olhos devagar sentindo dor de cabeça, por um segundo não reconheço o quarto em que estou, fecho os olhos e... continuo sem reconhecer onde estou. ONDE EU ESTOU?!

- Você vai adorar ela, ela é linda!

Ouço a voz de um homem e levanto o mais rápido que consigo, sinto minhas pernas fracas o que é até normal, só que quando olho para baixo reparo que estou sem as calças e de fralda. O QUÊ ESTÁ ACONTECENDO?!!

- Já acordou, bonequinha?

Levanto a cabeça e encontro dois homens entrando no quarto, um loiro e um moreno.

- O-onde estou?

- Em casa- Responde o moreno.

- Aqui não é minha casa.

- Agora é.- O loiro se aproxima e coloca uma mamadeira em uma escrivaninha, perto de onde eu estou.

- O que eu estou fazendo aqui?- Reparo na porta que eles deixaram aberta, quantos será que tem lá fora?- O que vão fazer comigo?

Engulo em seco. Estou começando a ficar histérica.

- Nada princesa, não se preocupa, ninguém vai te machucar.

- Eu sou o Henri e ele é o Nate.- Apresenta o loiro.- Você pode me chamar de Daddy e o Nate de Papa.

- Vocês não são meus pais!- Além de sequestradores esses homens são loucos!

- Olha como fala comigo, Mariana!- Como ele sabe meu nome?!

- V-você não manda em mim e eu quero ir embora!

- Não nos obrigue à castiga-la no seu primeiro dia!

Ele está ameaçando bater em mim?

- Querido, por favor. Ela esta assustada.- Então eles são casados?

O loiro suspira.

- Tudo bem meu amor, não vou bater nela.- Ele me lança um olhar.- Não se ela obedecer!

Meus olhos começam à arder.

- Eu quero ir embora.

- Você mora aqui agora.- O loiro começa a se aproximar.

- Meu pai vai sentir minha falta.- Mentira.

- Nós somos seus pais agora.- Ele me pega no colo e começo a me debater.

- Me solta!- Pulo pra fora do colo dele e saio correndo, mas antes que possa me afastar sou segurada pelo braço.- Me solta! Socorro, por favor alguém me ajuda!! Socorro!

- Chega Mariana, para de escândalo!- O loiro me pega no colo de novo mas dessa vez me segurando mais forte.

- Me tirem daqui!- Ele senta em uma poltrona alta e meus pés não podem mais tocar o chão.

Me debato mais até soltar um braço e consigo dar um soco em cheio no nariz dele. Acho que doeu porque ele virou o rosto com tudo, antes que eu possa comemorar ou aproveitar a deixa pra fugir sinto um tapa forte na minha coxa.

- Nate, saia e feche a porta.- O outro obedece com cara de resignado.

- O-o que você vai fazer?- Meu Pai e agora?

- Eu vou te ensinar bons modos.- Ele me vira de costas e me deita  em sua perna.

Levo um susto quando ele começa a tirar minha fralda e tento sair dali desesperada. Se eu já tinha estranhado estar com ela, imagina tirar?

- Se você não parar com isso o castigo vai ser pior.- Engulo em seco, sentindo as primeiras lágrimas despertarem.- Você vai receber vinte tapas, mas não pense que vai ser tão leve nas próximas vezes.

Vinte tapas? Se for só isso eu aguento, tudo pra sair daqui!

- Um.- Quando o primeiro tapa veio entendi: isso ia ser bem pior do que eu pensava.

Ai, Papai do céu, me ajuda!



Daddy's PrincessOnde histórias criam vida. Descubra agora