Capíulo 7- Nana

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- N-não! Por favor não.- sinto lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto e abro os olhos com um susto.

O cenário não é mais o mesmo, eu voltei para o quarto. Me sento e limpo as lágrimas com força, a última lembrança em minha cabeça sendo da memória de meu pai dentro daquele banheiro mas agora eu estava vestida. Um macacão grosso com pezinhos rosa-bebê substituíram a camiseta, mas quando me mexi pude sentir uma camisa de manga comprida e uma fralda por baixo. A roupa é bem quentinha e o macacão confortável, dessa vez reparo nas grades ao lado da cama que estou. Eles colocaram grades na cama?... não, pior. Eles me colocaram em um berço.

Tento levantar em silêncio, talvez se eu pular isso eu possa sair pela porta e ir embora sem ninguém me ver. Mas lógico que não contava com a minha, já esquecida, coordenação e quando eu levanto “ em silencio” acabo tropeçando nos pés do macacão e caio batendo a testa nas grades do berço.

- Bebê? O que foi querida?- estava esfregando a testa e tentando conter as lágrima quando ele entrou.

Não que eu fosse chorar por tão pouco mas na hora em que eu cai, eu mordi a língua e some isso a bater a testa com força na madeira e acabar com suas chances de liberdade, e você também vai querer chorar.

- Meu Deus, o que foi que você aprontou dessa vez?- ele me pega no colo e por mais que eu quisesse fugir, não me atrevo a me rebelar naquele momento.

Vai ver é porque estava escuro e ele estava me abraçando e eu tenho um pouquinho de medo de escuro. Ou porque fazia tanto tempo que ninguém me abraçava que eu simplesmente não quis desperdiçar essa chance.

- O que aconteceu?- o loiro chamado Henri entra no quarto com cara de preocupado.

- Nossa pequena acordou e acho que bateu a cabeça no berço.

O Henri chega perto e engulo em seco quando ele levanta minha cabeça para olhar minha testa.

Não que eu vá demonstrar medo.

- Você é bem bagunceira, não é?- sussurra sorrindo.

Acho estranho aqueles homens que não tinham nada a ver comigo, que me sequestraram, me tratando com tanto carinho. O dois deram beijos na minha testa e ficaram comigo me ninando. Resolvo deixar a fuga para amanhã, principalmente quando eles ligam um abajur fraco no quarto e dizem que quando eu acordar eles ainda estarão aqui.

Não sei se isso é bom ou ruim, mas meus olhos se fecham lentamente me poupando de pensar mais naquela hora.


Bom esta ai, espero que gostem!

Daddy's PrincessOnde histórias criam vida. Descubra agora